Tumor de Lula desaparece; ex-presidente promete voltar à política
Boletim informou ainda que petista continuará a fazer sessões de fonoaudiologia
O tumor na laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 66, desapareceu. Os exames feitos hoje, 28, pela manhã – de ressonância magnética e diagnósticos detalhados na garganta – mostram que não há mais resquícios do câncer. Os médicos evitam falar em cura, o que só poderá ser confirmado em cinco anos. Ao fim deste período, novos exames poderão constatar se o ex-presidente foi curado.
Boletim médico divulgado no final da manhã informou que Lula continuará a fazer sessões de fonoaudiologia. “Foram realizados exames de ressonância nuclear magnética e laringoscopia, que mostraram a ausência de tumor visível, revelando apenas leve processo inflamatório nas áreas submetidas à radioterapia, como seria esperado”, dizem os médicos. Lula ligou para a presidente Dilma Rousseff, que está na Índia, para informar o resultado dos exames.
Ele também ligou para o presidente da República interino, deputado Marco Maia (PT-RS). De acordo com o deputado, Lula pediu que ele divulgasse a informação aos líderes partidários. “Estou emocionado de tanta felicidade. Esta é a melhor notícia que poderíamos receber”, disse Maia ao ex-presidente.
O ex-presidente divulgou também um vídeo no qual afirma que, após vencer um câncer na laringe, volta à vida política. “Agora volto à minha militância política com muito mais cuidado, muito mais maduro, muito mais calejado. Pensando em primeiro lugar em cuidar da saúde, mas, sobretudo, em continuar lutando para tentar melhorar a vida do brasileiro um pouco mais”.
TRATAMENTO
O tumor foi diagnosticado em outubro do ano passado. Desde então, ele passou por três ciclos de quimioterapia e 33 sessões de radioterapia. O tratamento se encerrou no dia 17 de fevereiro. Desde o início, uma operação estava descartada. Entre o final de fevereiro e começo de março, Lula ficou uma semana internado por conta de uma pneumonia.
Nas últimas semanas, ele continuou a ir diariamente ao hospital para fazer sessões de fonoaudiologia. O ex-presidente já havia feito exames em fevereiro, que não detectaram a presença do tumor. Mas, eles não eram considerados conclusivos porque a radioterapia ainda tinha efeito sobre o corpo de Lula.
Durante o período em que esteve em tratamento, Lula recebeu inúmeras visitas de aliadas e até de opositores políticos, que desejavam boa recuperação ao ex-presidente. Um dos últimos a encontrá-lo no hospital foi o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, adversário político do petista em duas eleições (1994 e 1998). O encontro, que aconteceu no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, durou cerca de 50 minutos.
Fonte: AD Alagoas
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