EBD | Classe Jovem – Lição 5 – Conselhos Valiosos para a Vida Cristã em Família
Fonte: Portal da Escola Dominical
3º Trimestre de 2019
Introdução
I-A Conduta da Mulher Cristã;
II-A Verdadeira Beleza;
III-A Conduta do Homem Cristão.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Descrever a conduta da mulher cristã segundo as Escrituras;
Explicar e incentivar à busca pelo padrão da verdadeira beleza;
Aprender sobre os deveres conjugais do homem cristão.
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Valmir Nascimento:
Nas Escrituras o casamento e o relacionamento conjugal são temas altamente valorizados. Isso porque, a família não é uma criação humana, mas divina. Foi ela formulada para ser um centro de comunhão entre os cônjuges, a célula básica a partir da qual as bênçãos de Deus brotariam e se espalhariam sobre a terra (Gn 1.28).
Todavia, para que a família seja bênção, e não maldição, núcleo de cooperação mútua e não de desavenças, requer-se que o matrimônio seja construído com estrita observância aos princípios bíblicos, e que cada cônjuge desempenhe com fidelidade o respectivo papel que lhe foi ordenado por Deus.
Dentro dessa perspectiva, Pedro tinha consciência da importância de instruir os seus leitores acerca da vida do lar, mais especialmente sobre os deveres da esposa e do esposo, como requisito fundamental para a edificação do matrimônio. Por essa razão, Pedro e Paulo investem muito tempo escrevendo instruções para as esposas e maridos; pois, nas palavras de Simon Kistemaker, eles “sabem que as unidades familiares são os tijolos que formam a construção da sociedade e que um relacionamento saudável entre marido e mulher é o cimento que une a família”i.
Assim, depois de tratar de aspectos mais abrangentes em sua carta, envolvendo as relações sociais e políticas, Pedro chega ao círculo íntimo do relacionamento conjugal, passando a oferecer aos seus leitores conselhos valiosos para a vida cristã em família.
A Conduta da Mulher Cristã
A submissão da esposa cristã (3.1)
Ainda se valendo do princípio da submissão, aplicado anteriormente ao governo e aos superiores, Pedro dirige agora sua atenção para a família. Ele recomenda inicialmente que as mulheres sejam sujeitas aos seus próprios maridos (v.1).
A palavra “semelhantemente” não significa que as mulheres sejam comparadas aos escravos, evidentemente. Pedro está se referindo ao princípio fundamental da submissão, equivalendo a expressão ao advérbio também. Assim como os cidadãos estão sujeitos às autoridades, e os servos aos seus senhores, as esposas também devem estar sujeitas aos seus maridos.
Mesmo assim, longe daquele contexto cultural, a expressão parece forte e até mesmo ofensiva para os nossos dias. A imagem contemporânea de uma esposa submissa é de uma coitadinha, silenciosa, deprimida, sendo pisada e chicoteada por um carrasco abusivo e infiel; ou alguém que não abre a boca, pois não tem a opinião formada sobre nada, uma verdadeira nulidade ii.
Todavia, a orientação de Pedro não significa uma subserviência cega, pela qual a esposa deva se colocar numa situação de servidão ao seu cônjuge, nem sugere que os homens sejam melhores que as mulheres. As Escrituras ensinam que a mulher foi criada por Deus como a auxiliadora, a companheira do homem (Gn 2.18). Em termos bíblicos, a esposa se submete voluntariamente ao seu marido não porque o sexo feminino seja inferior ao masculino, e sim porque o esposo recebeu de Deus a autoridade do lar (Gn 3.16; 1 Co 11.3; Cl 3.18; Tt 2.5).
Então, como podemos definir este tipo de submissão? Judith Kemp esclarece que submissão significa “render uma obediência inteligente e humilde a alguém que tenha sido investido de poder por Deus” iii. Quando uma mulher se dispõe a ser submissa, afirma Judith, “ela também se realiza, porque o Senhor abençoa o seu lar com a paz, a unidade e o afeto que ela necessita para sentir-se amada, protegida e segura” iv.
