Denúncia vem na esteira de proibições similares de gigantes como Facebook e Twitter
por Jarbas Aragão
O diretor de uma editora luterana está denunciando que o Google não aceita veicular propagandas relacionadas ao site de sua organização “por causa da fé que professamos”.
Bruce Kintz, da Concordia Publishing House (CPH), ligada aos luteranos conservadores dos EUA, expressou sua indignação publicamente após ser informado que o serviço de publicidade online do Google não promoveria o site da CPH devido à presença de certos ‘itens religiosos’ na página.
Conforma revelou Kintz, a empresa recebeu um e-mail avisando que o Google não “aceitaria mais nada relacionado ao domínio cph.org”. Um dos responsáveis pelo sistema de publicidade do Google AdWords deixou claro ao CPH que as referências a Jesus e à Bíblia levaram à “desaprovação “de seus anúncios.
“É uma batalha difícil, mas nossa missão e nossos clientes valem a pena”, enfatizou o diretor. “É por isso que estamos aqui.”
Um porta-voz do Google disse ao The Christian Post a empresa não “censura organizações cristãs”, mas que, para “proteger a privacidade do usuário, o Google AdWords tem políticas que “restringem a forma como os anunciantes podem usar os dados para exibir e personalizar anúncios para os usuários”.
Segundo as regras da empresa, está proibido “o uso de crença religiosa pessoal para segmentar usuários para publicidade”.
De acordo com a Concordia Publishing House, os anúncios reprovados pelo Google usavam o nome Jesus e faziam propaganda de Bíblias, utilizando versículos em destaque. A sugestão do representante do Google é que eles anunciassem “um tipo diferente de produto”, sem teor religioso.
Kintz afirma que eles não “sacrificariam” suas crenças para cumprir os requisitos do Google. “Não é nenhum segredo que a sociedade está se tornando cada vez mais hostil à fé cristã. Essa crescente hostilidade torna nossa missão de proclamar nossa fé através dos livros, Bíblias e todo material que produzimos ainda mais importante”, afirmou. “Continuaremos a proclamar a fé porque sabemos, sem sombra de dúvida, que a Palavra do Senhor é eterna.
Essa denúncia vem na esteira de outras similares, onde gigantes da tecnologia, como o Twitter e o Facebook, têm suprimido o alcance de páginas conservadoras e cristãs, também proibindo a veiculação de comerciais religiosos em suas plataformas.