EBD | Classe Jovens – Lição 12 – A oração de Paulo pelos Efésios

Fonte: Escola EBD
TEXTO DO DIA
“Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”  (Ef 3.14)
SÍNTESE
A oração de Paulo pelos cristãos em Éfeso é um marco de ousadia, intimidade e fé para com Deus. Seus efeitos, ainda hoje, têm uma total influência nos crentes que formam o Corpo de Cristo.
Objetivos
1 APRESENTAR a ousada oração de Paulo aos cristãos em Éfeso;
2 PERCEBER o poder do amor de Cristo para a Igreja.
Texto bíblico
Efésios 3.14-2
INTRODUÇÃO
Paulo, na prisão em Roma (provavelmente, levando-se em conta as informações que temos), sente a necessidade de escrever à igreja em Éfeso. Os cristãos nessa cidade passavam por um momento de fortalecimento e as boas notícias chegaram até o apóstolo que buscou escrever-lhes uma carta. Em meio as suas letras, reflexões e apontamentos, Paulo foi impelido a fazer uma das orações mais ousadas da Bíblia Sagrada. É essa a oração que estudaremos nessa semana.
I – UMA ORAÇÃO OUSADA
   1. O cuidado para com a igreja. A Carta escrita por pelo apóstolo à igreja em Éfeso revela o grande cuidado e amor que esse homem de Deus tinha pelas suas ovelhas. Paulo estivera anos antes nessa cidade e havia deixado ali uma igreja que se destacava. O conteúdo da Carta é para a igreja em Éfeso, mas também se esperava que ela chegasse até as outras igrejas da região, como Laodiceia, por exemplo. Uma coisa é certa, essa Carta também chegou até você e a mim, glória a Deus. A oração que estamos estudando é um dos conteúdos dessa Carta e expressa o sentimento profundo de comprometimento com a continuidade e o êxito daquela igreja, mas também é uma oração que se estende para todos os cristãos. Quando Paulo ora pelos crentes em Éfeso, ele ora também por mim e por vocês, pois o foco dele não repousava na cidade geográfica, mas sim na amplitude espiritual da obra de Deus.
    2. De joelhos é melhor. Paulo está preso em Roma e sente-se movido a dirigir-se aos cristãos, falar-lhes e, impondo-lhes as mãos, orar. Mas ele está preso! Como fazer? A resposta é simples! O apóstolo é um homem espiritual, maduro e com uma fé inabalável. O seu corpo era físico e limitado, mas o Espírito que nele habitava era onipresente e onipotente. Os sentimentos de Paulo nos abraçam até hoje, a Carta do apóstolo fala conosco até os dias atuais, a oração desse homem de fé é instrumento da bênção de Deus na vida dos cristãos enquanto estiverem confessando a Cristo, crendo em Deus e, dirigidos pelo Espírito, fazendo a diferença em um mundo que clama.

Aos judeus de então, não era costumeiro a oração de joelhos. Quando oravam, ficavam de pé e erguiam as mãos. Paulo, inundado pelo desejo de pedir algo tão único e precioso para os cristãos, jogou-se ao chão e de joelhos clamou. Não podia ir fisicamente até Éfeso, mas de joelhos podia subir até o trono da graça de Deus e pedir com ousadia: Pai, fortalece-os no Espírito, habite Cristo nos corações, permita-lhes conhecer o incompreensível e enche-os da Tua plenitude!
   3. A ousadia de Paulo. A ousadia presente na oração de Paulo nos impressiona: Ele pede algo que é impossível de ser mensurado com exatidão. Podemos ter uma ideia do alcance das petições, mas jamais conseguiremos um retrato fiel de quão profundas e significativas são essas solicitações. A maturidade do apóstolo o leva a ousar e pedir que os cristãos vivam experiências que vão muito além do limitado entendimento humano.
Que possamos, assim como Paulo, não nos conformarmos quanto ao que vivemos e sabemos acerca de Deus. Precisamos, movidos por tal ousadia, ansiar por ir muito além de modo que as nossas experiências já não sejam mais suficientes: Devemos almejar cada vez mais a presença do Santo Espírito de Deus em nossas vidas! (Sl 16.11; 73.26-28; 89.15)
O apóstolo estava preso, mas livre no espírito! Seu corpo físico estava limitado ao cárcere, mas suas orações ousadas iam longe em uma verdadeira revolução na forma do relacionamento dos homens com a vida espiritual: Não bastava ouvir falar acerca de Deus, era necessário experimentá-lo de forma intensa e progressiva.
De joelhos, as limitações, frustrações e temores se dissolviam e Paulo sentia-se infinitamente mais forte, porque nele operava o Espírito Santo. E o mesmo Espírito que estava em Paulo, fortalece a igreja e opera em cada um de nós.
II – O PRIMEIRO PEDIDO DE PAULO (V. 16)
   1. Fortalecidos pelo Espírito. O apóstolo Paulo pede que Deus fortaleça os cristãos com poder no seu homem interior. Esse fortalecimento alcançará nossas mentes, sentimentos, propósitos, desejos, enfim, em todas as questões que se relacionam ao ser humano integral. É o seu interior que move e faz de alguém o que é. Quando não estamos fortalecidos, perdemos a nossa essência cristã e passamos a agir dentro de uma conduta mundana e ditada pelos padrões pecaminosos. Além disso, enfraquecidos, nós estamos sujeitos às mais duras frustrações e derrotas frente aos desafios cotidianos. Muitas pessoas desanimam, pois têm uma visão meramente humana e limitada de seus problemas e lutas. As forças humanas não são suficientes para vencer os desafios que temos pela frente, pois as lutas vão muito além de nossas possibilidades falíveis e limitadas (Sl 59.17).
Paulo pede para que, pelo Espírito Santo, sejamos fortalecidos em nosso homem interior. As fraquezas e limitações humanas nos fazem desanimar, mas o Espírito nos fortalece e nos coloca de pé. É nesse fortalecimento que nossas vidas mudam e conseguimos as forças tão necessárias para reagirmos às influências mundanas. Enfim, é Deus que nos fortalece para enfrentarmos os desafios da vida (Fp 4.13).
Esse poder que opera dentro dos cristãos é fruto da ação do Espírito Santo de Deus e acontece mediante a interiorização das verdades que ouvimos e permitimos que sejam refletidas e absorvidas por nossas mentes. Trata-se da interiorização das verdades essenciais da Palavra de Deus em nossas vidas.
De joelhos, as limitações, frustrações e temores se dissolviam e Paulo sentia-se infinitamente mais forte, porque nele operava o Espírito Santo. E o mesmo Espírito que estava em Paulo, fortalece a igreja e opera em cada um de nós.
   2. O amor de Cristo. Duas figuras de linguagem são utilizadas na referência ao que o amor de Cristo deve representar ao modo de vida do cristão: Arraigados e fundados (Ef 3.17). O amor de Cristo deve estar arraigado em nossas vidas como as profundas raízes de uma alta árvore e fundado como os mais fortes alicerces de um edifício. É o amor que nos sustenta e nos permite fazer coisas que vão além do entendimento. Por amor, um pai abre mão do alimento para ver o filho saciado. Por amor, Cristo doou-se na cruz do calvário para que todos nós pudéssemos ter vida (2 Co 8.9). Quando somos movidos pelo amor de Cristo, todas as áreas de nossas vidas são impulsionadas a partir desse amor. Desde as ações mais simples até as decisões mais complexas, todas são mobilizadas e desenvolvidas a partir de uma base de sustentação chamada “o amor de Cristo em nós” (Cl 3.17; Jo 15.13; Rm 8.38,39).
Quando somos movidos pelo amor de Cristo, todas as áreas de nossas vidas são impulsionadas a partir desse amor. Desde as ações mais simples até as decisões mais complexas, todas são mobilizadas e desenvolvidas a partir de uma base de sustentação chamada “o amor de Cristo em nós”.
   3. Como compreender perfeitamente? Temos condições de compreender perfeitamente todas as dimensões do amor de Cristo e conhecê-lo em toda a sua essência? Será que podemos ter em nossas vidas toda a plenitude de Deus?
Tais propostas se mostram por demais “inatingíveis” para nossas vidas, não é mesmo? O que Paulo tinha em mente quando as dirigiu como petições ao Senhor?  Essas são experiências que precisamos buscar, pois são para todos nós, cristãos. Mas somente as alcançaremos se buscarmos uma total dependência do Espírito Santo (Gl 5.25).
CONCLUSÃO
Nesta lição pudemos aprender uma valiosa verdade: É o amor de Deus que impulsiona a Igreja em sua missão diária levar a todos os povos o “ide” do Mestre Amado e manifestar o Reino de Deus na dimensão presente.
Enquanto vivemos essa verdade, é desenvolvida a nossa confiança acerca do que o Espírito de Deus faz por meio de nós, que vai muito além do que podemos imaginar. Isso permite que todos os que são alcançados pela mensagem, tenham a oportunidade de sentir o desejo de salvação, a sede pela vida eterna e a certeza da restauração em Cristo Jesus.
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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.