Note que a submissão da mulher a que Pedro alude é em relação ao marido, dentro do casamento, e não ao sexo masculino em geral. Isso porque, a mulher é um ser criado por Deus (Gn 1.26,27), detendo a mesma dignidade e honra humana. Na perspectiva cristã, portanto, não há distinção no status entre homem e mulher; somos um em Cristo Jesus (Gl 3.28).
É válido recordar que o cristianismo foi responsável por elevar a mulher à condição de igualdade e dignidade social. Em muitas culturas antigas elas ocupavam posição de inferioridade, eram excluídas da vida social e até mesmo tratadas como objetos. Jesus, por outro lado, sem desprezo e indiferença esteve com elas (Jo 4.10-26; 11.2027), recebeu seus atos de bondade e apoio financeiro (Lc 8.3), estendendo seu tratamento gracioso às pecadoras e rejeitadas pela sociedade (Jo 12.1-11; Mt 21.31; Jo 8.1-11). Foi às mulheres, aliás, que o Senhor primeiro apareceu logo após a sua ressurreição (Mt 28.9).
Nos passos do Mestre, o cristianismo sempre rejeitou a concepção da mulher como objeto e propriedade do homem conferindo-lhe direitos e garantias contra qualquer tipo de subjugação e opressão. Em Romanos 16.1-7,12, as mulheres são particularmente mencionadas pela sua liderança, sabedoria e serviço no ministério.
Tais ensinamentos são suficientes para rejeitar tanto o machismo quanto o feminismo presente na sociedade contemporânea. Enquanto o primeiro é uma postura que supervaloriza o sexo masculino em detrimento do feminino, o segundo é uma ideologia diabólica que distorce o papel da mulher, criando uma luta dos sexos.
Ganhando o esposo não crente (3.1,2)
A conduta respeitosa da mulher cristã para com o seu esposo é importante inclusive como uma forma de ganhar aqueles que ainda não conheciam ao Senhor: (…) para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, escreveu Pedro.
Naquele contexto, na medida em que a comunidade cristã se expandia, era comum que mulheres casadas se convertessem, enquanto seus cônjuges continuavam no paganismo. Conforme levantamento de Jeremiah Johnston, havia mais mulheres do que homens na Igreja Primitiva. Provavelmente, 64% dos cristãos eram mulheres por volta de 80 d.C v.
A conversão feminina provocava tensão dentro do lar, pois os maridos viam isso como uma forma de infidelidade e insubmissão, visto que, na cultura do primeiro século, era esperado que as mulheres adotassem a mesma religião dos esposos. A ênfase de Pedro nesse assunto se deve ao fato de tal situação ser bem mais difícil do que o caso de um homem convertido casado com uma mulher pagã.
Apesar de todos os desafios que enfrentariam, as mulheres cristãs não deviam desonrar os seu maridos e muito menos abandoná-los. Por meio de um temor santo e um bom testemunho dentro do lar (v.2), a esposa poderia levar o seu companheiro aos pés de Cristo, mesmo sem proferir qualquer palavra. Isso porque, o procedimento da mulher sábia fala mais alto do que a sua voz!
É possível que os maridos a que Pedro se refere já tivessem ouvido o Evangelho, conforme se subentende na expressão “se algum não obedece à palavra…”. Desse modo, o escritor sacro não está sugerindo que não precisamos usar as palavras para anunciar as Boas-Novas, e sim que no caso em questão a melhor forma de ganhar os maridos era pelo estilo de vida humilde e temente a Deus. A esposa sábia, que edifica o seu lar, conduz o marido a Cristo por meio de sua conduta respeitosa, amorosa e paciente.
Este princípio não se aplica somente às mulheres. Na verdade, o conselho do apóstolo Pedro é uma aplicação específica do ensinamento que ele deu em 2.12, sobre viver honestamente entre os descrentes, os quais observam as nossas boas obras. Desse modo, assim como o bom proceder da esposa pode levar o marido aos pés da cruz, o esposo pode fazer o mesmo em relação à sua esposa descrente. Uma vez que estamos sendo observados pelo mundo, é nosso papel adotar um estilo de vida que honre ao Evangelho e conduza as pessoas ao Senhor Jesus.
