EBD | Classe Adultos – Lição 1- E deu dons aos homens
Fonte: Professor da EBD
TEXTO ÁUREO
“Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens” (Ef 4.11).
VERDADE PRATICA
Os dons são dadivas divinas para igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha busca-la.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.4-7
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se de que os dons espirituais são atuais e bíblicos.
Analisar os dons de serviço, espirituais e ministeriais.
Saber que a igreja de Corinto era problemática na administração dos dons.
INTERAÇÃO
Prezado professor, neste trimestre estuda- remos um tema extremamente relevante para os nossos dias: os dons espirituais, ministeriais e de serviço. Todas estas dádivas são concedidas peio Espírito Santo com o propósito de edificar a Igreja do Senhor. Esse tema é tão relevante para a igreja que Paulo dedica dois capítulos inteiros na Epístola aos Coríntios para tratar do assunto. Ele não queria que os irmãos fossem ignorantes a respeito dos dons (1 Co 12.1). Então estude com afinco cada lição e busque, com zelo, os melhores dons. O comentarista das lições é o pastor Elinaldo Renovato, autor de diversos livros publicados pela CPAD, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, e professor universitário.
INTRODUÇÃO COMENTÁRIO
A Bíblia de Estudo Pentecostal define “dons” como “manifestações sobrenaturais concedidas da parte do Espirito Santo, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum”. Neste trimestre analisaremos os dons de Deus dispensados á Igreja para que, com graça e poder, ela proclame o Evangelho de Jesus a toda criatura. Além de auxiliar o Corpo de Cristo no exercício da grande Comissão, os dons divinos subsidiam os santos para que cheguem à unidade da fé (Ef 4.12,13).
COMENTÁRIOS
Deus, o Criador de todas as coisas, do universo, dos seres vivos e do homem, compraz-se em ser um doador de bênçãos. Faz parte de sua natureza divina, do seu caráter e de sua essência, conceder dádivas ou dons ao ser criado à sua imagem, conforme a sua semelhança. Ao criar o ser humano, homem e mulher, deu-lhes o sopro divino, o primeiro dom, o dom da vida. Não apenas a vida biológica, mas a vida espiritual, a vida eterna, com a qual o homem poderia desfrutar para sempre da gloriosa presença do Criador, sem sofrer os males decorrentes do pecado.
A Queda foi a tragédia de dimensão espiritual, humana e cósmica. O homem não soube aproveitar a grande dádiva da existência e da vida, propiciada pelo Ser Supremo. E desperdiçou a grande oportunidade de viver com Deus, no paraíso, que se estenderia por todo o planeta, num ambiente plenamente adequado para uma vida especial. Perdeu a vida eterna, restando-lhe o dom da vida na dimensão biológica, sujeito às fraquezas e desordens naturais.
Mas Deus provou que tem um plano especial para o homem, na face da Terra. E propiciou a redenção da humanidade, com a promessa da “semente da mulher” (Gn 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, o Diabo e seus seguidores. Jesus, a maior dádiva de Deus à humanidade, nasceria de uma mulher (cf. Is 7.14), para ser morto, em sacrifício pelo homem perdido, e tornar-se o vencedor do pecado, da morte e do Diabo. A salvação foi o maior dom de Deus ao mundo (Jo 3.16). O dom da vida eterna, em Cristo Jesus.
No plano de Deus para o planeta Terra, Ele previu a formação de um povo especial, que deveria representar os interesses do seu Reino. Foi o povo de Israel (Ex 19.3-6).
O Senhor deu a Israel todas às condições para ser um “reino sacerdotal e povo santo”. Mas Israel não entendeu os sublimes propósitos de Deus para sua história. Ao longo de séculos, alternou-se em servir a Deus e a desobedecer a sua vontade. Bênçãos e castigos fazem parte de sua história. Culminando em sua rejeição por um tempo, para que Deus escolhesse outro povo para servir aos interesses dos céus no universo. Esse povo é a Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Cumprindo a promessa feita no Éden, de redenção da humanidade, Jesus veio ao mundo, no tempo de Deus (kairós), “na plenitude dos tempos” (G1 4.4), para congregar a sua igreja, como “… um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).
Na Antiga Aliança, Deus concedeu a Israel líderes extraordinários para guiá-los como povo eleito. Alguns tinham dons especiais, como Moisés, Arão, Miriã, Josué; outros eram profetas ou mensageiros, que tinham dons especiais, concedidos por Deus para a operação de sinais e maravilhas. Mas aqueles dons não estavam à disposição de toda a comunidade. Moisés fazia sinais ante Faraó, e o povo apenas tomava conhecimento e era beneficiário dos milagres de Deus. Eliseu fazia sinais, multiplicando o azeite da viúva; ou tornando doces as águas estéreis (2 Rs 3.20-22), e o povo era apenas espectador, ou nem tomava conhecimento de tais maravilhas.
Entretanto, na Nova Aliança (Novo Testamento), como parte do plano de Deus, em Cristo Jesus, Ele resolveu dar “dons aos homens” (Ef 4.8), após sua vitória sobre a morte e sobre todos os poderes do mal. Indo além dos “dons naturais”, Jesus resolveu capacitar seus servos, integrantes de sua Igreja, dando-lhes dons {carismas), que são postos à disposição de todos os salvos, no seio da comunidade cristã.
Os dons são “ferramentas”, por assim dizer, à disposição da igreja, para que essa exerça sua missão profética, de proclamadora do evangelho de Cristo, de modo eficaz, contra “…os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12), usando a “armadura do salvo”, na guerra espiritual sem tréguas a que todo salvo é submetido. Neste estudo, veremos o que são os dons, seu propósito e sua classificação, e como são postos à disposição dos salvos em Cristo Jesus.
