EBD | Classe Jovens – Lição 5 – Balaão: quando Deus diz não
Fonte: Portal da EBD
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
UM HOMEM QUE OUVIU A VOZ DE DEUS
Balaão não era israelita, mas, um sacerdote-adivinho conhecido entre as nações daquele tempo. Balaque acreditava que esse homem podia lançar maldições sobre o povo (Nm 22.6), influindo na vontade dos deuses e espíritos mediante seus conhecimentos ocultos de feitiçaria, de sortilégios e das manipulações misteriosas1. Invariavelmente, as passagens bíblicas retratam Balaão como um indivíduo que tinha um caráter perverso, amava mais o dinheiro que a Deus e também estava ansioso para amaldiçoar Israel (Dt 23.4,5; 2 Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14).
Contudo, podemos entender no texto bíblico que Balaão, mesmo sendo um homem com práticas espirituais duvidosas, ouviu a voz de Deus e discerniu que era o próprio Todo Poderoso quem falava com ele. O problema de Balaão consistia no fato de que o seu coração estava voltado a avareza e ganância, muito em função dos presentes e valores que recebia para que realizasse os seus encantamentos (Nm 22.7). O dinheiro movia os desejos desse homem.
Balaão é um exemplo clássico de profeta ou vidente místico capaz de confundir o povo com suas práticas divinatórias. Até hoje é um personagem bíblico controvertido, apesar de a Bíblia não deixar dúvidas de seu caráter corrompido. Em nenhum lugar na Bíblia ele é considerado profeta do Deus vivo, mas sim encantador de encantamentos, de adivinho: “Não foi desta vez como dantes ao encontro de encantamentos” (Nm 24.1)3.
O impasse de Balaão era: de um lado o seu desejo em receber o “preço de seus encantamentos” como de costume recebia; de outro entender que esse preço somente seria pago se ele amaldiçoasse um povo que era bendito (Nm 22.12). Após muita insistência, e diante da autorização divina, Balaão se preparou para seguir os servos de Balaque. Contudo, ele deveria fazer tudo aquilo que Deus o falasse. Porém, entendemos que o coração de Balaão continuava voltado a ganância, por isso que a ira de Deus acendeu-se contra ele (Nm 22.22).
Eis a questão: Como veremos, não basta ouvir a voz de Deus e saber que é Ele que está falando conosco. Ouvir e obedecer são dois verbos que implicam ações, mas que podem ser conexas ou não4. Balaão é um claro exemplo de que muitas vezes mesmo ouvindo a voz de Deus, poderemos, se formos induzidos pelos prazeres de nosso coração, agir de encontro à Sua vontade.
Lidiane Santos
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