EBD | Classe Juvenis – Lição 1 – Período Intertestamentário

Fonte: Portal EBD

I – PERÍODO PERSA

Quando o império babilônico entra em crise, a Pérsia, com o reinado de Ciro, surge como potência do oriente. Esse período pode ser dividido em duas fases: primeira de 538 a 445: é o auge do império persa e a grande tarefa é a da reconstrução da cidade de Jerusalém, de seus muros e do templo; numa palavra, da reconstrução da Judeia. A segunda fase abrange os anos de 445 a 333: começa a decadência do império persa e a grande missão é a da reconstrução da comunidade judaica. É tempo de consolidação das tradições cultuais e religiosas do povo de Israel. Nessa fase temos a atuação de Neemias e Esdras.

Segundo os escritores bíblicos, Ciro teve importância fundamental no retorno do exílio, na reconstrução da cidade e na organização da comunidade judaica. Ele é visto como “instrumento de Deus” e “ungido”. Claro que por trás dessa “bondade”, havia o interesse político de dominação dos povos conquistados.

Ciro, portanto, decreta o fim do exílio e permite a volta dos judeus para Jerusalém. Muitos exilados, porém, permanecem na Babilônia, pois já tinham construído sua vida por lá. As comunidades judaicas na Babilônia tiveram que se adaptar, isso foi muito importante para a consciência social e religiosa de Israel.

Viram que sua religião podia ser vivida também fora dos círculos da Palestina. Os que voltam encontram um ambiente devastado e desolador. A cidade de Jerusalém e o templo estão destruídos. Tudo para reconstruir, tarefa nada fácil.

A primeira missão de Ciro, em relação a Judá, foi devolver os objetos do templo de Jerusalém roubados por Nabucodonosor. Sob a responsabilidade de Sasabassar, “príncipe de Judá”, inicia-se a restauração do altar dos holocaustos. No ano de 537, começa-se a construção do “segundo templo”, que só será dedicado em 515 AC. Assim inicia-se a era do “segundo templo”. Havia prós e contra a respeito da construção do templo.

A volta do exílio foi vista como uma reconstrução da vida nacional. Segundo Esdras e Neemias, o retorno da Babilônia pode ser visto como novo êxodo, ou seja, nova saída (da Babilônia) e nova chegada (a Judá).

É como que uma espécie de releitura do êxodo nos tempos de Moisés. Essa caminhada culmina com a convocação de toda comunidade judaica para a grande assembleia durante a qual foi proclamada a leitura da lei (Neemias 8).

II – PERÍODO GREGO

O período persa durou, mais ou menos, 200 anos (538-333 AC). Aos poucos, porém, foi enfraquecendo e dando lugar a um novo período, o grego. Filipe da Macedônia conseguiu unificar a Grécia, mas não reinou por muito tempo. Seu filho, Alexandre Magno (o Grande), assumiu seu lugar por volta de 335 AC. Deu continuidade à expansão iniciada pelo pai. Aos poucos e depois de derrotar os persas, assumiu o controle de toda Ásia Menor. Seu reinado também foi breve, mas suficiente para imprimir a cultura helênica (grega) em toda a região conquistada (Oriente Próximo e Europa).

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.