EBD | O Tempo de Deus está Próximo
Fonte: CPAD
INTRODUÇÃO
I – A VOLTA SÚBITA DE JESUS CRISTO
II – SINAIS QUE PRECEDEM A VOLTA DE JESUS
III – UM DIA GLORIOSO PARA OS REMIDOS
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo principal mostrar aos jovem que o Dia do Senhor será um dia glorioso para todos os remidos. Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, leia o subsídio abaixo:
Na primeira das lições desse trimestre, o tema predominante dizia respeito à vida cristã. A partir da lição 9, o assunto pendeu mais preponderantemente para apologética e, agora, na derradeira abordagem, a escatologia será a vertente teológica dominante.
Lá no início, foi estudado sobre o tempo e como cada pessoa interage com ele (preguiça, ativismo, otimização do ritmo da vida e a antecipação do tempo – ansiedade); em seguida, tratou-se sobre como recuperar o tempo perdido, tempo a sós com Deus e depressão, – um mal do nosso tempo. Entre as lições 9 e 12, foram analisadas as cosmovisões contemporâneas do hedonismo e do materialismo, além de ser examinada a situação do evangelicalismo neste tempo (crenças religiosas) e se, diante dos avanços científicos, ainda é possível crer nos “milagres do nosso tempo”. Agora, fechando com “chave de ouro”, olha-se para o futuro iminente, vislumbrando a chegada do tempo de Deus, — o fim da caminhada da igreja na Terra — A segunda vinda de Cristo, que será dividida em dois momentos: o seu retorno nos ares, para buscar os seus no arrebatamento e o sua volta, em glória, com a Igreja, para governar sobre as nações do Terra. O mundo será surpreendido, em breve, com o maior e mais decisivo acontecimento de todos os tempos — o arrebatamento da igreja — quando todos lamentarão o desaparecimento de um povo da Terra e a instalação do período da grande tribulação, sob o domínio do mal. Por isso, agora é momento de despertar, de fazer a escolha correta, pois o tempo do fim está se aproximando velozmente. C. S. Lewis comenta sobre isso:
“Por que Deus quis entrar sob disfarce neste mundo ocupado pelo inimigo (…)? Por que não invade o território com força total? (…) É certo que Deus vai invadir. (…) Quando o autor sobe ao palco, é porque a peça já́ terminou. A invasão divina vai acontecer, não há dúvida quanto a isso; (…) Dessa vez, Deus se apresentará sem disfarce, e virá com tamanho poder que causará em cada criatura um amor irresistível ou um irresistível horror. Será́ tarde demais, então, para escolher um dos lados. (…) Aquele não será́ o tempo das escolhas, mas sim da revelação do lado a que pertencíamos, tivéssemos consciência disso ou não. Hoje, agora, neste momento, temos a oportunidade de escolher o lado correto. Deus tarda a aparecer para nos dar essa chance, que não durará para sempre. É pegar ou largar”.1
Lewis traz para o centro do debate a ideia de que o tempo de Deus está próximo, e que este é o instante de escolher o lado correto. Está escrito: “Prepara-te (…) para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.12).
Esta será uma grande invasão, a qual, como todo o milagre, não tem hora marcada para acontecer, — a primeira etapa da vinda do Filho do Homem — o início do profético dia
do Senhor, tão mencionado na Bíblia, desde o Antigo Testamento. Será um momento em que o Todo-Poderoso entrará na batalha decisivamente, com parte do exército celestial (1 Ts 4.16-19) e resgatará seus servos que estavam submetidos ao mundo natural.
Como dizia Charles Spurgeon: “Já não haverá mais tempo quando o juízo vier e, quando não houver mais tempo, qualquer modificação será impossível”.
Uma verdade essencial
Diante de um mundo pós-moderno, afetado pelo liberalismo teológico, não é incomum encontrar interpretações equivocadas sobre a segunda vinda do Jesus, como acontecia no Século I. Essa verdade doutrinária, porém, constitui-se no ponto culminante da história da igreja, mencionada pelos profetas, por Jesus e por todos os apóstolos do Senhor. Segundo os estudiosos, a segunda vinda de Cristo é a doutrina mais mencionada no Novo Testamento: aproximadamente 318 vezes.2 Trata-se, portanto, de uma verdade essencial, a qual não pode ser desprezada, como tem acontecido em inúmeros púlpitos, nos quais essa bem-aventurada esperança não está sendo mais anunciada.
