JORNAL BRITÂNICO DESTACA ASCENSÃO DA MÚSICA GOSPEL
The Guardian faz matéria após o Festival Promessas, da Rede Globo
O jornal britânico The Guardian, um dos mais importantes periódicos da Europa, destacou a ascensão da música gospel no Brasil, bem como sua visibilidade crescente. O título da reportagem, “Gospel toca uma corda no Brasil, terra da bossa nova”, dá o tom do texto que lembra o Brasil como berço da bossa nova, mas que também é conhecido pelo samba e pelo funk.
A exaltação à música gospel no Brasil vem depois de uma abertura pela maior televisão secular do país, a rede Globo que promoveu o Festival Promessas. A publicação descreve o festival como “uma explosão de luzes fluorescentes, um rufar de tambores ensurdecedor e a declamação de uma parte do Salmo 91: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti”.
Para os evangélicos o Festival Promessas foi considerado uma abertura de Deus através da maior rede de televisão do Brasil para a transmissão do Evangelho. “É um novo tempo para o Evangelho no Brasil e traz para nós muita reponsabilidade de seguir sendo mais crentes”, disse Fernanda Brum ao CP.
O especial de final de ano da Globo teve a duração de 75 minutos e alcançou a marca de treze pontos de média na Grande São Paulo, de acordo com números prévios do Ibope. De acordo com o The Guardian o mercado gospel está avaliado em R$ 1,5 bilhão em 2011, e várias gravadoras seculares, como a Som Livre e a Sony, começaram a ter interesse em participar do segmento.
Cantoras como Aline Barros e Fernanda Brum já disputam espaço nas agendas das gravadoras com cantores internacionalmente populares, como Britney Spears ou Justin Bieber, muitas vezes levando vantagem sobre eles. O mercado gospel também tem se mostrado relativamente imune à pirataria, pois por razões espirituais e morais, os evangélicos se recusam a adquirir itens falsificados ou mesmo a fazer downloads ilegais.
Para Luiz Gleizer, diretor da Globo, a emissora não poderia ignorar a proporção que assumiu a música gospel no Brasil. Segundo ele, o canal “percebeu a importância progressiva da música gospel na vida cultural do Brasil”. Ele acrescentou ainda que o evento reafirmou a laicidade da emissora: “a Globo não é um canal católico – é secular, laico e republicano”.
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