RIO LARGO | Comemora 102 anos de sua Emancipação política

A história de Rio Largo é, em seus primórdios, a mesma de Santa Luzia do Norte. A estrada de ferro, que não passava em Santa Luzia, fez com que fosse direcionado o desenvolvimento para o local, às margens da ferrovia, onde foram instaladas indústrias têxteis pertencentes à Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos.

O nome Rio Largo originou-se de um engenho de açúcar existente no local onde o rio Mundaú apresenta maior largura. No fim do século XIX foram fundadas duas unidades para a industrialização das fibras têxteis, em trechos de pequenos encachoeiramentos do rio Mundaú, favoráveis àquele tipo de atividade fabril. É válido ressaltar, também, nesse período, o surgimento da Usina Leão, que começou a moer em julho de 1894 e tornou-se, à época, uma das maiores do setor em toda a América Latina. A vila de Rio Largo foi criada por decreto de 10 de dezembro de 1830.

O desenvolvimento do pólo industrial acarretou, em 13 de julho de 1915, a elevação à categoria de cidade, através da lei 696. Apesar de sua origem recente, Rio Largo deu a Alagoas filhos ilustres como Arnon de Mello e Luiz de Souza Cavalcante, ambos ex-governadores do Estado.

Os cartões postais da cidade podem ser vistos do Alto da Cachoeira (rio Mundaú) e na Av. Santos Dumont (vista parcial da cidade). Tem como gentílico: rio-larguense e sua formação Administrativa Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa luzia do Norte, pelo decreto de 10-12-1830, desmembrado de Alagoas. Sede na ´povoação de Santa Luzia da Alagoa do Norte.

Instalado em 13-06-1831. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede, pela lei estadual nº 696, de 13-07-1915, transfere a sede da vila de Santa Luzia do Norte para a povoação de Rio Largo, eleva à condição de cidade com a denominação de Santa Luzia do Norte.

Em divisão administrativa referente ao de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Santa Luzia do Norte e Rio Largo (sede). Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 2361, de 31-03-1938, baixado pelo governo estadual, Rio Largo, passou a ser município e é constituído de 2 distritos: Rio Largo e Santa Luzia do Norte. Pelo decreto estadual nº 2435, de 30-11-1938, é criado o distrito de Coqueiro Sêco, com território desmembrado do distrito de Santa Luzia do Norte e anexado ao município de Rio Largo.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Rio Largo, Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei estadual nº 2463, de 23-08-1962, desmembra do município de Rio Largo o distrito de Coqueiro Seco. Elevado à categoria de município. Pelo decreto lei estadual n 2464, de 23-08-1962, desmembra do município de Rio Largo o distrito de Santa Luzia do Norte.

Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Transferência de sede Santa Luzia do Norte para Rio Largo alterado, pela lei estadual nº 696, de 13-07-1915. Santa Luzia do Norte para Rio Largo alterado pelo decreto estadual n 2361, de 31-03-1938.

Memórias

Rio Largo desenvolveu-se ao redor da Companhia Alagoana de Fiação e Tecido, que foi responsável pelo progresso e desenvolvimento da cidade. Foi ainda, a primeira cidade industrial de Alagoas.

O Comendador Gustavo Paiva destacou-se pelos trabalhos assistenciais que desenvolveu, por isso foi homenageado com o nome do grupo escolar, a saber: Grupo Escolar Gustavo Paiva.

A Companhia Alagoana desempenhava um importante papel social e econômico na cidade. Os operários contavam com toda uma estrutura de lazer, esporte, saúde, cultura e habitação.

Havia na cidade um cinema e uma piscina para os operários, contavam ainda com um restaurante de estilo rústico colonial, com capacidade para 500 (quinhentas pessoas), todo higienizado e moderno.

Foi criada a primeira Banda Musical Feminina, formada por operárias da fábrica, os filhos dos trabalhadores podiam estudar no jardim de infância e ainda havia uma creche de capacidade para 100 (cem) crianças, que ficavam sob os cuidados de enfermeiras formadas.

Rio Largo possuía um corpo de bombeiros equipado com os devidos instrumentos, departamento de saúde composto por toda aparelhagem completa, com ambulância moderna, sala de raio x, equipe médica composta por seis médicos entre operadores e especialistas e um laboratório de análise que disponibilizava exames gratuitos para os operários. Tinha ainda, um laboratório de análise de pesquisas científicas.

Havia no centro da cidade um belo jardim na praça, que embelezava-a, como também a estação ferroviária que trazia progresso e prosperidade. O Grupo Escolar Francisco Leão, ficava defronte a esse jardim. Na cidade, funcionava ainda o prédio da Prefeitura Municipal.

Com cerca de dois mil e oitocentos operários e vastos benefícios sociais a Companhia Alagoana de Fiação e Tecido, elevou Rio Largo a uma cidade referência no país.

 

Fonte: Biblioteca do IBGE e Youtube

 

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.