EBD | Classe Juvenis -Lição 11 – A redenção

Fonte: Escola EBD

SEG. Lc 2.38: Aguardando a redenção

TER. Cl 1.14: Aguardando a redenção

QUA. 1Tm 2.6: Redenção para todos

QUI. 1Co 1.30: Jesus, nossa redenção

SEX. Ef 4.30: Eterna redenção

SÁB. Ef 4.30: O Dia da Redenção

REFLEXÃO

“E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).

OBJETIVOS

Conceituar o termo Redenção.

Distinguir os três tempos da Redenção: Presente, Passado e Futuro.

Descrever as bênçãos da Redenção.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

Romanos 3.21-28

SINTETIZANDO

Paulo diz que foi vendido ao pecado para ser seu escravo (Rm 7.14). Esta é a situação de todo homem sem Cristo. Mas está escrito, também, que os redimidos foram comprados por Jesus (Ap 5.9; Ef 1,7) no Calvário, com efeito retroativo para todos. Com a conversão, Jesus tem autoridade para fazer o crente ser agradável a Deus, perdoar os seus pecados e, como garantia pela aquisição, selá-lo com o Espírito Santo, para o dia da redenção, no futuro (Rm 8.23): a glorificação do corpo.

INTRODUÇÃO

A redenção foi um ato negociai de Deus, em que Ele nos comprou para Ele, resgatando-nos da prisão do pecado, cujo fim era a morte (Ez 18.20). O Senhor nos deu a carta de alforria – liberdade total do pecado (Jo 8.36). Essa aquisição divina custou o sacrifício do único homem justo que pisou nesta terra. E por que Ele precisou morrer? Porque tinha que haver derramamento de sangue (Hb 9.22). E para satisfazer a justiça de Deus, o Redentor precisava ser inocente e santo.

A AULA VAI COMEÇAR!

A estratégia da competição, como instrumento pedagógico, é algo bastante salutar, pois estimula a participação da turma na aula, podendo ser feita entre os alunos ou entre grupos. Lembre-os, entretanto, que o mais importante não é receber o prêmio, mas participar como cristãos. Inicie, assim, a aula distribuindo cartões de quatro cores diferentes, que equivalem a quatro grupos (sugestão). Anuncie que cada grupo deverá ilustrar livremente, em cinco minutos, a redenção (tema do dia) nos três tempos: passado, presente e futuro. Escolha três jurados e o prêmio do grupo vencedor: caixa de bombons (fácil de compartilhar), isso gerará uma boa expectativa e os manterá envolvidos. Peça aos que possuem cartões da mesma cor que formem grupos. Incentive a criatividade e forneça o material necessário. Ao final, parabenize a todos e premie os vencedores.

  1. REDENÇÃO

1.1. Reflexão

Vamos pensar em uma pessoa que está no “corredor da morte”, em uma penitenciária chamada Justiça de Deus”. Esse indivíduo que fez coisas horríveis, foi condenado e sua pena será a morte. Ele reconhece que merece morrer. Sabe que é apenas uma questão de tempo. Não cria expectativas para o futuro. Apenas procura viver, com intensidade, seus dias na prisão, fazendo tudo que á vem à cabeça… Afinal pensa ele: — A morte está bem perto. O que mais posso esperar? Vou aproveitar meu resto de vida. Por mais que ele tente encontrar a felicidade, continua triste. Nada preenche seu vazio. Ele sente lodo tempo o cheiro da morto.

Um dia, porém, o carcereiro chega com um alvará de soltura, pois o juiz decidiu lhe conceder a liberdade. Grande alegria! Enquanto arruma as coisas para sair, o preso pergunta: — Mas… por que eu fui solto? O carcereiro responde: — É que um outro homem assumiu seus crimes e, por isso, foi morto em seu lugar. — Mas, espere… retruca o preso eu sou o único culpado pelos meus erros! Olhando para c chão, ainda sem entender direito, o carcereiro conclui: — Todos sabem que você é c culpado, mas como o juiz aceitou a condenação do outro, você agora está livre. Não há mais nenhuma condenação.

1.2. O que é redenção?

É o ato soberano de Deus, através do qual Ele pagou o preço do nosso pecado no Calvário, com efeito retroativo, por toda a humanidade. Assim, a redenção é a carta de alforria (palavra que significa “liberdade”) de Deus para a humanidade, para que os homens pudessem ter um relacionamento íntimo com Deus. Entretanto, para receber a redenção — documento de libertação de escravo (carta de alforria), os homens precisam apresentar dois requisitos: arrependimento e fé, sem os quais o dom gratuito da salvação de Deus não será concedido.

