EBD | Classe Adulto – Lição 12 – A Mordomia do Cuidado com a Terra
Fonte: Subsídios EBD
TEXTO ÁUREO
“Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.” (Sl 115.16)
VERDADE PRÁTICA
O salvo em Cristo deve ter uma consciência bíblica de sua responsabilidade com o meio ambiente.
Segunda – Gn 2.15: Deus pôs o homem no Éden para cuidar do jardim
Terça – Gn 1.26: O homem foi colocado para “dominar” a Terra
Quarta – Is 45.18: A Terra foi formada para ser habitada
Quinta – Gn 3.17: A maldição da Terra
Sexta – Jó 24.12: Os homens “gemem” nas cidades
Sábado – Ap 11.18: Deus trará juízo sobre quem destrói a Terra
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 1.26-30
26 – E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27 – E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 – E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
29 – E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 – E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
OBJETIVO GERAL
Pontuar que o salvo em Cristo deve ter uma consciência bíblica de sua responsabilidade com o meio ambiente.
HINOS SUGERIDOS: 204, 207, 213 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I- Destacar que o homem foi criado para ser mordomo de Deus;
II – Mostrar como Deus concedeu a Terra aos homens;
III – Apresentar o homem e sua relação com a Terra.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O homem foi preparado para ser o mordomo de Deus no planeta Terra. Foi para plantar, cultivar, constituir famílias, sociedade e construir empreendimentos, preservando os recursos naturais que Deus concedeu legitimidade ao homem para cuidar da Terra.
É preciso desenvolver a nossa consciência bíblica acerca dessa responsabilidade com a Terra. Não podemos contribuir para poluí-la, degradá-la e arruiná-la. O nosso Deus nos deu o privilégio de zelar pela Terra, o lar de todos nós.
ÁUDIO LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a vocação do ser humano para ser o mordomo de Deus na Terra. Veremos que Deus entregou este planeta aos nossos cuidados. Por isso, faremos uma reflexão bíblica sobre a responsabilidade humana com o ambiente natural. Concluindo, perceberemos que há promessas bíblicas para a restauração da Terra. Nosso Senhor há de restaurá-la plenamente.
PONTO CENTRAL
É preciso ter consciência bíblica de nossa responsabilidade com o meio ambiente.
I – O HOMEM FOI CRIADO PARA SER MORDOMO DE DEUS
- O mordomo da Terra.
Deus chamou o homem para ser o mordomo (gr. oikonomos) da Criação. Pela fé, entendemos que ela é obra de Deus, e não o resultado de um processo evolutivo “planejado” pelo acaso. Não há lógica em dizer que um sistema tão complexo como o da Criação tenha sido fruto de algo aleatório. A Bíblia afirma que Deus criou o Universo, fazendo-o surgir a partir de sua palavra (Hb 11.3). Por isso, o Criador é digno de receber toda a glória, toda a honra e todo o poder pela obra de suas mãos (Ap 4.11).
- A terra habitável.
Deus fez a Terra para que os seres humanos a habitassem. O homem foi autorizado por Deus a desfrutar da plenitude da Terra, e para desta sustentar-se, conforme diz a Bíblia: “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro” (Is 45.18).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O homem foi criado para ser um mordomo de Deus na Terra.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Faça uma pesquisa sobre os rios, lagos ou lagoas próximos de sua localidade. Procure conhecer como eles eram há 20, 30 ou 50 anos, e como são hoje. Munido dessas informações, faça uma reflexão com os alunos a partir de sua pesquisa. Inicie a aula perguntando como era os rios da redondeza na época dos pais e avós deles. Leve-os a refletir sobre o que levou aos rios de ontem estarem poluídos hoje. Mostre que, à luz da Bíblia, e da lição estudada, essa não é a vontade de Deus. Afirme que é possível um país se desenvolver, e ao mesmo o tempo, preservar seus recursos naturais.
II – DEUS CONCEDEU A TERRA AOS HOMENS
- A Terra é do Senhor (Sl 24.1).
As Escrituras declaram que a Terra é de Deus, e que Ele a confiou aos homens (Sl 115.16; cf. Dt 10.14). O que o Criador espera de nós é o zelo, o cuidado e a sabedoria para exercer a nossa mordomia sobre a Terra. Nesse sentido, espera-se que os crentes, em Jesus, sejam o exemplo na relação com o meio ambiente. Não podemos contaminar os recursos naturais; precisamos evitar os desperdícios e o uso irracional da água.
- A natureza – uma dádiva da graça de Deus.
A natureza é um presente de Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Por meio dela, Deus nos garante o ar, a água, o sol, a chuva, a germinação das plantas, o fruto e os alimentos necessários à nossa subsistência.
Sem a natureza, não haveria vida. Tudo isso são dádivas naturais, fruto da graça de Deus, conforme nos revela o Evangelho: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Por isso, quando fizermos alguma refeição, agradeçamos a bondade de Deus, e reconheçamos a sua provisão (Sl 65.8-13).
- A missão de governar a Terra.
