Fonte: Portal da Escola Dominical
1º Trimestre de 2021
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A SANTIFICAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
II – A SANTIFICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
III – A SANTIFICAÇÃO APLICADA AO CRENTE
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL
Mostrar o quanto devemos estar comprometidos com a ética do Espírito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Apresentar a santificação no Antigo Testamento;
II – Explicar a santificação no Novo Testamento;
III – Aplicar o exemplo de santificação à vida dos alunos.
PONTO CENTRAL
É preciso ter uma vida santa, estar comprometido com a ética do Espírito.
Prezado (a) professor (a), o assunto desta lição ainda é motivo de muitas dúvidas entre os irmãos e as irmãs. Por isso este estudo continua sendo muito necessário na igreja de Cristo. Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre A Santificação Aplicada ao Crente:
“É desejo de todo cristão se parecer com Jesus e ter uma vida santa como Jesus teve. Pela sua infinita graça, Deus concede vida santa a todos os pecadores, desde que eles se arrependam e confessem o nome de Jesus (Rm 10.9, 10). Assim Deus disponibilizou três meios para a santificação – o sangue de Jesus (Hb 13.12), o Espírito Santo (2 Ts 2.13) e a Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef 5.26). O conceito de santidade ou santificação é o mesmo no Antigo e no Novo Testamento. Uma diferença significativa é que não há na nova aliança rituais de purificação e nem a ideia de santificação legal ou cerimonial. A santificação é interior e vem do Espírito Santo. Ela se manifesta de três modos pelos quais o Espírito age na vida cristã: santificação posicional, santificação real ou progressiva e a santificação futura.
• Santificação posicional ou passada
A santificação posicional é também conhecida como santificação passada, ou ainda, santificação instantânea. É uma obra do Espírito que nos posiciona como separados para Deus quando aceitamos a Cristo como Salvador. Trata-se de uma mudança moral que ocorre no momento da regeneração (Tt 3.5), de pecador para santificado em Cristo. A iniciativa e a execução dessa santificação são unicamente de Deus (At 26.18; 1 Co 1.2). O catolicismo romano aplica o termo ‘santo’ a certas pessoas que foram canonizadas, mas isso não é bíblico. Todos nós, os salvos em Jesus, somos santos; é assim que somos reconhecidos no Novo Testamento (At 9.13, 32, 41) e é dessa maneira que o apóstolo Paulo se dirige aos crentes nas suas epístolas (Rm 1.7). A base dessa santificação é o sacrifício de Jesus (Hb 10.10, 14). Essa santificação é instantânea, mas é também o começo de uma vida progressiva de santificação.
• Santificação real ou progressiva
Essa santificação é chamada progressiva porque nela o crente cresce em vitória sobre o pecado e em Cristo. O nosso crescimento espiritual começa com a santificação posicional no momento em que recebemos o Senhor Jesus como salvador e isso continua durante toda a nossa vida em direção à maturidade cristã (Fp 3.12, 13). Diferente da santificação posicional, que é obra exclusiva de Deus, a santificação progressiva ‘envolve uma parceria com Deus’.6 Quem nasceu de novo foi transformado pelo poder de Deus, seu estilo de vida agora é outro, de modo que a santificação não pode ficar estagnada: ‘Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado, porque nele permanece a semente divina; esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus’ (1 Jo 3.9). A santificação real é progressiva e se desenvolve no nosso dia a dia (Pv 4.18). A cada dia avançamos em santidade (2 Co 3.18), lembrando que jamais chegaremos à santidade plena enquanto estivermos vivos (Ef 4.13). Todos nós precisamos de crescimento espiritual (2 Pe 3.18). O apóstolo Pedro exorta à santificação (1 Pe 1.15,16). Essa santificação é possível porque somos nascidos de Deus (1 Jo 4.7; 5.1) e o Espírito Santo está em nós e habita em nós (Jo 14.17; 2 Tm 1.14). Isso não significa que os crentes santificados se tornam perfeitos, não é isso (Ec 7.20; 1 Rs 8.46), mas nos tornamos irrepreensíveis diante de Deus, num estilo de vida de que Deus se agrada (Rm 12.1, 2; 1 Ts 5.23). Observe que havia crentes carnais na igreja de Corinto (1 Co 3.3) e, mesmo assim, eles eram ‘santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos’ (1 Co 1.2). O papel do crente na santificação é passivo, sim, porque dependemos de Deus (Fp 2.12, 13), pois sem o Espírito não há santificação, e, ao mesmo tempo, ativo, isso porque nos esforçamos para obedecer a Deus (Rm 12.1,2; 2 Co 6.14; 7.1; 1 Ts 4.3; Hb 12.14). É claro que o progresso da santificação não pode acontecer sem a atuação do Espírito Santo. Nada podemos fazer sem a ajuda divina, mas temos os recursos espirituais para o desenvolvimento da santificação. A leitura da Bíblia e a meditação, a oração, a adoração, o testemunho, o autodomínio, tudo isso faz parte da vida cristã. Somos nós que devemos nos esforçar para o crescimento espiritual (Ef 4.1-3; 1 Ts 5.11). Deus já fez a sua parte.
• A santificação futura ou glorificação
Essa é a santificação perfectiva, quando o Senhor Jesus nos transformar de modo que sejamos semelhantes a Ele na sua vinda (1 Ts 5.23). Essa santificação é chamada também de ‘glorificação’ (Rm 8.29, 30; Fp 3.21). Na ressurreição seremos completos, e isso é extensivo à santificação, quando o Senhor Jesus declarar ‘que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso’ (Fp 3.21). É nessa ocasião que veremos a Deus como ele é (1 Jo 3.2). Essa é a nossa esperança.”
6 HOLLOMAN, Henry. O Poder da Santificação – Redescubra o que Deus Quer Fazer através de Você. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 5.
Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã