EBD | Classe dos Jovens – Da circuncisão e dos alimentos sacrificados aos ídolos
No capítulo 17 do Gênesis, Deus pactua com Abraão e institui a circuncisão como uma aliança entre Ele e a descendência do patriarca, incluindo Ismael, a época com 13 anos.
Além de um memorial, a circuncisão também tem um caráter sanitário com fins de perpetuar, ou garantir que a semente de Abraão se multiplicasse sobre a terra. Atualmente, em Israel, a incidência de câncer de colo de útero é praticamente zero.
Em Levítico 12.2,3, a circuncisão é confirmada como componente da lei de Deus, e ganha uma importância central na identificação de Israel como povo gerado por Yahweh, por intermédio do patriarca Abraão.
É portanto um sinal que evidencia a natureza santa do povo de Deus, com implicação direta na salvação, providência, provisão, bençãos, e alianças com o Eterno. Dessa forma, Paula trabalha esse conceito realizado no coração, como a marca, a identidade e o que legitimava a descendência da nova criatura em Cristo.
3. A lei e a circuncisão não libertaram o povo judeu da escravidão do pecado.
Toda a ritualística do levirato, composta por elementos como a circuncisão, não foram capazes de por si, anular a condenação do pecado original de sobre a nação hebreia.
A redenção completa, só se daria na pessoa de Cristo, por seus méritos, e na sua morte vicária. Dessa forma, toda espécie de auto indulgência, obra, ou esforço humano, presunção ou religiosidade, seja ele de qualquer espécie, e ainda que bem intencionado, jamais será capaz de livrar o homem do sentimento de culpa por seus pecados.
4. O concílio de Jerusalém deliberou a respeito da questão da circuncisão.
Não obstante a lei tenha sido cumprida em Cristo, e mesmo que seu princípio por ser eterno prevaleça, sua observância deixa de ser necessária, principalmente em seus aspectos rituais e sociais (justiça civil). Logo temos duas instâncias a serem observadas: A sacerdotal (templo e sinagogas), e a secular (Império Romano), que opõem-se frontalmente a liberdade em Cristo, proporcionada pelo evangelho.
Embora pregado nas sinagogas do mundo como estratégia missionária, o evangelho se espraia no mundo por mulheres, soldados e intelectuais, nessa ordem.
5. Na igreja em Corinto não se deveria fazer distinção entre circuncisos e incircuncisos (I Co 7.18).
Como já dissemos, a influência dos judaizantes na igreja, se dá pelo fato de que por e através deles ascende Cristo, e o evangelho chega ao mundo. Se de um lado, tem importância estratégica, do outro a influência legalista torna-se perniciosa.
Para Paulo, ela deve ser respeitada na vida daquele que a realizara, mas não deveria ser uma imposição sobre aqueles que sem ela, chegaram a Cristo.
6. A verdadeira circuncisão é a do coração.
A circuncisão representa em sua exterioridade, o esforço humano de redimir-se a si mesmo. Seu valor como símbolo de ascendência israelita, perde em Cristo todo o seu significado, pois nele agora, os povos são congregados para serem a partir da circuncisão no homem interior, a verdadeira igreja de Deus.
Apolo, com certeza, era venerado na cidade. Apolo é filho de Zeus. Homero o descreve como muito cruel. Provavelmente por causa da sua beleza, é muito representando nas esculturas.
Com Apolo, com certeza, eram venerados outros deuses, sejam gregos que romanos: Dionísio, Artemide, Diana, Afrodite, Vêneris e sobretuto os deuses principais: Zeus (grego) e Júpter (romano).
Corinto é o exemplo de como o evangelho apenas terá êxito, se romper com a cultura local vigente.
Duas visões se contrapõem nesse momento, a judaica totalmente vinculada a lei de Moisés, e a nascente cristandade gentílica, e sua concepção de liberdade e libertação das amarras da ignorância acerca do evangelho realizada pela ligação com os deuses locais. Surge a necessidade então da pacificação teológica (judeus/gentios).
Uma fé estruturada, se caracteriza pela estruturação de uma teologia sistemática (doutrina), liturgia(Adoração) e tradição (forma da espiritualidade, da ética, e da moralidade da religião).
A descaracterização desses princípios, lançam a proposta do evangelho no panteão comum, na secularização, no sincretismo, e numa informalização da proposta cristã, lançando-a no campo do abstrato.
Logo, nos surge a necessidade de observarmos termos e suas equivalências na prática, como:
1) Realidade local (politeísmo) x Monoteísmo cristão. 2) Cadeias espirituais x liberdade cristã (do pecado) 3) Forma x Informalidade litúrgica. 4) Pragmatismo, fideísmo (individualismo teológico), arrogância cultural (real x ideal) em desprezo a consciência alheia dos mais simples.
Lidiane Santos
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