EBD | Classe Adulto – Lição 9 – A Arca da Aliança
Fonte: Portal da Escola Dominical
2º Trimestre de 2019
ESBOÇO
I – A DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
II – O PROPICIATÓRIO DA ARCA (Êx 25.17-21)
III – OS ELEMENTOS SAGRADOS DENTRO DA ARCA
Elienai Cabral
A Arca da Aliança era um móvel nobre que tinha a madeira de cetim na sua estrutura interior e era coberta com uma lâmina de ouro maciço, tanto por fora quanto por dentro. O ouro simboliza a Deidade, e a madeira de cetim, a humanidade de Jesus.
Do ponto de vista da doutrina da expiação, entende-se que a Arca e seu Propiciatório representam a obra expiatória que Cristo realizou no Calvário. Quando o pecador entra no Pátio (ou Átrio) do Tabernáculo, iniciam-se os seus passos no “caminho para o Santuário” (Hb 9.8). Ele começa sua caminhada entrando pela porta de acesso ao Pátio, que fica na parte exterior do Tabernáculo, e, através do sacerdote, seu representante, o pecador depara-se com o Altar de Sacrifícios. Logo depois, ele passa pela Pia Lavatório (a fonte de bronze). Esses elementos materiais falam-nos da cruz de Cristo, o qual foi a verdadeira vítima, que se ofereceu pelos nossos pecados.
Ao entrar na parte interior do Santuário, depois do Altar de Sacrifícios e da Pia Lavatório, o pecador entra no Lugar Santo através do sacerdote e depara-se com três móveis especiais: (1) a mesa dos Pães da Proposição, (2) o Castiçal de ouro com sete lâmpadas e (3) o Altar de Incenso, onde o sacerdote ministra o culto de comunhão e gratidão a Deus, que está no Lugar Santíssimo (ver 1 Jo 1.3,7).
Depois do Lugar Santo, está o Lugar Santíssimo, vedado por um véu. Só é possível ultrapassá-lo mediante o sangue da expiação nas mãos do sumo sacerdote. Na tipologia bíblica, nesse contexto, Jesus tornou-se nosso Cordeiro expiatório e com o seu próprio sangue tornou-se Sumo Sacerdote para ministrar diante do Pai junto ao Propiciatório (ver Hb 6.18-20).
I – DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
A Arca é o único móvel dentro do recinto do Lugar Santíssimo. Ao longo da vida religiosa do povo de Israel, a Arca recebeu vários nomes, que não sofrem qualquer mudança no significado geral; apenas descrevem e abrem o leque da compreensão para entendermos mais sobre ela.
Nomes Dados a Arca
A designação dada à Arca tem a ver com o vocábulo hebraico arown beriyth, que significa “cofre, casa de madeira, baú, arca. Era o objeto mais valioso de todos os objetos do Tabernáculo, porque ocupava o primeiro lugar na vida religiosa de Israel. Os diferentes nomes não anulam os vários significados, porque todos objetivam mostrar a glória de Deus dentro do Lugar Santíssimo.
Esses nomes são identificados como:
• A Arca da Deus
• A Arca do Senhor
• A Arca de Jeová
• A Arca do Pacto
• A Arca do Testemunho
• A Arca da Aliança
A Arca, portanto, aparece como o mais importante de todos os móveis do Tabernáculo e como o tesouro mais apreciado e reverenciado em Israel. Nela se culminam todos os rituais, desde o Altar de Sacrifícios, da Pia Lavatório e dos objetos do Lugar Santo.
A Construção da Arca (Êx 25.10,11)
De todos os objetos feitos por Bezalel e Aoliabe, o mais valioso e sagrado em toda a estrutura do Tabernáculo era a Arca da Aliança. Sua feitura exigia um trabalho perfeito com todos os materiais empregados. A Arca foi feita com madeira de cetim (ou de acácia) na sua estrutura interna e revestida de ouro puro por dentro e por fora (Êx 25.10,11). A medida da Arca era retangular e tinha 2,5 côvados de comprimento, 1,5 côvado de largura e 1,5 côvado de altura. Essas medidas equivalem a 1,25 m de comprimento, 75 cm de altura e 75 cm de largura. São números arredondados que não comprometem a sua importância. A madeira de cetim não ficava exposta, e tudo o que podia ser visto era o ouro. Por isso, é a mais perfeita tipologia de Jesus Cristo, revelando, assim, suas duas naturezas, a humana e a divina. A madeira revelava a humanidade assumida de Jesus, que foi plenamente homem, e o ouro por cima da madeira representava a sua divindade.
A Revelação Figurada da Dupla Natureza de Cristo
O ouro, que cobria totalmente a madeira interna, revelava sua divindade, pois Ele era plenamente divino (Hb 1). A madeira simbolizava sua natureza humana (Hb 2). Essas duas naturezas permanecem distintas, embora estejam unidas em uma só Pessoa — Deus e homem, juntos em uma só pessoa. Ele é o primogênito de toda a nova criação. Seu nome é Emanuel, isto é, Deus conosco. Ele é a Palavra que se fez carne, o Deus-Homem, o Senhor Jesus Cristo (ver Mt 1.21,23; Is 7.14; 9.6 e Jo 1.14). Portanto, em seu ministério terrestre, Jesus foi revelado como homem, e foi como homem que Ele submeteu-se à obra expiatória no Calvário para resgatar o homem do pecado (Jo 1.14; Rm 5.8). Ele nunca deixou de ser Deus, mas, ao assumir a humanidade, assim o fez plenamente. Paulo escreveu a Timóteo e referiu-se a Jesus como “aquele que se manifestou em carne” (1 Tm 3.16). Ele não se dividiu em 50% Deus e 50% homem. Não! Ele foi 100% homem, e foi como tal que operou seus milagres sob o poder do Espírito Santo, tendo morrido e ressuscitado como ser humano para garantir uma obra perfeita. A madeira interior da Arca representa sua humanidade, e o ouro, por dentro e por fora, sua divindade.
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.
Lidiane Santos
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