EBD | Classe Adultos – Lição 9 – O reinado de Joás

Fonte: Portal EBD

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos sobre o reinado de Joás; compreenderemos como os projetos de Deus são perfeitos, e embora combatidos, e por vezes tentados a destruição, eles contam com o cuidado Divino. Teremos a oportunidade de estudar o livramento divino na descendência de Davi, a restauração do culto ao Senhor; e, por fim, discorrer sobre os grandes riscos da idolatria.

I – OS RISCOS DE ALIANÇAS FORA DO PADRÃO DIVINO

A história de Joás é a prova de que alianças precisam de um padrão divino para darem certo, por vezes Deus alertou seu povo a não fazer aliança com ímpios (Êx 23.32-33), porém, não foi isso que um dos antepassados de Joás o rei Josafá fez, pelo contrário, ele casou seu filho Jorão com a filha de Acabe e Jezabel chamada Atalia (2Cr 18.1). Esta aliança não foi bem-vista pelo próprio Deus que lhe anunciou o que ela traria a sua descendência (2Cr 19.1,2). Quando Jeorão tornou-se rei em Judá, assassinou todos os seus irmãos e alguns príncipes de Israel, a fim de evitar que o destronassem (2Cr 21.4), e os invasores árabes haviam executado os filhos mais velhos de Jeorão (2Cr 22.1). Jeú havia exterminado alguns dos descendentes de Davi (2Cr 22.8) e, depois, Atalia ordenou que “a descendência real” fosse eliminada. Sem dúvida, Satanás fez tudo o que pôde para impedir que o Messias prometido nascesse na família de Davi em Belém! (WIERSBE, 2010, p. 532). Mas Deus, sempre preservará sua aliança.

II – O LIVRAMENTO DIVINO DECORRENTE DA ALIANÇA COM DAVI

Quando a rainha Atalia mãe do rei Jorão viu que seu filho havia sido assassinado por Jeú (2Rs 9.24) resolveu matar todos os descendentes de Davi e tomar o trono (2Cr 22.10). Deus, porém, usou pessoas para preservar seu projeto, Ele sempre terá alguém corajoso para cuidar dos seus, vejamos:
• O sacerdote Joiada e sua esposa Jeosabate esconderam o filho mais novo de Acazias (2Cr 22.1);
• Tal escolha era como um crime contra a nova Rainha, mas eles preferiam corrê-lo e preservar o projeto divino (2Cr 22.11);
• Seis anos de esconderijo (2Cr 22.12), vendo o caos moral que Judá tornou-se, mas esperando o tempo certo de apresentar o descendente de Davi preservado.
A aliança de Deus com Davi garantiu que Israel teria um rei para sempre, o que se cumpriu de modo absoluto na vinda de Jesus Cristo ao mundo. Foi por causa da promessa a Davi que o Senhor manteve um de seus descendentes no trono durante os anos de decadência de Judá (WIERSBE, 2010, p. 485). Deus manteve sua palavra, embora a descendência de Davi a tenha quebrado porque ele não muda (Ml 3.6).

III – A RESTAURAÇÃO DA LINHAGEM DAVÍDICA E DO TEMPLO

Após ter sua vida preservada por seis anos, era chegada a hora de apresentar a Israel um milagre, Deus havia preservado um último descendente do trono de Davi e sua promessa estava de pé. Vejamos como ocorreu todo o processo de mudança e a restauração do templo do Senhor:

3.1 Em relação a linhagem davídica:

• Joiada reuniu os cinco oficiais da guarda do templo, apresentou-lhes o rei e os fez jurar obediência (2Cr 23.1-8)
• O sumo sacerdote distribuiu entre os homens as armas que Davi havia confiscado em suas muitas batalhas, e, com elas, os guardas protegeram o herdeiro da linhagem davídica (2Cr 23.9-10)
• Quando todos estavam em suas posições, Joiada trouxe o rei que tinha agora 7 anos de idade e o apresentou ao povo. Colocou-lhe a coroa, lhe deu uma cópia da lei de Deus, a que ele devia obedecer (Dt 17.14-20).
• O sumo sacerdote o ungiu, e o povo recebeu com grande alegria seu novo rei dando gritos de “Viva o rei!” (2Cr 23. 11). E a rainha Atalia foi deposta e morta (2Rs 11. 15-16).