Uma outra razão do conselho bíblico para ganharmos os descrentes mesmo sem usar as palavras, é que não são poucos aqueles que não sabem usar as palavras adequadas para pregar o Evangelho. Em vez de conduzir a Cristo, acabam afastando as pessoas ainda mais. Em muitas ocasiões, isso ocorre por falta de sabedoria e de experiência para conduzir alguns diálogos com os descrentes.
Às vezes, falar sobre religião gera discordâncias e conflitos, principalmente quando o crente, em vez de anunciar as Boas-Novas de maneira piedosa, acaba por condenar o outro ou fazer comentários depreciativos sobre a religião alheia. Nesse caso, realmente era preferível ter ficado calado, privilegiando o evangelismo silencioso e testemunhal.
O fato é que o apóstolo se preocupava com a salvação dos esposos incrédulos, mas também com a preservação do matrimônio. Isso porque, a indissolubilidade do casamento é um princípio bíblico nuclear para a família. O que Deus uniu, não separe o homem (Mc 10.7-9). O casamento não é para durar até a paixão acabar ou até a beleza se esvair. É para a vida toda.
Em nossos dias, a instituição familiar sofre ataques de vários lados; casais se unem em casamento como se fosse uma aventura qualquer, e rapidamente se separam por motivos banais. À luz das Escrituras, os cristãos continuam defendendo que o matrimônio é uma instituição sagrada. Por esse motivo, a decisão de constituir uma família deve ser tomada com muita cautela e oração, pois não se trata de um simples contrato, mas o solene ato pela qual duas pessoas se tornam uma só carne.
A Verdadeira Beleza
O perigo da vaidade (3.3)
Dentro da cultura pagã, havia uma preocupação excessiva com a aparência exterior. As mulheres se valiam de vários adornos e adereços, fabricados com pedras e metais preciosos, com o propósito de seduzir os homens. Contrário a esse modelo, Pedro orienta as servas de Deus a agirem de um jeito diferente: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura de vestes” (v.3). Na versão do King James assim está escrito: “Portanto, o que vos torna belas e admiráveis não devem ser os enfeites exteriores, como as tranças do cabelo, as finas joias de ouro ou o luxo dos vestidos”.
Certamente, Pedro não está pondo em questão o cuidado que a mulher naturalmente tem com a aparência. A advertência é contra a conduta vaidosa, a valorização excessiva da aparência exterior.
Os dicionários definem vaidade como a ostentação das próprias características pessoais, e também como a qualidade do que é vão, inútil, sem valor. Eis o motivo pelo qual as Escrituras insistentemente exortam contra este pecado (Jó 15.31; Sl 24.4; Jr 51.18). O envaidecimento pode se manifestar em todas as áreas da vida, mas é na aparência pessoal que ele mais se revela.
Como é fácil supor, as mulheres romanas gostavam de seguir a tendência da moda e certamente competiam entre si em termos de vestes e penteados. Os adereços eram usados com o propósito de impressionar os outros e até mesmo para causar inveja.
Essa postura em nada difere daquela que presenciamos em nossos dias. Se o autor sagrado tinha motivos suficientes para conscientizar a comunidade cristã ainda no primeiro século, vivendo numa sociedade que ainda desconhecia os apelos da mídia e da moda, quanto mais tem a igreja em atentar para os perigos da vaidade no Século XXI. Afinal, o tempo presente é marcado pela busca da beleza efêmera, pela supervalorização do corpo e da estética pessoal. O crescimento da indústria cosmética e dos acessórios de embelezamento mostra a devoção excessiva das pessoas em busca da aparência e do corpo ideal.