Ao que tudo indica, muitas pessoas entendem como essencial o fato de viver bem nesta vida, porém o interesse principal de Deus é que todos estejam preparados para o dia da vinda do Filho do Homem. Com essa doutrina, fica claro que a história não está à deriva, mas Deus está no controle de tudo e, com isso, começará a invasão final neste mundo natural, como parte da retomada definitiva do Reino.
O tempo se abrevia
A vinda do tempo de Deus para esta geração não tarda. As profecias bíblicas indicam que Ele “certamente virá e não tardará (Hc 2.3; Hb 10.37).
Paulo, pelo Espírito, disse que “o tempo se abrevia” (1 Co 7.29), a mesma ideia trazida por Jesus, em relação ao tempo do fim (Mt 24.22). Sem dúvida, como o tempo (kairós) está sendo abreviado, é necessário que todos os cristãos se desapeguem das coisas desta vida, encarando-as sob o prisma da vinda do Senhor, ou seja, viagens, negócios, casamento, tudo deve ser analisado num cenário escatológico.3 Era sob essa égide que a igreja do primeiro século caminhava.
Os cristãos não tinham as suas vidas por preciosas e viviam sem amar as coisas do mundo, como Paulo orientou “os que compram” que vivessem como se nada possuíssem (1 Co 7.30). O foco deles era o encontro maravilhoso com o Senhor, por isso a perseguição romana não lhes era um pesadelo.
Jerônimo disse que não havia dia que não fossem martirizados, pelo menos, uns cinco mil cristãos, entretanto “a atitude constante de todos esses mártires sempre foi a mesma”4. Eles podiam declarar como Paulo: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm 4.8).
Uma invasão aguardada
A essa invasão divina chamada “arrebatamento da igreja”, Paulo diz: “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). Essa era a grande expectativa dos crentes do primeiro século. O teólogo Charles Hodge aduz que a vinda de Cristo era o grande objeto de expectativa e desejo dos apóstolos, bem como dos primeiros cristãos, e que eles davam total proeminência a essa doutrina.5
Está escrito que aqueles que têm o Espírito possuem “ardente expectação”, aguardando a redenção do corpo (Rm 8.19,23). Inequivocamente, o mais afetuoso desejo dos cristãos é a vinda do Senhor (2 Pe 3.13), a qual constitui-se no maior consolo da igreja (1 Ts 4.18). Diante desse justo anelo, o Senhor prometeu: “…Certamente, cedo venho… (e a Noiva responde:) Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
Sinais que precedem a volta de Jesus
1.A convulsão da natureza
Deus sempre avisa aos seus servos as coisas que estão para acontecer, conforme está escrito em Am 3.7: “Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”. Em relação à volta de Jesus, não poderia ser diferente. O Senhor deixou várias pistas proféticas sobre a época em que o arrebatamento aconteceria, sendo uma delas a convulsão da natureza.
Jesus disse que os fatos marcantes do tempo de Noé e Ló seriam características da época em que Ele retornaria à Terra (Lc 17.26-29,31,). Como se sabe, nos períodos desses patriarcas havia uma fétida atmosfera de pecado e corrupção em toda a sociedade e, por isso, a Natureza se convulsionou: as águas do dilúvio destruíram a civilização do tempo Noé, e a chuva de fogo e enxofre trouxeram juízo para as cidades impenitentes do tempo de Ló.
Jesus, então, respondendo ao questionamento dos discípulos, sobre quando seria o momento de sua vinda, disse: “Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão os abutres” (Lc 17.37). O Senhor estava indicando que quando as aves de rapina sobrevoassem ao redor, isto seria sinal de que existiria um corpo morto por perto. Ou seja, quando as condições morais e espirituais da sociedade estivessem apodrecidas, Cristo voltaria a este mundo.