Nunca foi tão necessária a manifestação dos dons do Espírito Santo, como nos dias atuais visto que estamos vivendo numa sociedade corrompida pelo pecado e enganada por falsos milagres e ensinamentos que contradizem o verdadeiro evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Existe em toda a Bíblia Sagrada pelo menos quatorze palavras para referir-se a dons, cinco delas em hebraico e nove em grego. Porém o apóstolo Paulo emprega a palavra charisma, para indicar os dons do Espírito Santo, as suas graças, gratuitamente conferidas para a obra do ministério (1 Co 12.4,9,28,30,31). A Palavra Charisma é usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certas variedades de aplicação.
As habilidades dadas a cada pessoa pelo Espírito Santo são chamadas de dons espirituais. E capacita a quem os recebe para ministrar às necessidades principalmente do Corpo de Cristo que é a Igreja. Nesta análise, de natureza introdutória, chamamos de “dons de Deus” a todos os carismas concedidos por Deus, de diversas formas, como recursos de origem divina, que têm o propósito de capacitar os salvos em Cristo Jesus, como membros da Igreja, para que esta alcance sua Missão e seus objetivos, definidos pelo seu Senhor, Cabeça e Mestre.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 9-11.
DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE
1Co 12.7 “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil”.
PERSPECTIVA GERAL. Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26 nota). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
(1) As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).
(2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).
(3) É anticíclico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível.
Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
(4) Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21; ver o estudo PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO).
OS DONS ESPIRITUAIS. Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
(1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22).
Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).
(2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
(3) Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20, nota sobre a fé verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
(4) Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados (ver o estudo A CURA DIVINA). Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15 notas).
(5) Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2 nota; ver o estudo O REINO DE DEUS).
(6) Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas (ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA). Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18).
Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado.
(b) Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3; ver o estudo O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO). (c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).
(7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (ver 14.29 nota; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5 nota) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1 nota), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.
(8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas… dos anjos” (13.1; ver cap. 14 notas; ver também o estudo O FALAR EM LÍNGUAS). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28; ver o estudo O FALAR EM LÍNGUAS).
(9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
1 Lição do 2 Tri 21 E Deu Dons Aos Homens
I – OS DONS NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
O Dicionário Bíblico Wycliffe mostra que há várias palavras hebraicas que significam “dádiva”. A origem dessas palavras está na raiz hebraica nathan, que significa “dar”. Por isso, podemos afirmar que no Antigo Testamento há vislumbres dos dons divinos concedidos a pessoas peculiares como reis, sacerdotes, profetas e outros. Todavia, os dons divinos não estavam acessíveis ao povo de Deus da Antiga Aliança como observamos no regime da Nova Aliança.
COMENTÁRIOS
A palavra “dom” tem vários significados no texto bíblico. No Antigo Testamento, escrito em hebraico, há várias palavras que traduzem o sentido de “dom”. Dentre elas, destacamos os termos mattan, com o sentido de alguma coisa oferecida gratuitamente, ou “um presente”, como em Provérbios 19.6; 21.14; ou como dote, dádiva (Gn 34.12). Há o termo maseth, que também significa “presente”, “dádiva” (Et 2.18; Jr 40.5); a mais usada, no entanto, é minchach, que ocorre duzentas e nove vezes, com o significado de “oferta”, “presente” (SI 45.12; 72.10). Em todas as ocorrências, o sentido é sempre o de algo que é dado ou oferecido gratuitamente. No Antigo Testamento, os dons eram concedidos a pessoas específicas, chamadas por Deus para cumprir determinadas missões. Os dons não estavam à disposição de todo o povo de Deus.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 11-12.
DOM Diversas palavras com o significado básico de “dádiva” vêm da raiz hebraica nathan significando “dar”. Elas são usadas com relação a dotes (Gn 24.53; 34.12); a parte de uma herança (Gn 25.6; 2 Cr 21.3); uma oferta religiosa sacrificial (Nm 18.11); um incentivo para se obter o favor de outra pessoa (Pv 18.16; 21.14) e um suborno (Pv 15.27; Ec 7.7). A assistência pecuniária (Et 2.18) e um presente dado em sinal de respeito (2 Sm 19.42) são derivados da raiz hebraica nasa, que quer dizer “angariar”. E traduzida como “imposto” e “oferta” em 2 Crónicas 24.6,9. Em 2 Samuel 11.8 é traduzida como “iguaria” ou “presente”. A palavra hebraica minha é usada quando se trata de uma oblação (2 Sm 8.2,6; 1 Cr 18.2,6); shohad sempre quer dizer um suborno, um presente com o objetivo de escapar de uma punição (Êx 23.8; Dt 10.17). As palavras gregas no Novo Testamento se estão relacionadas ao verbo didomi: dosis pode ser usada com um sentido ativo de “dar” (Fp 4.15) ou com um sentido passivo de “dádiva” (Tg 1.17); doron é usada especificamente para “presente”, “dádiva” ou “oferta” (Mt 2.11), embora nem sempre necessariamente voluntário; dorea denota um presente (Rm 3.24). O presente supremo de Deus para a humanidade é o seu Filho (2 Cr 9.15; Jo 3.16). O Espírito Santo é o presente prometido do Pai, enviado pelo Filho, que deve ser recebido com uma fé ativa pelos cristãos fiéis (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7; At 1.4,5; 2.33,38,39; Gl 3.14). Os dons espirituais manifestam-se por meio do Espírito (1 Cr 12.1-11). Veja Dons Espirituais.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 581.
Lidiane Santos
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