1.3. A força da redenção

Ao escrever seu célebre livro “Do Contrato Social”, o suíço Jean-Jacques Rousseau, iniciou dizendo que “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado.” Essa é a ideia que se desdobra em toda a extensão da festejada obra. Mas isso será verdade? Será que o homem nasce livre e a sociedade, a família, a igreja, etc., o aprisionam em todos os lugares? A Bíblia diz exatamente o contrário. Ela fala que o homem nasce acorrentado (Gn 8.21; Rm 3.23), mas pode ser Livre, em Cristo Jesus (Rm 8.1). Isso é redenção! É ter estado preso, mas hoje estar em liberdade.

A redenção de Jesus é tão poderosa que tem efeito retroativo, porque ela alcança todos os seres humanos. Por isso, a salvação de todos os homens o depende da morte de Jesus na cruz do Calvário. O sangue de mais de um bilhão de animais que foram sacrificados (estimativa de estudiosos) ao longo da história de Israel, não é suficiente para salvar ninguém. Somente o sacrifício do Cordeiro de Deus é suficiente para salvar todos os homens, em todos os tempos.

  1. O PREÇO DA REDENÇÃO

2.1. Qual seria o preço? Quem poderia pagar?

Preço de sangue (1 Pedro 1.18,19) de alguém que não tivesse pecado. Quem? Qualquer que nascesse de genealogia humana, seria herdeiro do pecado e, portanto, escravo. Está escrito que Maria ficou grávida por obra e graça exclusiva do Espírito Santo (Mt 1.18,20: Lc 1.35). Além de nascer sem pecado, está escrito que Jesus “não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1 Pe 2.22). Assim, foi pago o maior preço que se podia pagar: a morte de um inocente e puro Cordeiro, Jesus. Esta era uma exigência da justiça de Deus!

  1. OS TEMPOS DA REDENÇÃO

3.1. Passado: Calvário

Foi o momento, no tempo, em que o Filho de Deus pagou o preço da redenção da humanidade. O Senhor nos comprou para Deus (Ap 5-9) de uma vez por todas, livrando-nos da morte eterna. No Calvário a redenção se consolidou. Jesus morreu. Deus nos conquistou para Ele mesmo.

3.2, Presente: conversão

“E disse a Jesus: Senhor, Lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc . ’3-42,43). Apenas Lucas narrou como a vida terminou para aquele malfeitor… com uma extraordinária promessa de Jesus! Nada mais. Depois daquilo, não houve indulto governamental ou alívio das dores. Ele morreu miseravelmente, todavia, com uma enorme alegria no coração. Jesus o salvou. Ele nasceu de novo. Agora era herdeiro de Deus (inexplicavelmente para os padrões da justiça humana). Isso sempre acontece com aquele que se converte (Jo 8.32). E vale para ele, para mim e para você.

3.3. Futuro: glorificação

A redenção que, no passado, foi realizada no Calvário e, no tempo presente, aconteceu quando da nossa conversão, também terá um futuro: a glorificação do corpo, por ocasião do arrebatamento. Isto é, quando recebermos um corpo igual ao de Jesus. Por isso, Paulo diz que também ‘ gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso (Rm 8.23). O anelo por esse dia enche de alegria todos aqueles que têm o Espírito Santo.

  1. A BÊNÇÃO DA REDENÇÃO

A redenção traz consigo maravilhosas bênçãos. Descreveremos algumas delas.

4.1. Fez-nos agradáveis (Ef 1.6)

Paulo diz que Deus nos fez agradáveis a ELe. Que coisa maravilhosa! Desde a Queda, o homem tinha se transformado em inimigo de Deus (Tg 4.4). Agora, porém, redimidos pelo sangue de Jesus, Deus nos considera “agradáveis”. Estamos fazendo a sua vontade, mesmo com nossos pecados cotidianos. É que, quando Deus nos vê, Ele enxerga, em nossa frente, o sacrifício de Jesus.

4.2. Perdão de pecados (Ef 1.7)

Como dito anteriormente, para a redenção se concretizar, é preciso ter arrependimento e fé. Assim, a redenção confere o perdão dos pecados, porque houve arrependimento. Isso nos livra de uma terrível maldição e de um fim melancólico. Estamos, agora, perdoados pelo sangue de Jesus. 43, O selo do Espírito Santo (Ef 1.13; GI3.14)

O selo do Espírito Santo é uma consequência para quem é redimido por Jesus. Esse selo não é o batismo com o Espírito Santo, evidenciado pelo falar em línguas estranhas, mas o batismo no Espírito Santo. O crente passa a ser templo e morada do Espírito Santo. Há, como que uma imersão no Espírito. O convertido passa a viver nos domínios do Espírito. Vai produzir o fruto do Espírito. E será, dali em diante, em seu novo viver, conduzido pelo Espírito.

