POLÍCIA É ACUSADA DE DESTRUIR IGREJA NA ETIÓPIA

Segundo informações, mais de 500 estudantes também participaram da ação

A Igreja foi incendiada quatro dias depois que a polícia destruiu o telhado do templo. Os estudantes muçulmanos gritavam “Allahu Akbar” e “Jihad” enquanto jogavam gasolina e queimavam a Igreja Ortodoxa Santa Arsema.

O chefe da polícia da região, inspetor Mustefa Bashir, disse: “A polícia destruiu o telhado da igreja depois que um tribunal decidiu que a igreja estava construída em um local irregular e, portanto, deveria ser demolida. Em relação ao incêndio feito pelos alunos, estamos investigando os responsáveis.”

Uma fonte disse que Hassan Shomolo, chefe do distrito policial em Qebet, implantou mais de 30 policiais na região para destruir a igreja. A polícia só conseguiu demolir o telhado porque muitos cristãos foram às ruas protestar.

A igreja estava construída em terras que pertenciam a comunidade cristã há mais de 60 anos. O Supremo Tribunal das Nações já deu sua decisão favorável à Igreja, quando um empresário muçulmano reivindicou a posse da terra.

“Todos os funcionários da região são muçulmanos. O islamismo se tornou a religião oficial dessa região. Aqueles que não são muçulmanos vivem com medo. Como podemos dizer que temos direitos se até a polícia está envolvida em ataques contra nós?”, disse um cristão que vive na área do ataque.

Jonathan Racho da ICC disse: “as ações da polícia, bem como a dos estudantes muçulmanos, mostram a crescente islamização da Etiópia. Estamos entrando em contato com o governo da Etiópia para que esses graves crimes contra as minorias no país não aconteçam mais.”

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Correspondente pela sede desde 2008. Formada em comunicação social com habilitação em relações-públicas. Estudante de jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas. Voluntária no Centro de Assistência Social de Rio Largo - Casadril.