Não haverá como a igreja marcar a data da segunda vinda de Jesus, mas assim como os abutres agem com rapidez quando veem o “corpo”, assim será a volta do Senhor. Para os que estão espiritualmente mortos, será um grande sofrimento, mas para os que entrarem na vida eterna será glorioso.6
Ademais, Jesus alertou no sermão profético que, antes de sua vinda, sobreviriam fomes, pestes e terremotos, em vários lugares (Mt 24.7). Isso denota a abrangência do juízo que pairaria sobre a humanidade. Nos últimos anos, a revolta da Natureza causou grande destruição. Acredita-se que o número de terremotos no Século XX foi superior ao total de terremotos de todos os tempos e que entre 2000 e 2010, conforme conceituado Órgão norte americano, “aconteceram mais de 200 mil terremotos”. Por causa dos terremotos
em 2004 (Indonésia), 2010 (Haiti), 2011 (Japão) e 2015 (Nepal), somadas, aproximadamente 500 mil pessoas foram mortas.
2. Aumento da rebelião
Uma das características dos dias que antecedem a volta de Jesus é o aumento das rebeliões. Jesus mencionou sobre “guerras, rumores de guerras, nação contra nação e reino contra reino” (Mt 24.6,7), o que demonstra uma crescente rebelião nas pessoas. Em 2014, pesquisa realizada entre 162 países demonstrou que somente onze não estavam envolvidos em guerras.
A Bíblia também menciona que essa rebelião alcançaria as pessoas individualmente (Mt 24.10,12; 1 Tm 4.1; 2Tm 3.1,2), pois esse tempo trabalhoso seria marcado pela apostasia da fé, bem como pelo egoísmo, traições, desobediência aos pais, etc. Porventura não é isso que se vê cotidianamente? Os homens em rebelião contra o Altíssimo, e em profundo desamor, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos?
Hoje foram inventadas novas formas de pecar, que não existiam no passado. A violência familiar e social cresceu de maneira vertiginosa. É o fim dos tempos.
3. Tensões generalizadas
A profecia bíblica mostra que, no período antecedente à volta de Jesus, o conflito cósmico alcançará uma tensão nunca vista antes, porque “o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (Ap 12.12). Por conta disso, Jesus previu o aumento da atividade diabólica, com o aparecimento de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5,11; 1 Jo 2.18) e perseguições aos crentes (Mt 24.9), além da multiplicação da iniquidade.
Observa-se, claramente, o aumento da atividade diabólica no planeta Terra. As religiões satanistas têm prosperado em muitos lugares do mundo. Nos Estados Unidos há a diminuição gradativa daqueles que creem em Deus e no continente europeu, por seu turno, a sociedade mergulhou no obscuro abismo da era “pós-cristã”, caracterizada pelo abandono da cosmovisão judaico-cristã, crescente secularização e, também, pela islamização.
Nessa toada, têm surgido falsos cristos e falsos profetas, como alertou Jesus. Somente nos últimos tempos, pessoas como Vissarion (Rússia), David Shayler (Inglaterra), Ernest L. Norman (EUA), Jim Jones (Guiana), Shoko Asahara (Japão), Marshall Applewhite (EUA), José Luís de Jesus Miranda (EUA) dentre muitos outros, intitularam-se Cristo ou seu profeta, e atraíram muitas pessoas a si.
Satã está ativo no planeta Terra, pois desceu até nós, com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta. A Igreja precisa despertar, pois o Noivo está às portas (Mt 25.6).
Conclusão
Cada cristão deve se vigiar diariamente para, quando chegar esse dia eterno, todos sejamos recepcionados pelo Noivo com vivas de alegria: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34).
*Este subsídio foi adaptado de ODILO, Reynaldo. Tempo Para Todas as Coisas: Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 149-158.
1 LEWIS, C. S.. Cristianismo Puro e Simples. 1ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2005, pp. 86-88.
2 WATER, Mark. Enciclopédia de Fatos da Bíblia.São Paulo: Hagnos, 2014, p. 902.
3 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G..Comentário Bíblico Beacon. vol. 8, Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 303.
4 FOXE, John. O Livro dos Mártires. (iBook) São Paulo: Mundo Cristão, 2013, p. 15.
5 HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001, pp. 1605,1606.
6 ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger.Comentário Bíblico Pentecostal. 2ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 434.
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Lidiane Santos
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