EBD | Classe Adulto – Lição 10 – A Mordomia das Finanças

Fonte: Subsídios EBD

TEXTO ÁUREO

“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores.” (Tm 6.10)

VERDADE PRÁTICA

O cristão deve ser grato a Deus por suas finanças, e lidar com o dinheiro

com sabedoria, prudência, comedimento e amor.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 1.12: Somos filhos de Deus

Terça – 1 Cr 29.14: Tudo o que temos vem de Deus

Quarta – Ap 3.17: A ilusão das riquezas

Quinta – Pv 28.20: Riqueza que prejudica

Sexta – Rm 13.7: O cristão deve pagar os impostos

Sábado – 1Tm 6.9,10: A avareza traz fracasso à fé

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Eclesiastes 5.10,11; 1 Timóteo 6.6-10.

Eclesiastes 5

– O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isso é vaidade.

– Onde a fazenda se multiplica, aí se multiplicam também os que a comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos do que a verem com os seus olhos?

1 Timóteo 6

– Mas é grande ganho a piedade com contentamento.

7 – Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.

– Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.

9 – Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.

10 – Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

 

HINOS SUGERIDOS: 271, 295, 337 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Ressaltar que o cristão deve lidar com o dinheiro com sabedoria, prudência, comedimento e amor.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Mostrar que tudo o que temos vem de Deus;
  2. Expor como o cristão deve ganhar dinheiro;

III. Explicar como o cristão deve utilizar o dinheiro.

  • INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A vida financeira pode ser um complemento de estabilidade na família e, ao mesmo tempo, uma catalisadora de confusões e contendas familiares. Por isso, é preciso ter uma referência de boa administração financeira. Sim, é preciso ter disciplina, ordem e equilíbrio para lidar com o dinheiro. Nesse sentido, o dinheiro pode ser uma bênção ou uma maldição. Saber usá-lo, de acordo com os princípios da Palavra de Deus, significa evitar muitos transtornos.

ÁUDIO LIÇÃO

PONTO CENTRAL

Tenhamos gratidão a Deus pelas finanças e lidemos com elas com prudência.

INTRODUÇÃO

Os cristãos devem ser referência na administração das finanças que Deus, bondosamente. Lhes concedeu. Nesta aula, refletiremos acerca de alguns aspectos da mordomia financeira com base na Bíblia Sagrada – como nossa única regra de fé e prática. Veremos que o dinheiro pode ser bênção ou maldição, e que tudo depende do uso que fazemos dele.

 

I – TUDO O QUE TEMOS VEM DE DEUS

  1. Deus é dono de tudo.

Tudo o que há no planeta pertence a Deus, tanto o mundo quanto seus habitantes (Sl 24.1). Há os que são filhos de Deus por criação e há os que são seus filhos por adoção através da fé em Jesus (Jo 1.12). Assim, podemos afirmar que os não-crentes recebem dádivas por permissão de Deus; nós, seus filhos por adoção em Jesus Cristo, temos convicção de que tudo o que temos vem diretamente de dEle, conforme Davi expressou: “Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos” (1 Cr 29.14).

  1. O trato com o dinheiro.

Se tudo o que temos vem de Deus, precisamos lidar com o dinheiro de modo especial. Isso é necessário, pois muitos se tornaram materialmente ricos, mas espiritualmente miseráveis, como Jesus revelou a situação dos crentes de Laodiceia (Ap 3.17). Em Apocalipse, nosso Senhor deixou claro que o crente pode pensar estar rico aos próprios olhos, mas invariavelmente desgraçado, miserável, pobre, cego e nu diante dos olhos do Senhor. A história do mundo mostra que a busca por dinheiro e riquezas materiais levou muitas pessoas a cometerem perversidades, violências e crimes inomináveis.