3.2 Em relação ao templo. Mais que depressa, Joiada tomou as medidas necessárias para sanar essa situação ao seguir as ordens de Davi (1Cr 23-26) e colocar os sacerdotes e levitas corretos em seus devidos lugares de ministérios (2Cr 24). Era importante que oferecessem os sacrifícios diários ao Senhor e que lhe cantassem louvores. Também era essencial que as portas do templo fossem guardadas para que nenhuma pessoa imunda entrasse e contaminasse os outros fiéis. O reavivamento consiste simplesmente em obedecer à Palavra de Deus e em obedecer a suas ordens, conforme foram dadas a nossos antepassados. Não precisamos das novidades do presente; precisamos, sim, da realidade da Palavra.

IV – A APOSTASIA DE JOÁS

A melhor palavra que define apostasia vem do grego, “apo”, que significa: “fora” e, “histemi”, “colocar-se”. De modo que apostasia significa: “afastamento” ou “o abandono premeditado e consciente da fé cristã”. No Antigo Testamento não foram poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em Juízes, há sete desvios da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, apostasia constituía-se num adultério espiritual. Se a congregação hebreia era a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos. (ANDRADE, 2006 p. 56). Joiada morreu com uma idade avançada 130 anos. Era tão querido pelo povo que foi sepultado junto aos reis (2Cr 24.15,16). Porém, quando Joiada saiu de cena, o rei Joás mostrou seu verdadeiro caráter e abandonou sua fé. Sua apostasia não foi culpa de Joiada, pois o sumo sacerdote havia cumprido fielmente a tarefa de ensinar as Escrituras ao rei. Vejamos então como se deu o declínio moral de Joás:
• Sua fé era superficial; (2Cr 24.17a), “depois da morte de Joiada, ele não conseguiu sozinho servir a Deus”;
• Seu desejo era de agradar aos líderes da terra, “os príncipes de Judá” (2Cr 24.17);
• Tornou-se tolerante nas questões religiosas (2Cr 24.18) renunciando aos princípios divinos que lhe fora confiado;
• Não deu ouvidos a voz de Deus através da palavra nem dos profetas (2Cr. 24.19);
• Sua cegueira espiritual era tão grande que matou o sacerdote Zacarias filho Joiada que o repreendeu, tornando-se um homem ingrato com a família do homem de Deus que o protegeu (2Cr 24.20,21);
• Morreu tragicamente em sua cama depois de uma conspiração (2Cr 24.25). Um triste fim para quem foi preservado por Deus, infelizmente todos os que se afastam dos projetos divinos tem um final trágico!

V – O FASCÍNIO DA IDOLATRIA

Se a Bíblia diz que o ídolo, em si, nada é (Jr 2.11; 16.20; I Co 8.4; 10.19,20) e as imagens de escultura são abomináveis (Is 44.19); pedras de tropeço (Ez 14.3); e vaidades (Jr 14.22; 18.15); por que a idolatria era tão comum ao povo de Israel? Vejamos os dois principais motivos:

5.1 As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer aos mandamentos divinos, no sentido de se manter santo e separado delas (Js 24.14,15) (STAMPS, 1995, p. 446).

5.2 Os deuses pagãos não requeriam das nações vizinhas de Israel o tipo de obediência que Deus requeria. Por exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa em seus cultos, tendo para isso prostitutas espirituais. Essa prática, sem dúvida, atraía o povo de Israel” (STAMPS, 1995, p. 446). Por intermédio dos salmistas e profetas, o Senhor Deus não apenas condenou as práticas idólatras, mas, também demonstrou que os ídolos são vãos e inúteis e não podiam garantir a Israel o que eles almejavam (Sl 115.4-8; 135.15-18; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5).

CONCLUSÃO

Na lição de hoje aprendemos que o nosso Deus sempre preservará sua palavra, embora muitos não honrem seu proposito e chamado. A apostasia de Joás foi um ato propositado de rebelião contra Deus, pois o rei sabia o que a lei de Moisés dizia acerca da idolatria. Mas foi também um pecado de ingratidão por tudo o que Joiada havia feito em seu favor. Joiada e sua esposa haviam salvado a vida do rei! O sumo sacerdote lhe ensinara a verdade da Palavra de Deus e havia caminhado com Joás enquanto ele aprendia a governar o povo. No entanto, o rei jamais havia aceitado, de fato, a verdade de Deus e permitido que ela se arraigasse em seu coração. Que Deus nos guarde de tais prática.

REFERÊNCIAS

• ANDRADE, Claudionor. Dicionário de Teológico. CPAD
• ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo. GEOGRAFICA
• GILBERTO, Antônio. Bíblia com comentários. CPAD

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Lidiane Santos

Correspondente pela sede desde 2013. Formada em serviço social e especialista em gestão pública municipal. Professora da Escola Bíblica Dominical.