EBD | Ser professor de jovens e adultos na EBD do século XXI: desafios e horizontes

Introdução

Não se pode negar que o maior de todos os mestres foi e sempre será o Senhor Jesus. Ele fazia uso das coisas simples que estavam em sua volta e dessa forma ensinava com maestria. Jesus falava de situações contextuais; facilitava a aquisição de conhecimentos necessários aos seus contemporâneos para alcançarem o Reino de Deus,por meio da oração, no contato íntimo com o Pai. O Mestre conhecia as necessidades dos que lhes ouviam, pois seu maior propósito não era apenas transmitir conhecimentos, mas acima de tudo, conduzi-los à vontade de Deus. Sendo Ele o maior de todos os Mestres, na arte de ensinar, conquistava corações. Na sua simplicidade, Jesus continua um exemplo a ser seguido, pois utilizava de materiais visíveis, tornando, dessa forma, o aprendizado mais concreto. Da mesma forma, por meio da intima relação com Deus, o professor consegue dar sabor às aulas, tornando-as mais prazerosas,mais interessantes. Conforme escreveu o apóstolo Paulo: “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino”.Rm. 12:7

  1. O professor e o planejamento da lição

O professor da EBD deve apresentar um alimento saboroso aos alunos, para isso, ele precisa da orientação de Deus. Para o bom funcionamento no decorrer da aula, por meio do planejamento e oração.Ele também deve repensar sobre as aulas aplicadas, esses procedimentos tornam-se ações indispensáveis para facilitar o aprendizado. Nesse sentido, o professor deve fazer uso dos mais variados objetos (reálias), pequenos relatos e tantos outros apoios para suporte pedagógico. Em seu livro: A pedagogia de Jesus: O mestre por Excelência, JM PRICE (1980) afirma: “Não poucas vezes Jesus saía do seu círculo próprio, usando os acontecimentos do dia e revelando, assim, familiaridade com os afazeres temporais dos homens.”O Pastor Marcos Tuler (2006), em seu livro: “Abordagem e Práticas da Pedagogia Cristã”, afirma: “Jesus costumava complementar suas aulas expositivas com diversos meios de comunicação, como auxílio visuais e dramatizações. Ele usava qualquer coisa ou objeto que pudesse lhe servir de exemplos: aves, sementes, campos, figueiras, moedas e peixes”. (TULER, 2006, p.  204).

1.1. O professor do século XXI tem suporte tecnológico

Ensinar não é apenas transmitir conhecimentos, é perceber as necessidades dos alunos e saber os elementos contextuais do cotidiano deles. Pois diante de tantas tecnologias, o professor deve “pegar um gancho”, usar as ferramentas atuais para aprimorar as aulas e dessa forma, tornar o conhecimento mais atrativo, seja por meio de pequenos vídeos publicados em redes sociais, ou uma imagem que pode ser postada no grupo da classe, afinal, “uma imagem vale mais que mil palavras”. Sendo assim, o uso do celular não é proibido, ele tem sua utilidade, principalmente para reforçar ou dinamizar um aprendizado. Como também, tornam-se viáveis na E.B.D. o uso de notebooks, tabletes, data shows e tantos outros apetrechos tecnológicos que viabilizem a aquisição do saber.

 

1.2. O professor do século XXI conquista amigos

O aluno é alguém que tem problemas, por isso, precisa encontrar no professor alguém em que ele possa confiar e se sentir bem, tratá-lo de modo cortês é o mínimo que se espera.Esse bom relacionamento deve ser contínuo. Quando se dar a devida atenção a alguém, ela se sentirá muito importante. Logo, não se pode negar que essa socio

interação é de suma importância ao aprendizado.Nesse sentido,para o pesquisador, Vygotsky, apude Antunes 2002, afirma: “O sujeito não é apenas ativo, mas interativo, e é na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência”.

1.3. O professor do século XXI e a linguagem

A comunicação é condição basilar para o aprendizado acontecer, quando o professor usa uma língua e o aluno outra, certamente problemas podem acontecer. Nesse sentido, quando se fala de linguagem,está inclusa as verbais e não verbais; quando não há a devida preocupação com a linguagem, o feedback pode não acontecer,sendo assim, o professor vive num universo bem distante do contexto. Logo, haverá disparidades nas percepções, causando dessa forma um entrave para o aprender.

1.4. Como os jovens aprendem

O jovem é uma pessoa bem dinâmica, não gosta de formalidades e está aberto aos novos paradigmas. Eles ainda apresentam muitas dúvidas em relação a alguns princípios da fé cristã,por isso, o professor de jovens deve ter um bom conhecimento teológico para que possa discutir e sanar o questionamento deles. Aprender de forma participativa, descontraída e desafiadora é a marca desse segmento. A mesmice pedagógica afasta-os, deixando-os longe da E.B.D.

1.5. Como os adultos aprendem

Ensinar adultos é uma arte que requer habilidades muito específicas. Quando se fala em ensinar adultos, a questão torna-se ainda mais séria. Como ensinar a alguém com tanta experiência? Quais doutrinas ainda podem ser ensinadas a pessoas cujo tempo que servem ao Senhor há bastante tempo? Qual o melhor método de ensino para esse grupo tão especial da igreja?  Envolvê-los é fundamental, pois pelas experiências têm muito a contribuir.

Considerações finais

            Por fim, o professor da E.B.D. precisa estar atualizado, escolher o método para o segmento que ensina é condição “sinequa non”(indispensável). Ele deve ter a percepção de usar o material necessário para atrair os alunos, tornando-os participativos nas aulas da E.B.D.

REFERÊNCIAS Antunes, Celso, Novas Formas de Aprender, Ed.: Artmed: São Paulo: 2002.PriceJ. M. A pedagogia de Jesus; o mestre por excelência. Ed. JUERP, Rio de Janeiro: 1980.Tuler, Marcos. Abordagem e práticas na pedagogia cristã. Ed.:CPAD, Rio de Janeiro: 2006.

 

 

 

Sobre o autor: Hélio Oliveira é cristão, diácono da Assembleia de Deus em Rio Largo, professor de Língua Portuguesa e superintendente da ESCOLA DOMINICAL da congregação no bairro de Vila Minha Aldeia.

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Presbítero da Assembleia de Deus em Rio Largo, filósofo, professor de filosofia, pós-graduado em Ensino de Filosofia e blogueiro.