EBD | Classe Juvenis – Lição 2 – A plenitude dos tempos
Fonte: Portal EBD
I – PROFECIAS MESSIÂNICAS
“HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” Hebreus 1:1-2.
De forma geral, podemos definir as profecias messiânicas como textos do Antigo e do Novo Testamento que tratam da pessoa, da vida e da obra do Messias. Portanto, as profecias messiânicas, como apresentadas na Bíblia, revelam a identidade do Messias prometido a Israel. A teologia da promessa do Messias desenvolvida nas páginas da Bíblia Sagrada dá origem tanto à esperança messiânica judaica quanto à gentílica.
Com a revelação progressiva do conceito de messias (ungido) na vida de várias figuras tratadas como messias, estas meramente humanas – como no caso de Ciro, o Grande, a quem remete a profecia de Isaías 45:1 (“Assim diz o SENHOR ao seu ungido [messias], a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão”) – e também por meio de importantes eventos, foi-nos prefigurado no texto sagrado o Grande Messias (divino/humano), a quem o termo Messias passa a referir-se na história de Israel e na profecia bíblica.
Olhando para o uso comum do termo māshîaḥ, este refere-se àquele que é ungido com óleo (simbolizando o recebimento do Espírito Santo), sendo capacitado a fazer uma tarefa designada. No caso de Ciro, este foi ungido só com o Espírito de Deus e comissionado para ser o “libertador ungido” de Israel (Is.45:1).
No Israel bíblico, três pessoas eram ungidas com óleo: o sacerdote – como na unção de Arão como Sumo-sacerdote (“E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça; assim o ungirás” [Êx.29:7]); o profeta – como no caso de Eliseu, quando substituiu o profeta Elias (“e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar” [1Rs.19:16b]); e o rei – conforme a unção de Davi como rei relatada no texto bíblico (“Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar [e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença]; e disse o SENHOR: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá” [1Sm.16:12-13]).
Posteriormente à promessa feita a Davi (2Sm.7:13), māshîah passou a dizer respeito diretamente à dinastia davídica, todavia, em última instância, apontando para o “Messias”.
Conforme apontou Groningen, quando se consulta a maior parte da literatura existente, sobre o Messias especificamente ou sobre o messianismo de modo geral, a designação estrita é usada geralmente para referir-se à ideia do rei como ungido. A ideia especifica, que os eruditos afirmam ser a essência da ideia messiânica, é a de figura real. Dizer “messias” é dizer: o rei que reinou, ou que agora reina, o rei prometido ou o que se espera que venha reinar (GRONINGEN, 2003, p.18).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL – PROFº GABRIEL FRANCISCO DA SILVA SANTANA
Lidiane Santos
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