SUBSÍDIO 1

Redenção

Livramento de alguma forma de escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor. Redenção é um conceito básico para a visão bíblica da salvação. No AT, a redenção está integralmente associada à vida familiar, social e nacional de Israel. Um indivíduo israelita poderia agir como um redentor, pagando um resgate para a libertação de um escravo (Lv 25.48), para recuperar um campo (Lv 25.23), ao invés de sacrificar um macho primogênito (Ex 13.12), e em favor de alguém que de outra forma seria condenado à morte (Ex 21.28). (…)

No NT, a redenção é estritamente uma atividade divina que é realizada por Jesus Cristo e através dele (Ef 1.7; Gl 3.13; 4 5). Embora a atividade redentora de Cristo tenha as suas manifestações físicas (por exemplo, a cura das enfermidades), seu principal significado é o resgate espiritual dos pecadores que estão escravizados no pecado (Mc 10.45). A libertação do pecador é assegurada com base no preço de resgate pago a Deus Pai por Jesus Cristo em sua morte na cruz (Tt 2.14; Hb 9.12; 1Pe 1.18.19).

A perfeição da obra redentora de Cristo é claramente declarada no NT (Hb 9.25-28). No entanto, a experiência de redenção do indivíduo redimido só estará completa na segunda vinda de Cristo (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14) (PFEIFFER, Charles F„ VOS, Howard F. e REA, John Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.l655).

SUBSÍDIO 2

“Quando vamos a Cristo, Deus não apenas nos perdoa, como também nos adota. Passamos de órfãos condenados sem nenhuma esperança a filhos adotados sem qualquer medo. Veja como acontece: você chega perante a cadeira de julgamento de Deus cheio de erros e rebeliões. Por causa de sua justiça, Ele não pode deixar de lado seu pecado, mas por causa de seu amor. Ele não pode deixar você de lado. Então, num ato que atordoa os céus, Ele pune a si mesmo sobre a cruz, por seus pecados, A justiça e o amor de Deus são igualmente honrados. E você, criação de Deus, é perdoado. Entretanto, a história não termina com o perdão de Deus.

Seria suficiente se Deus apenas limpasse seu nome, mas Ele fez mais: deu a você seu próprio nome. Bastaria se Deus apenas o tivesse posto livre, mas Ele fez mais. Levou você para casa. Levou-o para a grande Casa de Deus.

Deus o adotou simplesmente porque quis. Foi um gesto de sua boa vontade e favor. Conhecendo muito bem o problema que você seria, e o preço que pagaria, Deus escreveu o nome dEle junto ao seu. trocou seu nome pelo dEle e levou você para casa. Seu Aba o adotou e tornou-se seu Pai.

Ele não nos adota pelo que possuímos. Não nos dá seu nome por causa de nossa inteligência, ou nossa carteira, ou nosso bom comportamento (LUCADO, Max. A grande casa de Deus, Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.13-17).

CARO PROFESSOR

(Cont.) Coloque o nome em cada personagem, de forma que a plateia os identifique. Peça que se vistam de modo formal (paletó e gravata), exceto os réus e Jesus (tem que ser de branco, mas pode ser paletó branco). A cena se passa numa sala de audiência, portanto, serão necessárias uma mesa e algumas cadeiras. Anuncia-se a entrada dos personagens. Os réus sentam-se de frente para o juiz, o promotor à sua direita e os advogados de defesa (Dr. Boas Ações e Boas Intenções) à sua esquerda. Dr. Jesus só entrará posteriormente… (Continua na próxima lição).

PARA CONCLUIR

Como vimos, a redenção trazida pelo sangue de Jesus (Ef 1.7) foi suficiente para nos fazer agradáveis a Deus, perdoar nossos pecados e garantir a nossa salvação, com o selo do Espírito Santo. Essa libertação foi realizada no Calvário, porém dia a dia se manifesta quando alguém conhece a verdade (Jo 8.32) e será completada quando nossos corpos forem transformados, 0 que Paulo chama de “adoção” (Rm 8.23). Graças a Deus, por uma tão grande salvação (Hb 2.3).

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.