EBD | Classe Adulto – Lição 11 – A Mordomia das Obras de Misericórdia
Fonte: Subsídios Ebd
TEXTO ÁUREO
“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.”
(Tg 2.13)
VERDADE PRÁTICA
O cristão tem o privilégio de exercer a misericórdia junto aos necessitados como expressão do amor de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Sl 103.8: Deus é misericordioso
Terça – Tg 4.17: Devemos fazer o bem
Quarta – Tt 3.8: Devemos nos aplicar às boas obras
Quinta – Jn 4.11: Deus teve misericórdia dos animais
Sexta – Ez 33.11: Deus tem misericórdia do ímpio
Sábado – Mt 5.44: Jesus nos ordena a amar o inimigo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 4.32-35; Lucas 10.30,36,37
Atos 4
32 – E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
33 – E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
34 – Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.
35 – E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
Lucas 10
30 – E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
36 – Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
37 – E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o cristão tem o privilégio de executar obras de misericórdias.
HINOS SUGERIDOS: 359, 456, 476 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I – Conceituar a palavra misericórdia;
II – Discorrer sobre a mordomia da misericórdia cristã;
III- Pontuar os cuidados na prática das boas obras.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Deus usou de misericórdia conosco, por isso, devemos usar de misericórdia com o próximo. Uma das características marcantes da Igreja Primitiva era o seu altruísmo. Fazer obras de misericórdias era um mandamento levado a sério pela igreja. O livro de Atos mostra isso ao narrar a ressurreição de uma mulher chamada Dorcas, que era conhecida pelas suas “boas obras e esmolas que fazia” (9.36). As obras de misericórdia, ou obras de caridade, nos mostra a disponibilidade de desprendermo-nos do egoísmo e servir o próximo deliberadamente. Essa é a vontade de Deus!
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que Deus requer de seus filhos obras de misericórdias como o fruto do amor cristão. Os servos de Deus, portanto, devem expressar a virtude da misericórdia divina. Esse sentimento é o que deve dominar o coração dos cristãos: “Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8).
PONTO CENTRAL
As obras de misericórdia são a expressão do amor de Deus.
I – SIGNIFICADO DE MISERICÓRDIA
- Definição.
A palavra “misericórdia” vem do latim (misericordia) e significa “compaixão suscitada pela miséria alheia”; “indulgência, graça, perdão”. No Antigo Testamento, o termo está presente em textos como: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias” (Sl 23.6).
- Misericordioso.
A palavra “misericordioso”, no grego, tem o sentido de “entranhas de misericórdia ou de bondade”. A expressão indica o sentimento que vem do íntimo, “das entranhas”, do “coração”. Ela mostra que servimos a um Deus de misericórdia, longanimidade e benignidade (Sl 103.8). Essas são qualidades morais de Deus. Quem se identifica com Ele, por meio do Espírito Santo, deve manifestar tais qualidades morais (Gl 5.22).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Quem exerce a misericórdia revela que serve a um Deus misericordioso, longânimo e benigno.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Ao final da exposição de toda a lição, proponha aos alunos uma atividade prática de obras de misericórdia.
As possibilidades são inúmeras:
(1) arrecadar alimentos para quem precisa;
(2) doar sangue;
(3) arrecadar roupas para quem precisa;
(4) visitar os enfermos no hospital e nas casas;
(5) identificar a necessidade concreta de um irmão ou uma irmã, e mobilizar uma ação a fim de resolver tal necessidade. Enfim, essas são algumas sugestões, mas as necessidades e as possibilidades de fazer a diferença na vida das pessoas são de perder de vista. O importante, que após a aula, seus alunos sintam-se mobilizados a agir. Lembre que na perspectiva cristã, o amor não deve ser demonstrado somente por palavras, mas principalmente, pelas obras.
II – A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
A misericórdia é como o amor, pois ela só tem valor se for praticada. As obras de misericórdia estão inseridas no contexto das “boas obras” inerentes à vida de todos os salvos em Cristo Jesus.
- Obras de misericórdia na prática.
Na parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37), Jesus respondeu a um “um doutor da lei” acerca da vida eterna. Ele diz que, diante de um homem assaltado, caído à beira do caminho, três personagens se destacam: primeiro, um sacerdote, que, vendo o homem caído, “passou de largo” (Lc 10.31); depois, um levita, que ignorou o enfermo; por fim, um samaritano, que cuidou do homem, e o levou a uma hospedaria.
Veja a pergunta de Jesus ao doutor da Lei: “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?”. O doutor da lei respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira” (Lc 10.36,37). Nosso Senhor mostrou que a misericórdia não deve ser apenas um “sentimento”, mas uma ação diretiva: “Vai e faze da mesma maneira”.
- Somos criados para as boas obras.
O apóstolo Paulo ensinou aos crentes de Éfeso que a salvação não vem pelas obras, “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. […] Porque somos […] criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8,10). Assim, devemos praticar as boas obras porque somos salvos, e fomos alcançados pela graça de Deus: “[…] os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens” (Tt 3.8). Dentre as boas obras, podemos listar algumas obras de misericórdia:
2.1. Na área das necessidades humanas.
Quem faz obras de misericórdia em prol dos carentes, necessitados e vulneráveis sociais está fazendo ao próprio Cristo (Mt 25.35,36), pois assim as Escrituras afirmam: “E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40).
