EBD | Classe Adultos – Lição 6 – A Justiça de Deus
Fonte: Portal EBD
INTRODUÇÃO
– A justiça ou retidão de Deus é a Sua contínua perfeição e permanência de acordo com o padrão do que é puro e correto – que é Ele mesmo. Exercitada nas Suas criaturas, a justiça de Deus consiste na execução de julgamento, tanto para recompensa quanto para punição, de acordo com o que é merecido, e determinado pelo padrão da Sua santa lei. Todos as Suas obras são justas (Gênesis 18:25; Salmos 7:9).
I – TEXTO BÍBLICO
(Ezequiel 14.12-21)
II – ETIMOLOGIA E CONCEITO
1 – Etimologia: Primeiramente justiça se refere ao latim como iustitia, vinculado ao adjetivo justo (em latim iustus) e ambos baseados no núcleo propiciado pelo termo direito (apresentado no latim como ius). Por sua vez, Divina ou Divino tem referência no latim como divīnus, em alusão ao que está relacionada a Deus ou a uma divindade da qual se acredita, associado ao adjetivo divus, para referir-se a Deus ou a uma deidade, e naturalmente Deus ou deus, associado ao latim deus, explorando a raiz no indo-europeu *dyeu-, por iluminar ou brilhar. https://etimologia.com.br/justica-divina/.
2 – Conceito: Justiça é aquilo que está em conformidade com o que é reto; é a qualidade do que está de acordo com o cumprimento da lei. No estudo bíblico-teológico, frequentemente o atributo da justiça de Deus é também chamado de “retidão de Deus”.
III – A JUSTIÇA DE DEUS E SEUS ASPECTOS
1º Aspecto: – Muitas vezes os estudiosos falam da justiça de Deus em dois aspectos diferentes, mas diretamente interligados. O primeiro é chamado de “justiça interna”, e diz respeito a quem Deus é. Em seu próprio caráter Deus é absolutamente justo, ou seja, Ele não é justo meramente porque pratica a justiça, mas Ele pratica a justiça porque em si mesmo Ele é justo.
2º – Aspecto: Já o segundo aspecto é chamado de “justiça externa”, e diz respeito ao que Deus faz. Por ser justo, Ele só faz o que é reto. Então sendo inteiramente justo, Deus manifesta Sua justiça em Seu governo do mundo, impondo às suas criaturas uma exigência moral de acordo com a retidão da Sua vontade. Relacionado a isso, a teologia também fala da justiça de Deus no sentido distributivo. Deus aplica Sua lei de forma justa e imparcial, recompensando o justo e punindo o injusto. Deus recompensa homens e anjos que andam em retidão. Esse ato de Deus recompensar os obedientes é chamado de “justiça remunerativa”. Mas considerando que ninguém, por seus próprios méritos, é capaz de ser absolutamente justo diante do padrão moral de Deus, a justiça remunerativa é também uma expressão do amor divino (cf. Lucas 17:10; 1 Coríntios 4:7). Como explica Louis Berkhof, as recompensas que Deus concede às Suas criaturas são frutos da Sua graça e resultam de uma relação pactual estabelecida por Ele (Teologia Sistemática, 1949). Por um lado, intrinsecamente o homem não merece a recompensa que recebe de Deus, mas por outro ele é sempre merecedor do castigo que recebe. Então se a justiça remunerativa trata das recompensas para os justos, a justiça retributiva trata da punição aos injustos. Por ser justo, Deus castiga àqueles que andam na transgressão da Sua lei (Romanos 1:32; 12:19; 2 Tessalonicenses 1). A justiça divina exige que o pecado seja punido, pois se não fosse assim, então não haveria justiça. Se a justiça remunerativa expressa o amor divino, a justiça retributiva expressa a ira divina.
Lidiane Santos
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