O conselho de Pedro caminha na contramão dessa cultura. A mulher cristã não precisa imitar o mundo para ganhar o seu cônjuge, seguindo o padrão de beleza da sociedade. E da mesma sorte, aplicando o ensinamento sobre outra vertente, o marido cristão não deve exigir ou esperar que a sua esposa adote os adereços da última moda simplesmente para lhe satisfazer. O amor não precisa de justificativas e muito menos de incrementos visuais.
A beleza interior e o exemplo das mulheres de Deus (3.4-6)
O cerne do ensino do escritor bíblico é que a verdadeira beleza não está no exterior, naquilo que é aparente, nas roupas de grife e nas joias caras e extravagantes, e sim no interior do coração (v.4). Os adornos e as roupas da moda com o tempo perecem e perdem o valor, assim como a beleza física um dia se vai.
Conforme Warren Wirsbe, “o glamour é artificial e exterior; a verdadeira beleza é real e interior. O glamour é algo que a pessoa pode por e tirar; mas a verdadeira beleza está sempre presente” vi. Wirsbe ainda diz que “o glamour é corruptível; desfaz-se e some. A verdadeira beleza do coração torna-se mais maravilhosa com o passar do tempo. A mulher cristã que cultiva a beleza do ser interior não precisa depender de adornos exteriores vulgares” vii. Afinal, “Deus se preocupa com valores, não com preços” viii.
Diferentemente da beleza superficial, o encanto que brota do interior, consistente num caráter manso e sossegado, que é precioso diante de Deus, nunca se deteriora. Por certo, isso não significa que a mulher cristã deva descuidar da sua aparência e vestuário. Afinal, uma vez que o corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16), é precisamos zelar dele como verdadeiros mordomos, alimentando e cuidando (Ef 5.29), assim como usando as roupas adequadas.
Na vida cristã, caráter e conduta valem mais do que a aparência estética. Todavia, aquilo que trajamos revela o que há dentro de nós, seja bom ou ruim. Assim, a mulher cristã é aconselhada a se vestir com modéstia e discrição (1 Tm 2.9-10). Com graça e elegância, pode-se velar um viver lindo e transformado por Cristo.
Pedro usa o exemplo das santas mulheres de Deus: “Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus e estavam sujeitas ao seu próprio marido, como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós sois filhas, fazendo o bem e não temendo nenhum espanto” (vv.5,6). Kistemaker explica que ao chamar as mulheres do Antigo Testamento de “santas”, Pedro não quer dizer que eram perfeitas; ele está referindo-se ao seu relacionamento com Deus, pois seu espírito manso e tranquilo era precioso aos olhos de Deus ix.
Tais mulheres eram dignas de serem imitadas por causa de três virtudes essenciais. Em primeiro lugar, elas se adornavam de um jeito especial, ou seja, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Em segundo lugar, esperavam em Deus; isto é, tinham esperança e fé no Senhor. E, em terceiro lugar, eram sujeitas aos seus maridos, como exemplo de obediência e respeito.
O fato de Pedro usar as mulheres do passado como modelo de conduta é significativo para os nossos dias, e nos leva a uma pergunta intrigante: A quem as mulheres cristãs estão imitando ou tendo como modelo? As santas mulheres de Deus ou as celebridades do presente? Quem influencia a nossa forma de vestir? O povo de Deus ou os artistas do mundo? A resposta honesta a essa pergunta vai nos revelar a razão de ser do ensino do apóstolo Pedro!
A Conduta do Homem Cristão
A responsabilidade do esposo cristão (3.7)
Pedro não restringe seus conselhos às mulheres; ele também se dirige aos maridos cristãos. Ele diz: “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações” (v.7).
A palavra “igualmente” (v.7) denota que, assim como a mulher, o homem tem as suas responsabilidades matrimoniais, porquanto o casamento exige obrigações recíprocas entre os cônjuges.
O fato de o homem ser o detentor da autoridade familiar, aliás, lhe exige maiores responsabilidades, começando por saber exercê-la com sabedoria. O esposo e pai cristão deve governar sua casa com autoridade e não com autoritarismo, falta de respeito e truculência.
