EBD | Classe Jovens – Lição 11- A oração sacerdotal de Jesus

Fonte: Escola Bíblica Dominical

OBJETIVOS 

• DEMONSTRAR O contexto em que foi proferida a Oração Sacerdotal:

DIMENSIONAR a importância da santificação para o cristão

ENFATIZAR a continuidade da missão da Igreja

TEXTO DO DIA

“ Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mordeste, e guardaram a tua palavra.” (Jo 17.6)

SÍNTESE 

A oração sacerdotal de Jesus nos permite sentir o quão profundo é o amor de Cristo por sua Igreja.

TEXTO BÍBLICO 

João 17.1-4: 9-11; 17-19; 22-23

Estudaremos nesta semana uma oração muito especial realizada por Jesus: A oração sacerdotal. Próximo do momento de sua prisão, essa oração propõe uma síntese das questões que envolvem a missão dos cristãos na terra, o processo de santificação, a vontade de Deus para com a sua igreja e as necessidades dos crentes para com o Pai Celeste. A oração proferida por Cristo revela misericórdia, justiça, glória e verdade de Deus para conosco.

O Mestre apresenta a Deus as nossas necessidades e pede que conheçamos a perfeita alegria, sejamos guardados do mal, cresçamos em verdade e em santidade e que possamos demonstrar o amor com as pessoas.

Essa oração, que faz parte de um momento tão intenso da vida de Jesus e de seus discípulos, nos permite um alento e um refrigério diante de tantos desafios que enfrentamos no mundo e nos lembra de que, em Deus, somos mais do que vencedores!

I – É CHEGADA A HORA 

1. Em fervente oração. Jesus, momentos antes de sua prisão, dirige a Deus essa oração que é um modelo de como devemos orar por aqueles que estão sob nossa responsabilidade Desde um pastor que ora por suas ovelhas um líder que ora pelos seus jovens, um Professor de Escola Dominical que ora por seus alunos até um pai que ora por seus filhos, a oração sacerdotal de Jesus é uma referência de comprometimento de um líder com Deus.

Entre os objetivos das nossas orações por aqueles que estão sob as nossas responsabilidades estão os anseios para que Conheçam profundamente a Jesus Cristo e sua Palavra: que sejam preservados por Deus das influências mundanas, que gozem da verdadeira alegria em Cristo: que em seus pensamentos e ações, reflitam a Jesus; que busquem a unidade no Senhor, que anunciem o Reino de Deus; que sejam perseverantes na fé e que, com Cristo, permaneçam no amor e na presença do Pai.

A oração sacerdotal é um marco no ministério de Cristo, pois nos permite perceber o cuidado do Mestre para com a grande amplitude dos desafios que seriam enfrentados pela igreja. Podemos observar que a vida de oração sempre foi uma constante no ministério de Jesus, veja o quão frequente essa prática era registrada: No batismo (Lc 3.21), de madrugada (Mc 13.5), no monte (Mt 14.23). antes de escolher os seus doze discípulos (Lc 6.12), na transfiguração (Lc 9.29). no Getsêmani (Lc 22.44), entre inúmeras tantas outras vezes.

Foram muitos os momentos de oração que marcaram O ministério terreno do Filho de Deus, porém a oração sacerdotal ocupa um lugar especial por sua amplitude de temas e chamados ao grande desafio proposto ao povo de Deus.

2. A mensagem da cruz. Jesus inicia sua oração falando: “Pai, é chegada a hora” (o 171) mas, que hora era essa? O momento em que Cristo, movido pelo amor infinito de Deus, deu a sua vida na cruz para que todos nós tenhamos acesso à vida eterna (do 3.16).

Foi um ato movido por um amor que nós jamais poderemos imaginar, mas que conseguimos senti-lo nos transformando, nos envolvendo e nos direcionando a seguir a Cristo em todos os momentos de nossa vida. Esse amor também leva a nos entregarmos diariamente em prol da salvação dos nossos irmãos (1 João 316), afinal o Pai não quer que ninguém se perca (Mt 18.14).

3. Para a glória de Deus. Mediante o sacrifício de cruz que se aproximava, o plano divino de redenção da humanidade estava chegando ao momento supremo onde o Cordeiro de Deus daria a sua vida por cada um de nós. Essa é uma história movida por um amor imensurável e contagiante (1 Jo 4.10). Como não viver intensamente o amor de Deus ao aceitar a Cristo com Salvador? Como não glorificar ao Pai com toda a nossa existência quando somos movidos pelo amor ágape? (1 Co 10.31).

Enfim, todas as coisas são para a glória de Deus e Cristo manifestou esse belíssimo fato em sua oração. Quando Jesus diz “glorifica o teu Filho” não busca a sua própria glória, mas sim a glória do Pai e do Filho que, com o Espírito Santo, formam uma única pessoa a Trindade (Jo 7.18: 1228).

II – SANTIFICA-OS NA VERDADE 

1. A tua palavra é a verdade. A Palavra de Deus tem um grande valor para aqueles que seguem a Jesus. Quando o Mestre ora pedindo proteção, alegria, santificação, união e amor, o faz referindo-se aos que atendem a requisitos básicos, veja: pertencem a Deus creem em Jesus: são separados do mundo; guardam a Palavra.

Diante desses requisitos, o guardar a Palavra tem um significado especial, pois, a medida em que as palavras de vida penetram no coração e na mente do cristão, ele se torna pertencente a Deus, crê em Jesus, torna-se separado do mundo e tem ainda mais sede pelas verdades eternas contidas na Palavra Viva

2. Que os livre do mal. Jesus durante essa oração especial pede ao Pai que livre os seus filhos do mal. O amor de Cristo o impeliu a interceder por cada um que teria que enfrentar os desafios que se levantaram ao longo de toda a história da igreja na terra, desde os momentos seguintes a sua crucificação até os dias finais. Mais adiante, o Mestre complementa pedindo que o Pai santifique os seus filhos na verdade.