  1. Cuidado com a falsa prosperidade.

Precisamos ter cuidado para não sermos enganados pelas armadilhas da já conhecida “Teologia da Prosperidade”. Esta ensina que todo crente deve ser rico, porque, diz essa teologia, “somos filhos do Rei”. Isso não passa de propaganda enganosa e distorção da graça de Deus. Ora, as Escrituras mostram que Jó foi um servo fiel a Deus (Jó 1.1), mas, embora muito rico, veio certa vez a experimentar a pobreza. Mas nem por isso abandonou a Deus, apesar de todo o sofrimento que experimentou.

SÍNTESE DO TÓPICO I

Deus é o dono de tudo, por isso, o que temos vem dEle.

SUBSÍDIO DIDÁTICO- PEDAGÓGICO

Inicie a aula desta semana fazendo a reflexão sobre o “valor” do dinheiro para o crente. Isso é importante, pois o crente precisa ter uma noção ampla acerca do “valor” que a Bíblia dá ao dinheiro. De modo geral, as Escrituras Sagradas mostram o lado positivo e negativo do dinheiro. Do lado positivo, as necessidades que o dinheiro pode suprir; do negativo, a avareza, a soberba e o egoísmo que o apego a ele pode promover. Conclua essa reflexão expondo o seguinte versículo: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10).

 

II – COMO O CRISTÃO DEVE GANHAR DINHEIRO

  1. Trabalhando honestamente.

Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforço para obter os bens de que necessita. O Criador disse: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão” (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo recomendou: “E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado” (1 Ts 4.11). Assim, por trabalho honesto entendemos todo o tipo de atividade que sustenta e dignifica o ser humano. Entretanto, há trabalhos que o degradam e humilham. Por isso, ao cristão sincero não convém atividades correlacionadas com a bebida alcoólica, drogas, prostituição, aborto etc.

  1. Fugindo das práticas ilícitas.

O cristão não deve recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, tais como jogo do bicho, do bingo, rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de se angariar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20).

  1. Fugindo da avareza.

Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça e a avareza que ela desperta. Abraão e Jó eram homens ricos, porém, fiéis a Deus. O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (Pv 28.20).

SÍNTESE DO TÓPICO II

O cristão deve trabalhar honestamente, fugir das práticas ilícitas e da avareza.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A prosperidade no Antigo Testamento está intimamente relacionada com o trabalho. A ideia de prosperar e enriquecer por outros meios que não seja o trabalho é completamente estranha à Escritura. Ainda no paraíso, coube como tarefa ao primeiro homem cuidar do jardim, vigiando-o e lavrando-o (Gn 2.5). A teologia do Antigo Testamento refuta a prática que transforma Deus em uma espécie de gênio da lâmpada. O Deus do Antigo Concerto faz prosperar, mas Ele o faz através do trabalho. O livro de Deuteronômio diz que o Senhor é o que te dá força para adquirires poder’ (Dt 8.18).

 

A palavra hebraica koach traduzida como ‘força’ nessa passagem significa vigor e força humana. A referência é claramente ao esforço humano como resultado do seu trabalho. Por outro lado, a palavra ‘poder’, traduzida do hebraico chayil, nessa mesma passagem mantém a ideia de eficiência, fartura e riqueza. A ideia aqui é que prosperidade e trabalho são como as duas faces de uma mesma moeda. Onde um está presente o outro também deve estar” (GONÇALVES, José. A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.22).

III – COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO

  1. Na Igreja do Senhor.

Na igreja há várias maneiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir, de modo positivo e abençoado, para a manutenção da Obra do Senhor.

1.1. Contribuindo com os dízimos.

Entregar os dízimos para a manutenção material da Obra do Senhor é uma das maiores expressões de gratidão a Deus e amor por sua causa na Terra (Ml 3.8-12). Como já vimos, no Novo Testamento, o dízimo não foi abolido, pois Jesus trouxe a maneira correta de sua entrega (Mt 23.23). 0 Novo Testamento também revela que o cuidado dos órfãos e das viúvas é “a verdadeira religião” (Tg 1.27). Assim, a mordomia do dízimo é de fundamental importância à vida da igreja.