O homem é o líder, não o ditador do lar. Por meio do exercício correto do poder que lhe fora confiado por Deus, o homem cumpre fielmente o papel de governante, protetor e provedor do lar (1 Tm 3.4; 5.8), não somente no aspecto material, mas também espiritual e emocional.
Convivendo com entendimento
Considerando que o marido cristão ocupa a posição de autoridade do lar, Pedro instrui os maridos a viverem com vossas esposas a vida cotidiana do lar, com sabedoria, proporcionando honra à mulher como parte mais frágil e co-herdeira do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as vossas orações (King James).
O primeiro ensinamento que flui dessa passagem é a importância da convivência familiar. Devem ser sábios no convívio. O trabalho e os afazeres do dia a dia, nem mesmo eclesiásticos, não podem tirar a atenção e o cuidado devido à esposa. Coabitar com entendimento implica constante diálogo e comum acordo, visando o bem-estar de toda a família.
Em segundo lugar, o esposo cristão é instado a tratar sua mulher com consideração e respeito, porquanto ela é merecedora de honra, como um verdadeiro presente de Deus. O conselho de Paulo aos Efésios (2.55) é muito importante para corroborar as palavras de Pedro, pois coloca lado a lado as responsabilidades do casal. Se por um lado a esposa é exortada a obedecer ao seu marido, este por sua vez tem o dever de amar a sua esposa. Os papeis do homem e da mulher dentro do matrimônio são distintos, mas estão intrinsecamente relacionados. A obediência que se espera da mulher é baseada no amor; e o amor que o homem nutre pela sua adjutora faz-lhe liderar o lar com sabedoria, bondade e sensibilidade.
Em ambas as obrigações, Jesus é o ponto de referência. A mulher obedece ao seu esposo, como obedece ao Senhor. E o homem, por sua vez, ama a esposa como Cristo amou a sua igreja. O padrão de obediência da mulher é ela mesma, por causa de Cristo, mas o paradigma de amor do homem é o de Cristo em relação à igreja. A obediência da mulher pode ser condicional, a depender da conduta e das intenções do marido. Mas, o amor do homem pela sua esposa, é sempre incondicional. Jaime Kemp diz: “O amor que o marido deve ter pela esposa deve ser incondicional, ou seja, independente das circunstâncias, da personalidade dela, da sua beleza ou humor” x.
O terceiro aspecto subentendido no texto é que o marido cristão precisa considerar as características femininas, a sua condição física e emocional. Ao se referir à mulher como “vaso mais fraco” Pedro não está desmerecendo o sexo feminino, e sim chamando a atenção para que o esposo cuide com esmero e carinho da sua companheira, como um delicado vaso de porcelana, o que sugere apoio, cortesia, cavalheirismo e compreensão. Isso se aplica a todos os âmbitos do relacionamento, inclusive sexual (1 Co 7.3).
A igualdade espiritual
O autor reforça a igualdade entre homem e mulher à luz das Escrituras ao dizer que ambos são coerdeiros da graça divina. A salvação e as bênçãos espirituais não são privilégios dos homens, pois Deus não faz acepção de pessoas.
Mais um motivo para Pedro advertir os homens sobre a importância do tratamento dispensado às esposas, sob pena das orações serem impedidas de chegarem a Deus. Em outras palavras, a relação matrimonial tem consequências espirituais. A oração não tem efeito quando faltam respeito e cumplicidade no lar!
A oração é uma necessidade dentro da família cristã. Somos instados a mantermos uma vida constante de oração. Para estar forte espiritualmente, a família deve adotar o culto no lar e a oração em família. Todavia, a oração não é um ato formal; ela deve espelhar a boa convivência entre os membros da casa.
A síntese do ensino de Pedro é que o marido e mulher vivam juntos, e o homem é chamado a ter sabedoria no modo de tratar a esposa, por ser ela mais delicada; deve tratá-la com honra, com dignidade, mais ainda quando ambos são cristãos xi. O relacionamento conjugal tem implicações espirituais. As orações são efetivas ou não, dependente da situação do casal.
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Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Lidiane Santos
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