É na santificação que acontece o processo de afastamento das influências malignas do mundo e uma aproximação com Deus. Quando os crentes buscam a santificação na Palavra que é a verdade de Deus, passam a viver um maravilhoso processo de constante santificação onde o mundo perde o significado e não mais consegue imperar sobre as vidas. Nesse momento, cada cristão volta-se para Deus adorando-o, servindo-o e buscando ainda mais da presença divina.

Deus nos livra do mal na medida em que nos aproximemos dEle! Assim como a proximidade de uma lareira nos esquenta e extingue o gélido ardo inverno, quando nos aproximamos de Deus e permitimos que o Espírito Santo conduza nossos passos, as forças mundanas se afastam e perdem o seu domínio sobre o homem.

3. Para que todos sejam um. Jesus pede algo muito especial para a sua Igreja: Que todos sejam um! E, para servir de referencial, usa o exemplo da própria relação existente entre o Pai e Ele mesmo Assim como o Pai e o Filho, juntamente com o Espírito Santo, são um formando a Trindade, os que fazem parte da Igreja devem também buscar uma unidade que não seja quantitativa, mas sim plena na formação de um só corpo, Jesus não se refere à união institucional e relacional entre pessoas e igrejas, mas à formação de um único corpo espiritual:

O Corpo de Cristo! O Mestre não pede que todos “formem” um, mas que “sejam” um. O desejo que é demonstrado na oração é para que essa união seja de uma amplitude espiritual de todos os que se entregam a Cristo, à palavra e a santificação.

III – PARA QUE O MUNDO CONHEÇA QUE ME ENVIASTE 

1. Odiados pelo mundo. Como o mundo nos vê? Qual o sentimento que as pessoas descrentes possuem por cada cristão convicto e comprometido com o Reino de Deus? Você já parou para pensar nessa questão? Se nós, enquanto igreja, formos aceitos pelo mundo e bem tratados pelos não cristãos, algo está muito errado!

Então quer dizer que devemos desejar sermos maltratados e odiados? A resposta não é tão simples assim: Se acharmos aceitável e desejável tal situação, estaremos vivendo em um conformismo para com as multidões que se perdem.

Nosso coração deve almejar intensamente a conversão dessas pessoas para que elas venham a confessar a Cristo e, então, viver plenamente uma nova vida. Mas enquanto essas pessoas não aceitam o sacrifício na cruz, terão ódio por cada um de nós, pois vêem em nossas vidas algo que não compreendem e não aceitam (1 Jo 3.13). Não odeiam a mim ou a você, mas sim, odeiam a Cristo que está em cada um de nós.

Nas palavras de Jesus: “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a VÓS, me aborreceu a mim” (Jo 15.18) Nós não somos deste mundo e, por isso, o mundo não nos aceita. Pense bem meu caro jovem:

A nossa missão não é apenas dizer aos pecadores deste mundo que “Jesus os ama”, mas sim, como voz profética, chamar o povo ao arrependimento, à mudança de vida, ao abandono do pecado e total renovação da forma de pensar (Rm 12.2).

É por isso que o mundo odeia a nós, cristãos, afinal somos chamados para fazermos a diferença (Mt 5.13,14).

2. E conheceram o teu nome. Foi através da obra de Cristo que o nome de Deus foi sendo conhecido pelos homens que estavam sendo alvos da intercessão naquele momento. A Palavra de Deus alcança as vidas e as transforma, mas para que isso ocorra, essa mensagem precisa ser manifestada no modo de viver de cada um que a propaga. Caro jovem, se você deseja proclamar o amor de Deus aos seus colegas, permita que eles vejam em você a manifestação desse amor.

Por exemplo: se anunciamos a bondade de Deus, vivamos plenamente essa bondade. Se permita ser o canal por onde as pessoas irão conhecer o nome de Deus e todas as suas maravilhas. Seja uma vara que, em Cristo, produz muito fruto (Jo 15.5).

3. A obra continua. Em um certo momento Jesus, dando as instruções finais aos discípulos, falou acerca da “frutificação” do cristão: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça […]” (Jo 15.16).

Com essa fala, o Mestre nos deixa um grande desafio: A continuação da sua obra! Em breve, o plano de redenção estaria consumado, o sacrifício de Cristo seria realizado e uma nova vida seria possível a todos os que crescessem.

Mas, para que todos os homens pudessem aceitar a salvação em Cristo Jesus, se faria necessário anunciar as boas novas! Após os Evangelhos, chegará a vez dos Atos dos Apóstolos. Após o sacrifício vivo, Cristo ordenou: Ide por todo o mundo! Nós somos chamados a viver a continuação da história da Igreja, somos escolhidos por Cristo para dar frutos e frutos que permaneçam!

A obra continua e cada um de nós, jovens, somos convocados pelo Mestre Amado a anunciar a todos que há esperança! Diga sim ao seu chamado!

CONCLUSÃO 

Na oração sacerdotal, Jesus intercede por si mesmo, por seus discípulos e pelos crentes que viriam a se converter em tempos futuros. E um dos momentos mais difíceis em seu ministério na terra: O sacrifício da cruz se aproximava, a prisão estava a poucos momentos de ocorrer e o Mestre tinha ainda alguns minutos para buscar com ardor as forças que seriam necessárias para tal desafio. São palavras que nos dão ânimo e nos fortalecem até os dias atuais. Obrigado Jesus!

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.