1.2. Contribuindo com ofertas alçadas.

O crente fiel deve contribuir com ofertas alçadas (levantadas), de modo voluntário, como prova de sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Com esses recursos (dízimos e ofertas), a igreja mantém a evangelização, as missões, o sustento de obreiros, o socorro aos necessitados (viúvas, órfãos, carentes etc.), bem como o patrimônio físico da obra do Senhor e outras necessidades.

  1. Na sociedade civil.

2.1. Evitando dívidas fora do seu alcance.

Muitos têm ficado em situação difícil por causa do uso irracional do cartão de crédito. As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda de autoridade e independência. Devemos lembrar que “o rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho perante os ímpios quando o crente compra e não paga.

2.2. Evitando os extremos.

De um lado, há os avarentos que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. Estes não se importam em ver os filhos passarem necessidade, pois o seu desejo de “poupar” e de entesourar para o futuro é irrefreável. De outro, há os que gastam além de suas possibilidades, contraindo dívidas que perturbam a harmonia do lar.

2.3. Tendo controle da renda.

É importante que se faça um orçamento familiar, observando o quanto a pessoa ganha, gasta e, se possível, reserva para imprevistos. Em nosso país, grande parte das pessoas recebe apenas o denominado “salário mínimo”, uma renda que não garante nem o mínimo previsto em lei. Entretanto, o crente em Jesus deve conter-se dentro dos limites de sua renda, seja ela grande ou pequena, para não ser vítima de um mal maior.

2.4. Não fique porfiador.

Outro cuidado importante é não ficar por fiador. A Bíblia desaconselha isso (cf. Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13). Muito menos forneça cheque para alguém usá-lo em seu nome. Previna-se!

2.5. Fugindo do agiota. 

É verdadeira maldição quem cai na mão dessas pessoas, pois elas cobram “usura” ou lucros extorsivos. Esse tipo de atividade é ilícito. Um cristão não deve praticar a agiotagem, que é o empréstimo de dinheiro de modo clandestino. Além de ser ilegal, a Bíblia condena essa prática (cf. Êx 22.25; Lv 25.36).

2.6. Pagar os impostos. 

“Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.7). O cristão não deve ser sonegador, pois isso não glorifica a Deus. Ainda que muitos aleguem que os governos não aplicam bem o dinheiro arrecadado, desviando-o para outras finalidades, o cristão precisa comportar- se como cidadão dos céus no trato com o dinheiro. É mandamento bíblico que paguemos os impostos (Mt 22.17-21).

SÍNTESE DO TÓPICO III

A Igreja do Senhor e a sociedade são os lugares em que o cristão deve usar o dinheiro com diligência.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

VIVA DE ACORDO COM AS SUAS POSSIBILIDADES

O que seria necessário para que você fosse economicamente livre? A resposta óbvia é, naturalmente, viver sem dívidas. Igualmente óbvios são os obstáculos – reais e perceptíveis – que impedem que muitos de nós façamos isso. Quantas das seguintes frases você declararia, se fosse honesto a respeito de seus hábitos financeiros?

  1. Controlar despesas é algo que consome muito tempo.
  2. Eu não quero, realmente, modificar os meus hábitos.
  3. Gosto de viver além das minhas possibilidades.
  4. Usar cartão de crédito é mais fácil que controlar o orçamento.
  5. Minha esposa e eu nos desentendemos quando tentamos controlar o nosso orçamento.

Embora o ensino básico do controle do orçamento esteja fora do intuito deste livro, há centenas de recursos disponíveis pela internet e em livrarias, que poderão lhe ajudar a vencer esses obstáculos comuns, criar e controlar um orçamento e manter intactos os seus relacionamentos.

A melhor maneira de ser financeiramente livre é comprometer-se com este princípio simples: não compre o que você não tem como pagar” (TOLER, Stan. Qualidade total de vida. 1.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2013, pp.66-67).

CONCLUSÃO

O dinheiro pode ser uma bênção ou uma maldição. Isso depende muito do uso que fazemos dele. Se o fizermos para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que usemos os recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo! Que o Senhor nos ensine a usar os recursos como bênção!

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.