Facebook, Google e Twitter estão censurando material produzido por conservadores
Simpósio nos EUA denuncia que estamos próximos do fim da liberdade de expressão nas redes
por Jarbas Aragão
Facebook, Google e Twitter censuram conteúdo conservador
As principais empresas de tecnologia como Facebook, Google e Twitter estão censurando deliberadamente as postagens de conservadores, a de cristãos em especial. Se essa tendência continuar, veremos o fim da liberdade de expressão no Ocidente.
Essa questão é bastante conhecida no Brasil, mas agora há um movimento de reação nos Estados Unidos, onde elas estão sediadas. O resultado dos processos abertos contra as redes sociais pode mudar o rumo das comunicações nos próximos anos.
A denúncia foi feita durante a Convenção Internacional de Mídia Cristã, realizada este mês em Washington (EUA). A deputada Marsha Blackburn relatou como, mesmo com o perfil verificado, o Twitter bloqueou sua conta após ela postar um vídeo da campanha onde ela pedia o fim do aborto legalizado.
Ao questionar a empresa de microblog, recebeu a justificativa que o conteúdo era considerado “uma declaração que provavelmente geraria uma forte reação negativa” nos usuários da rede social.
“Quando você censura a liberdade de expressão de um lado, você censura a todos”, acrescentou ela.
O líder conservador Dennis Prager, conhecido pelo seu trabalho com os vídeos produzidos pela Prager University (PragerU), compartilhou que seu material obteve milhões de visualizações ao longo dos anos, em diversas línguas.
“Somos uma força ativa, principalmente porque estamos mudando mentes”, disse Prager, explicando que passou a ser alvo de denúncias de movimentos de esquerda, alegando que aquele material era “discurso de ódio”. Por causa disso, cerca de 40 dos vídeos da PragerU foram colocados na lista restrita do YouTube e já não podem ser acessados livremente, pois integram a categoria antes só usada para conteúdo pornográfico e extremamente violento.
Recusando-se a ser censurado, Prager processou a Google, empresa dona do YouTube. “Existe algo que precisa ser deixado claro. Eles dizem ‘Somos um fórum aberto’. Não são. Eles são um fórum de esquerda. Se formos derrotados em nosso processo, isso lhes dará base jurídica para impor seu filtro ideológico na internet… viveremos em um mundo fechado pela esquerda, que não aceita o pensamento conservador”.
“A esquerda é a antítese do conservadorismo. Isso é o que precisa ser divulgado. O Google é de esquerda. Nós sempre defendemos a liberdade de expressão. Os esquerdistas nunca fizeram isso. Desde Lenin até o Google!”.
Outros participantes do fórum, como Marjorie Dannenfelser, lembraram que qualquer movimento social hoje em dia depende muito das mídias sociais para espalhar sua mensagem. E é exatamente isso que a esquerda está tentando suprimir.
Ela dirige um grupo pró-vida e relatou que várias postagens suas foram censuradas pelo Twitter e Facebook, incluindo a que simplesmente usava uma citação religiosa.
As denúncias de censura contra as redes sociais ganharam um novo impulso em meados de janeiro. O Project Veritas, uma organização de ativistas de direita, divulgou um vídeo onde altos funcionários do Twitter admitem que existe um algoritmo que identifica certos termos nas postagens e cria o “shadow banning”.
Essa expressão é usada para um processo que deixa o usuário ver o que ele escreveu, mas os seus seguidores não. Ou seja, a publicação não é banida (apagada), mas colocada nas “sombras”, sem visibilidade alguma e, por isso, não é curtida nem compartilhada.
Apesar de todo o discurso do Facebook de combate às “fake news” e a justificativa que a rede social é neutra, pois o conteúdo é gerido por algoritmos (programas que analisam dados), ex-funcionários de Mark Zuckerberg já denunciaram que há manipulação das notícias exibidas no site e o alvo preferencial são os conservadores. Com informações de Christian Post
Elizangela Omena
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