EBD | Classe Adultos – Lição 7 – O ministério de Eliseu
Fonte: Escola EBD
15 de Agosto de 2021
Adultos 3º Trimestre de 2021
TEXTO ÁUREO
“E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do SENHOR, para que consultemos ao SENHOR por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.”(2 Rs 3.11)
VERDADE PRÁTICA
Deus usou, e ainda usa, seus servos para realizar milagres. Basta ter fé e confiança no Senhor, que Ele opera maravilhas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Dt 28.8,9 Aquele que obedece a Deus será abençoado e desfrutará da provisão divina
Terça – Jo 21.25 Jesus operou muitos milagres na vida daqueles que criam nEle
Quarta – At 19.11,12 Assim como Deus fez milagres através de Eliseu, também faz no tempo da graça
Quinta – Sl 77.11,12 O Salmista nos aconselha a meditar sobre os prodígios e maravilhas que Deus faz
Sexta – Fp 4.19 Deus supre as necessidades de seus filhos
Sábado – Mt 6.26,33 Deus deseja prover para os seus mais do que o alimento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 3.5,9-11,14-18; 4.1-7,38-41
2 Reis 3
5 – Sucedeu, porém, que, morrendo Acabe, se revoltou o rei dos moabitas contra o rei de Israel.
9 – E partiu o rei de Israel, e o rei de Judá, e o rei de Edom; e andaram rodeando com uma marcha de sete dias, e o exército e o gado que os seguia não tinham água.
10 – Então, disse o rei de Israel: Ah! Que o SENHOR chamou a estes três reis, para os entregar nas mãos dos moabitas.
11 – E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do SENHOR, para que consultemos ao SENHOR por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.
14 – E disse Eliseu: Vive o SENHOR dos Exércitos, em cuja presença estou, que, se eu não respeitasse a presença de Josafá, rei de Judá, não olharia para ti nem te veria.
15 – Ora, pois, trazei-me um tangedor. E sucedeu que, tangendo o tangedor, veio sobre ele a mão do SENHOR.
16 – E disse: Assim diz o SENHOR: Fazei neste vale muitas covas.
17 – Porque assim diz o SENHOR: Não vereis vento e não vereis chuva; todavia, este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós e o vosso gado e os vossos animais.
18 -E ainda isto é pouco aos olhos do SENHOR; também entregará ele os moabitas nas vossas mãos.
2 Reis 4
1 – E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
2 – E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 – Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 – Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
5 – Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 – E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
7 – Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
38 – E voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra; e os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença; e disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.
39 – Então, um saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela a sua capa cheia de coloquíntidas; e veio e as cortou na panela do caldo; porque as não conheciam.
40 – Assim, tiraram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de Deus, há morte na panela. Não puderam comer.
41 – Porém ele disse: Trazei, pois, farinha. E deitou-a na panela e disse: Tirai de comer para o povo. Então, não havia mal nenhum na panela.
OBJETIVO GERAL
Destacar alguns dos milagres de Eliseu como confirmação de seu ministério profético.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1 Evidenciar que o Senhor zela por seu povo;
2 Demonstrar a fé e a confiança da viúva de Sarepta;
3 Sinalizar o ato de fé de Eliseu.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Nesta lição, percebemos, através das ações e comportamentos de Eliseu, o quanto é importante conciliar no cumprimento do ministério divino, bondade e firmeza. O sucessor de Elias era enérgico e contundente quando precisava; porém, compassivo e presto com os que sofriam ou necessitavam de ajuda. Peça a seus alunos para relacionarem no quadro ou numa folha de papel os episódios narrados no segundo livro de Reis em que a bondade e a atitude enérgica do profeta são evidenciadas.
INTRODUÇÃO
O ministério de Eliseu foi marcado por acontecimentos extraordinários. Nesta lição estudaremos sobre três deles: o milagre das águas que alagaram um vale, sem que houvesse chuva; a multiplicação do azeite da viúva; e a aniquilação da morte presente na panela de ensopado servido por um dos servos do profeta. Nos três eventos estão evidentes a fé, a obediência e a poderosa unção de Deus sobre o profeta Eliseu.
PONTO CENTRAL
Deus é poderoso e usa os seus filhos para a realização de milagres.
I – ELISEU SALVA TRÊS REIS E SEUS EXÉRCITOS
1. Reis bons e maus. No período do reino dividido houve a alternância de reis bons e maus. Esta distinção entre bons e maus não leva em conta apenas o modo como esses reis administravam o reino ou lideravam o povo, mas a forma como eles se relacionavam com Deus. Portanto, ao se referir a um determinado rei como mau, o autor do livro de Reis está dizendo que esse monarca além de desobedecer e desprezar a Deus em seu culto, promovia a adoração de ídolos.
