EBD | Classe Adulto – Lição 1 – O que é a Mordomia Cristã?

Fonte: Portal da Escola Dominical

3º Trimestre de 2019

ESBOÇO GERAL
I – CONCEITOS DE MORDOMIA
II – A MORDOMIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO
III – A MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS 

A Fé como Patrimônio Espiritual

Elinaldo Renovato

A fé cristã é o depósito espiritual, acumulado durante toda a vida cristã. Seu valor é inestimável em termos humanos ou materiais. Sem dúvida, a fé tem sentido espiritual profundo naquilo que o crente deve guardar para não perder a sua “coroa” (Ap 3.11). Paulo, antevendo o final de sua vida, serenamente esperou a morte com resignação e coragem. Ao escrever para seu jovem discípulo, Timóteo, disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.7,8).

O apóstolo dos gentios tinha convicção de que todas as lutas pelas quais passara, em meio a tribulações diversas, nas perseguições que sofrera, tanto dos judeus quanto dos “falsos irmãos”, bem como as enfermidades que lhe acometeram, a ingratidão de tantos a quem ajudou, o desprezo de alguns, tudo isso lhe assegurou experiências especiais com Cristo para que chegasse ao fim da jornada cristã, não como derrotado, frustrado ou decepcionado. Pelo contrário, como um vencedor, um campeão da fé. Ele sentiu-se um vencedor não de um combate qualquer, mas do “bom combate”, ou nobre (gr. kalon) combate, tomando esse termo como uma metáfora emprestada das competições nos esportes, que ele bem conhecia, ou dos combates militares, que lhe eram bem familiares. Ou seja, ele não combatera de qualquer forma, mas de maneira legítima e nobre.

Ele exortou Timóteo a lutar e a sofrer a seu lado no grande combate pela fé cristã. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente” (2 Tm 2.3-5). Se houve alguém que lutou de forma aguerrida o combate cristão, esse alguém foi Paulo. Em seu “cântico de vitória”, descrevendo lutas, vicissitudes e obstáculos, ele declarou de forma solene: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Rm 8.37-39). Nos seus últimos dias, Paulo confirmou perante Timóteo e os irmãos em Cristo que estava consciente de que combatera o bom combate, acabara a carreira e guardara “a fé” (2 Tm 4.7,8). Ele foi um mordomo fiel e sabia que seria galardoado por Deus com “a coroa da justiça”.

Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.