EBD | Classe Adultos -Lição 6 – Paulo no poder do Espírito

Fonte: Portal EBD

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos a definição da palavra “poder”; estudaremos a experiência do apóstolo Paulo, pontuando a cura da sua cegueira e o revestimento de poder que ele experimentou; falaremos sobre o ministério de poder que Paulo recebeu; mostraremos a manifestação dos dons espirituais na vida deste servo de Deus; e, por fim, notaremos como se desenvolveu o poder do Espírito Santo na vida deste servo de Cristo.

I – DEFININDO A PALAVRA PODER

 

A palavra poder no grego é: “dúnamis”, que significa: “força, energia, habilidade, poder”, mas que normalmente se refere a algum agente de poder ou força capaz de realizar um determinado trabalho. Nosso vocábulo “dinamite” se deriva desse termo grego; e isso ilustra a natureza da palavra. Tal palavra era usada para indicar “milagres” e “maravilhas”, isto é, “feitos” que requerem poder extraordinário e sobre-humano (Mt 7.22; 11.20,23; 13.54) (CHAMPLIN, 2004, p. 311).

II – A EXPERIÊNCIA DO NOVO CONVERTIDO PAULO COM O PODER DE DEUS

O encontro de Jesus com Saulo no caminho de Damasco foi impactante. O brilho do Cristo ressuscitado custou-lhe a visão física: “E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco” (At 9.8). Passados três dias, Jesus apareceu a um discípulo chamado Ananias, mandando-lhe que fosse num certo endereço, em busca de um homem de Tarso chamado Saulo (At 9.9-12), e que Saulo já estava sabendo, pois o havia visto numa visão (At 9.12). Apesar de relutante (At 9.13-16), Ananias foi, e chegando lá, nos conta Lucas que esta visita foi impactante. Saulo teve seu primeiro contato com o poder de Jesus. Notemos:

2.1 A cura da cegueira. Jesus já havia falado também com Saulo que um certo Ananias oraria por ele, e ele recuperaria à vista, e assim foi. Quando Ananias adentrou a casa onde estava e lhe impôs as mãos e orou dizendo: “[…] Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver […]. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista” (At 9.17,18 – grifo e itálico nosso).

2.2 O revestimento de poder. Além da cura física, o texto parece indicar que Paulo foi imediatamente batizado com o Espírito Santo. A mensagem que Ananias recebeu parece indicar isso: “Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo” (At 9.17 – grifo e itálico nosso). O que aconteceu logo em seguida parece indicar isso: “E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado” (At 9.18 – grifo e itálico nosso). Donald Stamps, comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal, afirmou categoricamente que Paulo, nesta ocasião, recebeu o revestimento de poder: “Três dias depois da sua conversão, Paulo recebeu a plenitude do Espírito Santo” (2012, p. 1649). O comentário bíblico pentecostal também supõe isso: “O relato de Atos não declara precisamente quando ele recebeu o enchimento do Espírito Santo. Muito provavelmente ele teve a experiência pentecostal quando Ananias lhe impôs as mãos” (2004, p. 675).

III – PAULO RECEBEU UM MINISTÉRIO DE PODER

Passado um tempo, em Antioquia, numa reunião de oração, o Espírito Santo que havia usado Ananias no começo da fé de Paulo, agora fala com a direção da igreja sobre seu chamado missionário (At 13.1-3). Paulo e Barnabé foram enviados pelo Espírito e cheios do Espírito e o resultado foi uma explosão de milagres, maravilhas e conversões, como eles mesmo contaram, assim que voltaram, trazendo um relatório missionário: “Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios” (At 15.12). O relato de Lucas, em Atos, e os relatos do próprio Paulo, em suas epístolas, mostram que Deus lhe dera um ministério repleto do poder do Espírito. Vejamos algumas experiências:

a) Em Lista, e nas regiões da Galácia (At 14.8-10; Gl 3.5);

b) Em Filipos (At 16.16-18);

c) Em Corinto (1Co 2.1-5);

d) Em Tessalônica (1Ts 1.5);

e) Em Éfeso (At 19.11-12);

f) A caminho de Roma (At 28.8,9).

Especificamente em Éfeso, uma cidade mergulhada na idolatria (At 19.24-27), na feitiçaria (At 19.19,18), e na prostituição (Ef 5.3,4), Deus se utilizou de Paulo de forma extraordinária (At 19.11), de maneira que toda Ásia ouviu a Palavra de Deus e multidões vieram a Cristo (At 19.10). Até mesmo o comércio, que vivia de vender estátuas da deusa Diana, sofreu uma queda, pois os convertidos abandonavam a idolatria (At 19.23-27). IV – PAULO E OS DONS ESPIRITUAIS

O apóstolo Paulo foi um homem muito usado no poder do Espírito Santo. Por meio do registro de Atos e das epístolas, podemos perceber evidências de boa parte dos dons espirituais na sua vida. Notemos:

V – PAULO E O PODER DO ESPÍRITO SANTO

5.1 Paulo pregava um Cristo de poder. Embora o Cristo crucificado fosse a mensagem central de Paulo (1Co 2.2), foi a ressurreição de Cristo que o declarou Filho de Deus em poder: “Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1.3,4). Paulo afirmou que Cristo Jesus é o poder e a sabedoria de Deus (1Co 1.24); que Ele se encontra acima de todo principado e poder (Ef 1.1); que tem o poder de sujeitar a si todas as coisas (Fp 3.21), pois é o “único Poderoso Senhor” (1Tm 6.15).

5.2 Paulo pregava um evangelho de poder. Paulo considerava o evangelho poder de Deus: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Rm 1.16). O apóstolo registrou que a palavra da cruz parecia ser loucura para os que não criam, mas para os que criam, era poder de Deus (1Co 1.18). Ao contrário dos oradores gregos, cujos discursos eram aferidos pela eloquência, Paulo não baseou a pregação evangélica em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas pregou revestido do poder de Deus, pois ele não queria fãs. Seu intuito era conduzir as almas para Cristo: “E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1Co 2.4,5).

5.3 Paulo falou do poder que opera nos cristãos. Para Paulo, o poder de Cristo foi concedido pelo Espírito aos cristãos. Na Epístola aos Efésios, o apóstolo assevera isso: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Ef 3.20). Diante dos desafios da vida cristã, ele ouviu o Senhor dizer-lhe: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2Co 12.9). Este poder lhe trouxe uma autoconsciência de sua fragilidade e de quanto Deus poderia usá-lo, por isso podia afirmar com muita segurança: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós” (2Co 4.7).

CONCLUSÃO

No poder do Espírito, o apóstolo Paulo, além de realizar curas e milagres em nome de Jesus, levou a igreja em Éfeso a espalhar o Evangelho de Cristo. À luz desse exemplo, precisamos resgatar a simplicidade da fé crista, buscando os sinais que demonstram o poder do Espírito Santo nos dias de hoje.

REFERÊNCIAS

. BALL, Charles Ferguson. A vida e os tempos do apóstolo Paulo. CPAD.

. BRUCE, F. F. Paulo, o apóstolo da graça. VIDA NOVA.

. CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.

. HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.

. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

. VINE, E. W; et al. Dicionário Vine. CPAD.

Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 31 Out. 2021

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.