2. Três reis vão à guerra contra os moabitas. Jorão, rei de Israel, que como seu pai Acabe, fora reprovado pelo Senhor; Josafá, rei de Judá, considerado um excelente monarca, em razão de promover a adoração ao verdadeiro Deus; e o rei de Edom, que era vassalo de Judá (2 Rs 3.9). O que motivou a guerra foi a rebelião dos moabitas que, à época, pagavam pesados impostos ao rei de Israel (2 Rs 3.5).
3. A predição de Eliseu se cumpriu. Em respeito a Josafá, Eliseu, cheio do poder de Deus, previu que águas em abundância alagariam, milagrosamente, toda aquela região, sem a ação dos ventos e sem chuva (2 Rs 3.17). O Senhor não apenas realizaria este milagre, mas também lhes entregaria a vitória sobre os moabitas (2 Rs 3.18).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Não importa se pessoas infiéis existirem no meio das fiéis, o Senhor sempre irá intervir a favor dos que o temem.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Mais uma vez, estimule em seus alunos o estudo das lições bíblicas. Copie no quadro o seguinte esquema:
• Ore ao Senhor dando-lhe graças e suplicando sua direção e iluminação.
• Tenha à mão todo o material de estudo: Bíblia, revista, dicionário bíblico, atlas geográfico, concordância, caderno para apontamentos etc.
• Leia toda a unidade ou seção indicada pelo professor. Procure obter uma visão global da mesma e o propósito do escritor.
• Leia outra vez a mesma unidade. À medida que for estudando, sublinhe palavras, frases e trechos-chave. Faça anotações nas margens do caderno ou revista.
• Feche a revista e tente recompor de memória as divisões principais da unidade de estudo. Não conseguindo, abra a revista e veja.
• Repita o passo acima.
• Sem consultar a revista, responda todas as perguntas do questionário. Em seguida consulte a matéria para ver se as respostas estão completas e corretas
II – ELISEU AUMENTA O AZEITE DA VIÚVA
1. A situação das viúvas em Israel. A vida das viúvas nos tempos bíblicos era bem difícil, pois as mulheres daquela época dependiam dos seus maridos para prover-lhes o sustento. É o caso da viúva de um dos discípulos dos profetas de Israel. Após a morte do marido, a mulher ficou numa situação complicada: falta de suprimentos, dívidas e a ameaça de seus filhos serem vendidos como escravos (2 Rs 4.1,2). Deus ouviu o clamor daquela viúva e supriu suas necessidades (2 Rs 4.3-7).
2. Uma única botija de azeite foi suficiente para Deus operar o milagre. Após ouvir da mulher que não tinha nada além de uma vasilha de azeite, o profeta disse a ela que tomasse vasilhas emprestadas com os vizinhos, e que ao entrar em casa com os filhos, fechasse a porta. A ordem era derramar, em cada vasilha disponível, o pouco de azeite que possuía, e pô-las à parte à medida que ficassem cheias (2 Rs 4.2-4). E foi justamente o que ela fez. Quando acabaram as vasilhas, o azeite cessou. Ela vendeu o azeite, pagou a dívida e ainda pôde manter o sustento da família com o que sobrou (2 Rs 4.6,7).
3. Fé, obediência e família unida. Neste episódio da multiplicação do azeite, percebe-se que a fé e a obediência são os ingredientes necessários para que as bênçãos divinas sejam abundantes na vida de quem crê (Hb 11.6a). Às vezes, o milagre que buscamos não acontece a partir de coisas extraordinárias. Basta trabalharmos com o que Deus já nos deu, e exercer a fé em sua Palavra. Ao pedir à mulher para fechar a porta, o profeta indicou que o milagre deveria acontecer na intimidade da família (2 Rs 4.4,5). Isso significa que Deus se agrada de uma família unida em torno de um ideal sagrado.
