EBD | Classe Adultos – Lição 12 – A sutileza da espiritualidade holística

Fonte: Portal EBD

INTRODUÇÃO

– Na sequência do estudo dos ataques contra a Igreja de Cristo, hoje analisaremos a “espiritualidade holística”.

– Não há possibilidade de nos religarmos a Deus a não ser por Jesus Cristo.

I – O QUE É ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA

– Na sequência do estudo dos ataques contra a Igreja de Cristo, veremos hoje a chamada “espiritualidade holística”, que nada mais é que uma tentativa de se desenvolver uma espiritualidade à margem de Jesus Cristo e das Escrituras, que são Suas fiéis testemunhas (Jo.5:39).

– A “espiritualidade holística”, segundo um teólogo que é seu defensor, Frei Jacir, pode ser assim definida: “Esse modo de ser se define como sendo um modo de viver a fé e a relação com o Sagrado, para além dos modos convencionais das religiões institucionalizadas, isto é, de forma corpórea, integrada e afetiva. A fé é a mesma, mas ela é vivenciada de forma diferenciada, sem, necessariamente, estar vinculada à uma religião. O Sagrado não perdeu o seu sentido, muito pelo contrário, Ele está sendo revisitado sob novo olhar, novas perspectivas. Uma pessoa holística, característica pós-moderna, pode até participar dos ritos religiosos com experimento de relações, mas não como adesão a essa ou àquela religião. Ela participa de uma celebração de batizado, casamento etc. mesmo não sendo católica ou evangélica. Holístico, substantivo grego originários de holos (o todo, inteiro), é o modo de ver a si mesmo, os outros e o mundo como um todo interligado, em relação e não separado. Uma espiritualidade holística é aquela que considera a integração entre a razão, o corpo e os sentimentos. Desse modo, Deus deixa de ser um Ser Superior, Transcendente e Poderoso, mas próximo das pessoas.…” (Espiritualidade holística e o vazio existencial. 22 out. 2021. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/613897-espiritualidade-holistica-e-o-vazio-existencial Acesso em 24 maio 2022).

– Bem se percebe, já, por esta definição, que a “espiritualidade holística” pretende ser “uma nova forma de pensar o sagrado”, uma “espiritualidade desvinculada de instituições, religiões”, uma “nova forma de se aproximar de Deus”.

– Temos aqui a velha cantilena de Satanás, já contada a Eva nos primórdios da história da humanidade, em que o diabo também prometeu à mulher que ela “seria igual a Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn.3:5) tão somente se deixasse de observar o que Deus havia dito.

– O fato é que, ao lado do materialismo e do ateísmo, estes dois enganos que Satanás tem conseguido impor a muitos seres humanos, fazendo-os desacreditar que exista algo além do material, além do natural, tem havido também outra mentira recorrente, já aplicada ao primeiro casal no Éden: a falsa espiritualidade, a espiritualidade que parte do homem em busca de Deus ou em concorrência com Deus.

– O diabo não podia, evidentemente, chegar a Eva e dizer que Deus não existia. O primeiro casal desfrutava da comunhão com Deus e toda viração do dia tinha um momento especial com o seu Criador. Dizer que Deus não existia ou que o mundo se resumia ao que havia no jardim de natural seria uma tolice sem tamanho que a mais astuta das criaturas de Deus não iria cometer.

– Então, sabendo que o primeiro casal tinha exata noção da dimensão espiritual, a antiga serpente urdiu um plano para enganar a mulher, trazendo a promessa de que era possível uma espiritualidade ditada pelo homem, uma espiritualidade independente de Deus e, com esta inverdade, gerou no primeiro casal o mesmo sentimento que ele próprio havia tido tempos antes: o de querer ser igual a Deus, o de ter uma existência independente de Deus.

– Logo o primeiro casal verificou que tudo não passara de uma mentira, de uma ilusão. Embora tivessem tido seus olhos abertos, esta abertura de olhos só lhes trouxe a vergonha e a culpa, o medo e a separação de Deus, e, como consequência, o homem passou a ser escravizado pelo pecado e a ter diversos castigos da parte do Senhor.

– Entretanto, o próprio Deus prometeu a salvação ao homem, dizendo que, da semente da mulher, viria alguém que o livraria do pecado, o libertaria do maligno, restabelecendo a comunhão e a amizade com Deus (Gn.3:15).

– Pois bem, tal promessa foi revelada por Deus em um diálogo precisamente com o diabo que, então, surpreso, viu que não havia saído vencedor no episódio da tentação do primeiro casal, mas que ali apenas se iniciava a execução de um plano para a salvação do homem. Ao contrário do diabo e de seus anjos, irremediavelmente perdidos, o Senhor salvaria o homem e com ele conviveria para todo o sempre.

– A partir de então, o diabo passou a tentar impedir, de todas as formas, que os homens pudessem crer e tentar se relacionar com Deus por meio desta promessa e da esperança desta “semente da mulher” que viria restaurar a comunhão com o Senhor.

– A mentira satânica é sempre esta: convencer o homem de que ele pode desenvolver uma espiritualidade independente de Deus, ao seu modo ou mediante a ação de outros seres espirituais, mas nunca da maneira estabelecida pelo Senhor.

– Já na primeira geração pós-queda, o diabo conseguiu convencer Caim a adorar a Deus não do modo estabelecido pelo Senhor, mas da sua maneira, consoante o seu entendimento e o resultado foi que Deus não aceitou a oferta de Caim (Gn.4:5) e Caim, não se arrependendo disto, acabou se tornando alguém do maligno (I Jo.3:12).

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.