2.2. Na área das necessidades espirituais.
As necessidades espirituais do homem são tão urgentes, que Deus enviou o seu Filho para salvá-lo de sua miséria (Jo 3.16). Esse ato nos lembra quando o profeta Jonas entristeceu-se por causa da compaixão de Deus pelo povo de Nínive. Eis, porém, o que o Senhor lhe respondeu: “[…] e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?” (Jn 4.11). Isso prova, conforme as palavras de Tiago, que “a misericórdia triunfa no juízo” (Tg 2.13).
2.3. Na área da evangelização e das missões.
As Escrituras Sagradas mostram que a obra de evangelização e missões é central no Evangelho: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35; cf Mc 6.34). É muito clara a necessidade espiritual do mundo. Infelizmente, o investimento na obra missionária ainda é muito pequeno. De um modo geral, gastamos mais com outros empreendimentos e objetos pessoais do que investimos em missões e na evangelização das almas perdidas.
2.4. A falta de misericórdia pelos pecadores.
Há uma negligência flagrante, por parte de muitas igrejas, na pregação do Evangelho. Isso é falta de misericórdia. A Bíblia mostra que Deus “amou o mundo”, e não um grupo seleto e privilegiado. Ele quer salvar a todos em Jesus Cristo. O nosso Deus é amor, longânimo e misericordioso. Ele não tem “prazer na morte do ímpio” (Ez 33.11). A ordem do Senhor Jesus é muito clara: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15; cf. Pv 24.11).
SÍNTESE DO TÓPICO II
As obras de misericórdia podem ser executadas nas esferas das necessidades humanas, espirituais, evangelização e missões.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[…] Em Efésios 2.10, Paulo se refere às boas obras como indispensáveis à salvação – ‘não como sua razão ou seus meios, no entanto, mas como sua [necessária] consequência e evidência’. Tito 2.14 apresenta o melhor comentário: Cristo ‘se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras’. Assim como em Cristo fomos predestinados à adoção (1.4), também em Cristo fomos predestinados a fazer boas obras.
Em Efésios 2.1-10, o texto termina com a frase ‘para que andássemos nelas’. Esse parágrafo começa com pessoas ‘andando’ (peripateo) na morte das transgressões e do pecado (2.1-2) e estas terminam ‘andando’ (peripateo) nas boas obras que, antecipadamente, Deus planejou para todos os que foram redimidos em Cristo. Assim o forte contraste entre uma vida sem Cristo e uma vida em Cristo está completo. É um contraste entre duas formas de vida (no pecado ou pela graça), e entre dois senhores (Satanás ou Deus)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.1217-218).
III – CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS
- As boas obras devem glorificar a Deus.
No Sermão do Monte, Jesus disse: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16 – grifo meu). Por isso, as obras de misericórdia devem ser feitas com humildade e sem buscar a glória para quem as pratica. Assim, o Senhor ensinou como devemos ajudar o necessitado: “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt 6.2).
- As obras de misericórdia são obras de amor.
Elas são parte da prática do amor cristão, que, segundo Jesus, deve ser estendido até mesmo ao inimigo (Mt 5.44). Nesse sentido, o apóstolo expressa esse ensino: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” (Rm 12.20). Somente com a graça de Deus, e na força do Espírito Santo, o cristão pode cumprir o mandamento de amar o inimigo.
- Obras de quem é salvo.
Tiago diz que as obras dos salvos devem ser a expressão da fé, a qual, sem elas, de nada aproveita. Ele exemplifica esse ensino referindo-se ao caso de um irmão ou irmã, carentes, sendo despedidos de mãos vazias. Neste caso, nenhum proveito se materializa. E conclui: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17; cf. 2.14-20; Mt 5.16). Segundo Tiago, as boas obras é o testemunho da fé perante os homens.
SÍNTESE DO TÓPICO III
As boas obras devem glorificar a Deus, expressar o seu amor e caracterizar o salvo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“As Obras São a Evidência da Fé [Tiago] (2.14-19). Nesse ponto, Tiago apresenta seu segundo exemplo da necessidade de existir uma consistência entre palavras e obras e, nesse processo, introduz o argumento da inseparabilidade entre a ‘fé’ e as ‘obras’ que, necessariamente, deve se originar dessa consistência. Ele abre essa seção com duas perguntas retóricas (v.14): ‘Meus irmãos, que aproveita [ou, qual é o benefício] se alguém disser que tem fé e não tiver as obras?’ Fica claro que Tiago tem em vista dois ‘benefícios’ especiais que deveriam se originar da ‘fé’. O primeiro é apresentado na sua segunda pergunta retórica: ‘Porventura, a fé pode salvá-lo? A fé deveria ser capaz de proporcionar o benefício da salvação àquele que a possui; se não o fizer, então essa fé é, de certo modo, defeituosa (mas não uma falsa fé). Porém, a fé deveria também ter uma segunda finalidade: beneficiar os semelhantes mostrando a bondade de Deus para com eles (vv.15,16).
Essa dupla preocupação por tudo de ‘bom’ que a fé deveria proporcionar representa uma importante lembrança para a nossa cultura individualista. Fé não é apenas salvar a alma individual do julgamento eterno, mas também construir comunidades a fim de mostrar o amor de Deus não só no meio dos próprios crentes, mas também no mundo em que vivem” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.1672-73).
CONCLUSÃO
Não somos salvos pelas boas obras, mas as praticamos porque somos salvos (Mt 5.16). Precisamos testemunhar nossa fé ao mundo por meio das boas obras. Logo, devemos realizar as obras de misericórdias no âmbito material e espiritual. O nosso Deus amou o ser humano por inteiro. Este tem necessidade no corpo e na alma. As obras de misericórdias são o testemunho bíblico da nossa fé.
Lidiane Santos
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