EBD | Classe Adultos – Lição 11 – Sendo cautelosos nas opiniões

Fonte: Portal EBD

INTRODUÇÃO

– Na sequência do estudo do sermão do monte, veremos o ensino de Jesus a respeito dos julgamentos.

– Deus é o reto e justo juiz.

I – O ENSINO DE JESUS SOBRE OS JULGAMENTOS

– Na sequência do estudo do sermão do monte, dando início à quarta e última parte do sermão, que ocupa o capítulo 7 do evangelho segundo Mateus, em que o Senhor nos falará a respeito da vigilância e prudência que devem nortear a peregrinação terrena do discípulo de Jesus.

– Depois de ter assinalado como devemos nos relacionar com Deus, o próximo e os bens materiais, o Senhor Jesus Se encaminha para a conclusão do sermão, mostrando agora que cuidados deve ter o Seu discípulo ao longo desta jornada terrena rumo aos céus.

– E, para tanto, começa falando a respeito dos julgamentos, dos juízos que fazemos em relação às outras pessoas.

– O discípulo de Jesus desfruta de uma posição singular neste mundo. Tem um patamar espiritual superior, porquanto está em comunhão com Deus, por ter tido os seus pecados perdoados. É filho de Deus, tem seu nome escrito no livro da vida do Cordeiro.

– Diante desta circunstância amplamente favorável, não é difícil que lhe venha surgir um ar de superioridade, uma “pontinha de soberba”, que pode pôr tudo a perder, que pode levá-lo à perdição, pois a soberba foi o pecado que resultou na queda do querubim ungido e de uma terça parte dos anjos.

– A primeira característica que Jesus apontou em Seus discípulos foi a “pobreza de espírito” (Mt.5:3), ou seja, a humildade, a autoconsciência de que se é servo de Deus e que devemos obedecer-Lhe e nos amoldarmos à Sua vontade, o que nos faz lembrar da nossa pequenez, da nossa condição de pó (Gn.3:19).

– Jamais podemos nos esquecer de que somos homens e, como tal, imperfeitos, falhos e pecadores. Ainda que redimidos pelo Senhor Jesus, não deixamos de ser tais criaturas e nunca devemos de ficar despercebidos desta realidade. Como diz o salmista, o Senhor nos põe em medo para que saibamos que as nações são constituídas de meros homens (Sl.9:20).

– Na própria descrição do caráter dos Seus discípulos, o Senhor Jesus já demonstra que, apesar do patamar espiritual superior em que se encontravam, eram falíveis e totalmente dependentes do Senhor.

– Assim, além de ser dizer que eram “pobres de espírito”, o Senhor diz que eram “pessoas que choravam” e que seriam consoladas (Mt.5:4), ou seja, pessoas que precisariam de consolação, de um Consolador (Cf. Jo.14:16; II Co.1:3,4).

– O discípulo de Jesus, portanto, não seria alguém autossuficiente, que se bastaria, mas alguém que precisaria de alguém ao seu lado (“consolador” em grego é “paráclito”, aquele que foi chamado para estar ao lado), para o assistir em suas fraquezas (Cf. Rm.8:26).

– O discípulo de Jesus é manso (Mt.5:5), ou seja, alguém “domesticado” pelo Senhor, que está pronto a fazer a vontade de Seu dono, não a própria vontade, que é “herdeiro da terra” e, portanto, não pode desagradar ao “dono da herança”, sob pena de ser deserdado. É, pois, alguém que vive em função de Deus, não de si próprio.

– O discípulo de Jesus é alguém que tem fome e sede de justiça (Mt.5:6), ou seja, percebe que é carente, incapaz de gerar justiça, é alguém que precisa da justiça de outrem para poder se satisfazer. É um ser incapaz de promover justiça, pois justiça não tem em si mesmo. Precisa ser justificado e ter imputada a justiça de Cristo a si. É, no dizer de Davi, um pobre e necessitado (Sl.40:17).

– O discípulo de Jesus é misericordioso (Mt.5:7), porque precisa alcançar misericórdia, ou seja, é alguém que merece sofrer o castigo pela sua maldade, mas, por confessar o seu pecado e deixá-lo (Pv.28:13), não sofre aquilo que merece e consiste nisto a misericórdia. O discípulo de Jesus, portanto, é um pecador confesso, convertido, mas um pecador.

– O discípulo de Jesus é limpo de coração (Mt.5:8), mas esta limpeza não foi feita por ele, mas, sim, pelo sangue de Cristo que o purificou de todo o pecado (I Jo.1:7; Ap.22:14). Ele precisa se manter limpo a todo instante, sendo lavado pela Palavra de Deus (Jo.15:3; Ef.5:26).

– O discípulo de Jesus é pacificador (Mt.5:9), porque é filho de Deus, mas esta filiação divina é resultado da fé em Cristo (Jo.1:12), sendo algo feito para ele, não que ele tenha feito para si. Nós somos adotados por Deus (Rm.8:15), somos alvo do Seu amor, nada fizemos para merecer tal condição.

– O discípulo de Jesus sofre perseguição por causa da justiça (Mt.5:10), ou seja, necessita, para suportar toda a oposição que o mundo lhe faz da graça divina (II Co.12:9), pois por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus (At.14:22). As perseguições sofridas servem para que o discípulo de Jesus entenda que sem Cristo nada pode fazer (Jo.15:5).

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.