Deus governa o cosmos. Assim como todos os planetas, estrelas e outros corpos celestes, a Terra pertence a Deus. Primeiramente, por direito de criação. Diz o Gênesis: “No princípio criou Deus o céu e a terra” (Gn 1.1). Em segundo lugar, por direito de preservação. Deus preserva todos os aspectos da natureza: “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30; 65.9-13). Portanto, cuidemos com zelo do ambiente natural (Gn 1.26).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A Terra é do Senhor, a natureza é uma dádiva divina e, por isso, o homem deve cuidar da Terra.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Ao refletir sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.
Posto que a totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.229).
III – O HOMEM E SUA RELAÇÃO COM A TERRA
- A Terra antes do homem.
O livro de Gênesis assim descreve a situação do reino vegetal, no Éden, antes da criação do homem: “Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra.” (Gn 2.5,6). O ser humano, por conseguinte, era, e continua a ser, indispensável ao cultivo, à guarda e à preservação do planeta. Essa é a nossa missão.
- A Terra depois da criação do homem.
O segundo capítulo de Gênesis narra a formação do homem e a sua vocação para ser o mordomo do jardim (Gn 2.7,8). Nesse tempo, a ecologia era perfeita. Deus plantou um jardim para colocar o homem nele. Isso só ocorreu depois que o ambiente natural já estava pronto para ser habitado.
Muitas foram as árvores que brotaram, inclusive “a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.9). Após a disposição dos ecossistemas, o Criador entregou ao homem a sua grande missão: “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” Gn 2.15).
- A Terra depois da Queda.
O homem desobedeceu a ordem divina, e comeu do fruto proibido. Por causa dessa desobediência, Deus exerceu severo juízo sobre ele e sobre a natureza. Diz o Gênesis: “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn 3.17).
Dessa forma, toda a ecologia do planeta foi prejudicada pela ação pecaminosa do homem (Rm 8.20,21). Por causa dele, o ambiente natural tornou-se hostil à sobrevivência humana.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A relação do homem com a Terra se resume em antes e depois de sua criação, e depois da Queda.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Ao refletir sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.
Posto que a totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.229).
IV – A MORDOMIA DO MEIO AMBIENTE
- A falha do homem na mordomia da Terra.
Você já ouviu falar em “desenvolvimento sustentável”? É a missão de prover o desenvolvimento econômico e tecnológico sem esgotar os recursos naturais do planeta. Essa não é uma tarefa fácil, pois o interesse pelas riquezas naturais tem levado o homem a não se preocupar com a conservação do meio ambiente (1 Tm 6.10).
O objetivo do chamado desenvolvimento sustentável, além de garantir a preservação ambiental, é assegurar uma condição digna de vida às gerações futuras. Na maioria dos países, a exemplo do Brasil, as cidades em geral são ambientes poluidores, dominados por estruturas corruptas, imoralidade e violência sem controle. Nesse sentido, as palavras de Jó são reveladoras: “Desde as cidades gemem os homens, e a alma dos feridos exclama, e contudo Deus lho não imputa como loucura” (Jó 24.12).
Em resumo, os processos de urbanização e industrialização se tornaram símbolos de poluição e degradação do meio-ambiente.
- A degradação da Terra.
O adversário de nossa alma, Satanás, tem atuado contra o ser humano na Terra (Jó 2.1,2). Ele provoca tragédias espirituais, morais e físicas contra o homem. Assim, movido por sentimento de ganância e avidez, ou por não procurar fazer o uso correto dos recursos naturais, o homem deteriorou o meio ambiente e causou grandes desastres ambientais. Quantos rios que, outrora limpos e cheios de peixes, são agora poluídos e impróprios à saúde?!
- A restauração da Terra.
A Palavra de Deus declara que “a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.20,21). Agora, a criação encontra-se sujeita à degradação, aguardando o dia da sua redenção. O Senhor nosso Deus prometeu, um dia, restaurar plenamente o nosso planeta (Is cap. 35).
SÍNTESE DO TÓPICO IV
Num contexto de falha na mordomia e degradação da Terra, há uma promessa divina de restauração.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Ao refletir sobre o momento em que o propósito de Deus para a criação será cumprido, Paulo escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Paulo, então, revela que toda a criação está gemendo, em ardente expectativa por esse momento (8.19-22). Assim também os crentes, apesar das bênçãos que têm recebido. Eles igualmente gemem, esperando a redenção do corpo (8.23-25). Nesse ínterim, porém, ‘sabemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto’ (Rm 8.28). O fato de possuírem os seres humanos a capacidade de amar a Deus pressupõe que a humanidade foi dotada com o livre-arbítrio na criação.
Posto que a totalidade da criação aponta para o propósito salvífico de Deus, é de esperar que haja neste propósito provisão suficiente para toda a humanidade, inclusive uma chamada universal à salvação. Os propósitos salvíficos de Deus também resultaram na criação de uma criatura com livre-arbítrio” (HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.229).
CONCLUSÃO
Antes da Queda, o ambiente natural era perfeito, sem alterações climáticas, sem catástrofes ou fenômenos que ameaçassem a vida humana. No entanto, depois da desobediência do homem à voz de Deus, tudo mudou. Houve um prejuízo imenso tanto para o homem quanto para a Terra. O pecado transtornou a natureza. Mas há promessa de Deus para a restauração da Terra. Isso ocorrerá quando o Senhor Jesus implantar pessoalmente o Reino Milenial neste mundo.
Lidiane Santos
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