CONHEÇA MAIS
“O azeite, que foi multiplicado por um milagre, fluiu enquanto ela teve vasos vazios onde poderia colocá-lo. Jamais existe escassez em Deus ou nas riquezas de sua graça; toda a nossa escassez está em nós mesmos. O que falha é a nossa fé e jamais a promessa do Senhor. Ele sempre nos concede mais do que aquilo que lhe pedimos. Se ela tivesse mais vasos, teria recebido ainda muito mais azeite, pois haveria em Deus o bastante para enchê-los.” Para saber mais leia: Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.300.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus não necessita de coisas grandiosas para operar milagres. Muitas vezes, o instrumento do milagre já se encontra em nossas mãos.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Situação das viúvas no Antigo Testamento. (a) Pobreza e vulnerabilidade (1 Rs 17.8-15 [A viúva de Sarepta]. Na sociedade patriarcal israelita, a condição de viúva era um risco social à mulher, deixando-a vulnerável econômica e socialmente. Em Êxodo 22.21-24, a viúva é classificada juntamente com o órfão e os estrangeiros. Elas são frágeis e vulneráveis, razão pela qual necessitam de proteção legal e profética (Is 1.16-23; Jr 22.3). Além da angústia que acompanhava a viuvez, a perda da proteção legal do esposo colocava a viúva em situação de pobreza e penúria.
Caso o marido deixasse alguma dívida, a viúva era obrigada a assumir os compromissos financeiros do faltoso, o que implicava, às vezes, na venda dos bens, da entrega dos filhos à servidão, e a todo tipo de exploração da parte dos credores” (BENTHO, Esdras Costa & PLÁCIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Estudo do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.255).
III – A MORTE QUE HAVIA NA PANELA
1. A escola de profetas. Os filhos, ou discípulos, dos profetas estavam radicados em Betel, Jericó e Gilgal (2 Rs 2.3,5,7,15; 4.38). Nessas escolas, os alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de Deus, desenvolviam um relacionamento com o Senhor e contribuíam na manutenção da resistência contra a apostasia e a idolatria que imperavam em Israel. Por isso eles eram perseguidos por alguns reis (1 Rs 18.4).
2. A morte na panela. Foi na escola de profetas de Gilgal que Eliseu ordenou ao seu servo que fizesse um ensopado para alimentar os discípulos (2 Rs 4.38). Provavelmente pela falta de conhecimento sobre plantas e diante da escassez de alimentos, o rapaz pegou junto com os legumes uma espécie de pepinos silvestres que continham veneno (2 Rs 4.39). A comida foi servida aos homens, mas logo que a provaram, gritaram: “Há morte na panela!” (2 Rs 4.40). Eliseu pediu um pouco de farinha, colocou no caldeirão e declarou que não havia mais perigo algum. Deus havia realizado o milagre!
SÍNTESE DO TÓPICO III
O Senhor não necessita de ninguém para realizar milagres, porém, sempre espera de nós uma atitude de fé.
SUBSÍDIO HISTÓRICO
“Eliseu tornou-se discípulo e aprendeu com seu mestre para, mais tarde, substituí-lo no ministério. Em algum ponto, outros jovens profetas também se associaram a Elias e Eliseu e, quando Elias foi levado para o céu, eles já existiam como uma comunidade de número considerável, cuja base de ação eram as cidades de Betel e Jericó. Não há dúvida de que esses homens viviam em um regime de internato, bem próximo ao sistema monástico. Isto é evidente pelo fato de se multiplicarem em Jericó a ponto de o lugar tornar-se pequeno. Então Eliseu os encorajou a construir alojamentos apropriados (2 Rs 6.1,2).
Antes de Elias ser transladado para o céu, foi considerado em sua comunidade como o grande mestre. A transferência de seu manto para o discípulo Eliseu significava indubitavelmente que este agora substituía o mestre; e prontamente foi reconhecido pelos jovens profetas.
O termo que utilizavam para referir-se aos seus mentores era ‘pai’, o que esclarece não apenas a forma como se sentiam a respeito de seus líderes, mas também a significação da frase ‘filhos de profetas’.
[…] Geralmente se faz uma distinção entre os profetas canônicos que escreveram suas profecias e aqueles que, como Elias e Eliseu, não deixaram nenhum registro (com exceção da breve carta de Elias em 2 Cr 21.12-15). Algumas vezes conclui-se, baseado nos escritos preservados, que os profetas canônicos foram de alguma forma superiores ou mais teológicos que os demais. Mas isso é uma proposição sem base, pois dois dos maiores profetas – Moisés e Samuel – não são contados entre os canônicos […]” (MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.403,04).
CONCLUSÃO
Nos três milagres apresentados na lição, percebe-se que aconteceram mediante alguma iniciativa ou trabalho humano. Isto significa que os milagres operados por Deus, na vida dos seus servos, acontecem em cooperação com algum tipo de trabalho ou atitude humana. Deus tem compromisso com pessoas de fé, mas que também sejam operantes e diligentes.
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Lidiane Santos
Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.
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