A exemplo do que ocorre em outros países, os donos de uma empresa brasileira decidiram defender os valores cristãos em que acreditam e estão sendo massacrados. Tanto na imprensa que cobriu o caso quanto nas redes sociais, o tom é de críticas à rede de supermercados Hirota, de São Paulo.
O motivo é que a rede distribuiu uma cartilha “pró-família”, onde condena a união homossexual, o sexo antes do casamento, o protagonismo da mulher nas relações e o aborto.
O material, criado para comemorar o Dia da Família, no último dia 8, apresenta textos como “os pilares do casamento”, “esposa seja submissa ao marido” e “aborto, um crime hediondo” todos com referências a passagens bíblicas. Como era esperado, os ativistas LGBTs estão indignados e pedindo que as pessoas não comprem no Hirota por que sua cartilha classifica a união homoafetiva como “antinatural, um erro, uma paixão infame, uma distorção de criação”.
A cartilha diz que sexo antes do casamento é “fornicação” e emenda: “se antes do casamento o sexo é proibido, no casamento é ordenado”. Também há páginas defendendo que “a submissão da mulher a seu marido é sua liberdade” e “o aborto é transformar o ventre materno, o mais sagrado habitat humano, num patíbulo de tortura”.
Indignados, muitos liberais estão fazendo comentários nas redes sociais da empresa para protestar. Por causa disso, na tarde desta terça-feira (19) os supermercados Hirota publicaram uma retratação em sua página do Facebook, pedindo desculpas e dizendo que “em momento algum tivemos a intenção de polemizar, ofender ou discriminar qualquer forma de amor. Em nossos valores não há nenhum tipo de preconceito em relação à gênero, religião ou raça.”
A família proprietária da rede Hitorota, que tem 15 unidades no ABC paulista, é conhecida por seu envolvimento com as igrejas dos bairros onde funcionam suas lojas. O texto teria sido ideia de um membro da igreja presbiteriana, para comemorar o Dia da Família. Com informações Veja