EBD | Lição 10 – Precisamos de Vigilância Espiritual
Fonte: Portal da Escola Dominical
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DOIS SERVOS
II – UM CHAMADO À VIGILÂNCIA
III – VIVENDO COM DISCERNIMENTO
CONCLUSÃO
VIVENDO COM DISCERNIMENTO
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
Mateus 24.49 nos alerta para a vida de alguém que começou a se conduzir de maneira dissoluta. O servo infiel começou a espancar, e a comer, e a beber com os bêbados. Isso nos faz lembrar de um momento anterior no mesmo sermão, onde Jesus fala sobre os dias de Nóe: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24.38). As pessoas viviam sem compromisso com Deus e foram pegas de surpresa. A vida dissoluta conduzirá as pessoas à um lugar onde haverá choro e ranger de dentes.
No comentário de Mateus 24.38 a Bíblia de Estudo Conselheira – Novo Testamento, destaca que “para os que não são seguidores de Jesus, porém, a vida seguirá ‘normalmente’ – tal como foi com o dilúvio de Noé – até a hora do fim, em que será tarde demais para se arrepender e crer em Jesus”.1 Neste comentário também destaca-se que “o arrebatamento – a retirada da terra dos salvos – será uma surpresa para toda a sociedade, mas não deve ser assim para os servos de Cristo: estes continuam sua vida de trabalho, mas podem ficar atentos e preparados, pois estão certos de que alguma hora Jesus voltará”.2
O povo de Deus é exortado desde os tempos de Moisés a uma vida de santidade: “Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra. Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.44-45).
Para o povo da nova aliança, a vida de santidade também é requerida: “porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.16). Precisamos viver uma vida com discernimento. Saber separar aquilo que convém fazer aos santos filhos de Deus. Hoje, mais do que em todas as gerações de cristãos, precisamos lembrar da realidade de que devemos: “Seguir a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Henry destaca que a “paz e a santidade estão associadas; não pode haver verdadeira paz sem santidade”.3 Este autor destaca também que “pode haver prudência e consideração discreta, e uma demonstração de amizade e de boa vontade para com todos; mas essa verdadeira índole pacífica cristã nunca está separada da santidade, por isso não devemos, sob o pretexto de viver pacificamente com todos os homens, deixar os caminhos da santidade, mas cultivar a paz de forma santa”.4
Na parábola que Jesus nos conta, precisamos seguir o exemplo do servo fiel e prudente. Este é aquele que administra os bens de seu Senhor conforme a vontade do Pai. A expressão “servo” (doulous), aqui trata-se de um ministro dedicado, alguém que se sente obrigado a servir ao seu Senhor. A Bíblia nos chama de despenseiros de Deus. Como vimos acima, em 1 Coríntios 4.1,2 convém que os homens nos considerem como ministros, servos, despenseiros, administradores daquilo que Cristo coloca sob nossa responsabilidade. Mais que isso, requer de nós que sejamos bons e fiéis administradores.
Existem pessoas que estão se conduzindo de modo dissoluto e fazendo mau uso dos bens que o Senhor deixou em suas mãos. São maus servos. Correm o risco de serem pegos de surpresa e serem lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.
Por outro lado, o vigilante está preparado para a vinda de Jesus. O vigilante prega sobre a vinda de Jesus, como bom ministro e despenseiro, como mordomo de Cristo. O vigilante nunca deixa faltar o óleo da luz e da unção. O vigilante guarda o que tem exercitando seus talentos. Ele administra com fidelidade os bens de seu Senhor. Um dia ele será promovido como administrador das mansões celestiais.
O Novo Testamento compara a vinda de Jesus com o advento da chegada surpresa de um ladrão em 1 Tessalonicenses 5.2, 2 Pedro 3.10 e em Mateus 24.43, Lucas 12.39, Apocalipse 3.3 dizem que a hora de sua vinda será semelhante a de um ladrão. Em Apocalipse 16.15, Ele afirmou que virá como um “ladrão”. Estes textos destacam a vinda de Cristo de forma inesperada, por isso a necessidade da constante vigilância espiritual.
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus:As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.
Lidiane Santos
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